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Por 11:23 Notícias

As reações à postura de Lula pela paz: ‘Ser persona non grata por um governo que massacra crianças é privilégio’

Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subir o tom contra o massacre que Israel promove contra palestinos em Gaza, as manifestações em apoio à postura pela paz cresceram. O governo sionista de Benjamin Netanyahu já matou mais de 30 mil árabes no último território palestino livre. Destes, mais de 15 mil mulheres e crianças civis. E a investida não cessa. Autoridades locais não escondem o desejo de expulsar todos palestinos da região neste processo conhecido no mundo árabe como Nakba. Trata-se da dizimação da cultura e das vidas que ali habitavam antes da criação fictícia de Israel, em 1948.

“Expresso minha solidariedade integral ao presidente Lula do Brasil. Vemos um genocídio em Gaza que assassina, covardemente, milhares de crianças, mulheres e idosos civis. Lula só disse a verdade. Ou nos defendemos ou a barbárie nos aniquilará. A sentença da Corte Internacional de Justiça sobre Israel deve ter poder vinculante e consequências em todos os países do mundo”, disse o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, sobre ação do Brasil junto ao Tribunal Penal Internacional, em Haia, contra o genocídio dos palestinos.

Israel mente

Em uma mensagem breve em suas redes sociais, o ex-presidente uruguaio José Pepe Mujica apenas saudou Lula. “Viva Lula, viva Brasil”, disse. Ao chamar a atenção para os crimes de Israel, Lula disse que a história já viu outros genocídios, como o Holocausto, que matou milhões de judeus sob comando da Alemanha nazista. Contudo, o governo de Israel, sionista de extrema direita, apelou para a mentira. Disse que Lula, em sua fala, “negou o Holocausto”. Assim, Israel segue em sua investida sanguinária tentando usar a história como escudo protetor de seus crimes.

Entre os alvos prioritários de Israel, instalações civis como hospitais, escolas e abrigos humanitários. Mais de uma centena de jornalistas já morreram, assassinados em Gaza. Sem contar um grande número de médicos e trabalhadores de organizações como a ONU. Mesmo o Vaticano condena a ação de Israel. “O direito de Israel à autodefesa foi invocado para justificar que esta operação é proporcional, mas, com 30 mil mortos, não é”, disse o cardeal Parolin, porta voz do Estado católico.

Mais vozes por Gaza

Quem também levantou voz junto a Lula foi o ex-presidente da Bolívia Evo Morales. “Lula, injustamente ‘persona non grata’ por defender a vida e a dignidade do povo palestino diante do genocídio em Gaza pelo Estado de Israel. Ser pessoa não grata por um governo genocida que massacra crianças é um privilégio que reafirma o compromisso pela vida e pela paz diante da comunidade internacional e os povos do mundo”, disse.

Mesmo o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, crítico ao governo Lula, saiu em defesa do presidente. Ele destacou os ataques da mídia corporativa contra a postura de Lula. “Não posso deixar de dizer que a imprensa comercial brasileira está indignada e o atacando de todos os lados. Vocês estariam surpresos, ou não, como existe uma identidade política e uma dinâmica de benefício a Israel em diferentes lugares do mundo”, disse.

Fonte: RBA

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