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Nossa Caixa pode levantar R$ 700 milhões ao abrir capital

SÃO PAULO – A Nossa Caixa, controlada pelo governo paulista pode obter R$ 700 milhões com a abertura de seu capital, prevista para o último trimestre do ano. A cifra foi mencionada pelo presidente da Nossa Caixa, Carlos Eduardo Monteiro, ontem, como valor mínimo a ser obtido com a venda de 25% do capital do banco, considerando o patrimônio atual. Monteiro deu entrevista, ontem, antes de apresentar a estratégia da instituição a aproximadamente 300 convidados da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec).
Mas, o patrimônio da Nossa Caixa era de R$ 2,2 bilhões no final de 2004 e 25% equivaleriam a R$ 550 milhões. Ou Monteiro está levando em conta um ágio ou pensando na venda de um percentual maior. Uma coisa é certa. ” Os recursos são do governo de São Paulo, que controla o banco, e parte da receita pode ser usada para capitalizar a instituição ” , disse Monteiro.
A venda das ações não tem objetivo fiscal ” , afirmou o secretário de Fazenda, Eduardo Guardia. A intenção do governo estadual, explicou, é ” blindar o banco de influências políticas, dotando-o de garantias de boa governança corporativa ” .
Por isso, antes mesmo da abertura do capital, a Nossa Caixa já está criando o comitê de auditoria e estabelecendo parcerias estratégicas com o setor privado, em áreas como seguros. ” A oferta pública de ações completa o trabalho, com a venda de pelo menos 25% do capital ” , disse Guardia. Com os 25% , a Nossa Caixa consegue o mínimo de ações em circulação no mercado para entrar no Novo Mercado. A venda das ações será pulverizada e haverá um esforço para colocar parte dos papéis no exterior.
O diretor de finanças da Nossa Caixa, Rubens Sardenberg, procurou mostrar aos analistas que comprar as ações é um bom negócio por causa do potencial de crescimento do banco.
A Nossa Caixa está focada no mercado paulista, responsável por 40% do PIB brasileiro. Tem 4,2 milhões de clientes, muitos do quais são funcionários públicos, o que significa baixo risco de crédito. Essa carteira será reforçada em janeiro de 2007 quando o banco assumirá a folha de pagamentos de 750 mil funcionários da administração direta do Estado, que atualmente está a cargo do Banespa pelo contrato de privatização. Para aumentar as receitas e reter clientes, está lançando novos produtos e tem muito espaço para crescer, o que ampliará a receita de tarifas. Foi só no final de 2003 que passou a ter cartão de crédito e fundos de previdência. Por isso, o consumo é de apenas 1,7 produto por cliente, metade da média do mercado.
A carteira de crédito tem também bom espaço para crescer. Por causa do saneamento feito na década de 90, o banco ainda tem 67,8% dos ativos (R$ 31,3 bilhões) aplicados em títulos públicos e apenas 14% dirigidos ao crédito (R$ 4,9 bilhões), em comparação com 30% da média do mercado. Por isso, vem ampliando o crédito acima do mercado: 27,5% em 2004; e a meta para este ano é 35%.
Outra forte vantagem é o baixo custo da captação. Cerca de 76% dos R$ 22 bilhões de depósitos totais, são depósitos judiciais ou de poupança, que pagam TR mais 6%.
Fonte: Valor Econômico – Maria Christina Carvalho

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Nossa Caixa pode levantar R$ 700 milhões ao abrir capital

SÃO PAULO – A Nossa Caixa, controlada pelo governo paulista pode obter R$ 700 milhões com a abertura de seu capital, prevista para o último trimestre do ano. A cifra foi mencionada pelo presidente da Nossa Caixa, Carlos Eduardo Monteiro, ontem, como valor mínimo a ser obtido com a venda de 25% do capital do banco, considerando o patrimônio atual. Monteiro deu entrevista, ontem, antes de apresentar a estratégia da instituição a aproximadamente 300 convidados da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec).

Mas, o patrimônio da Nossa Caixa era de R$ 2,2 bilhões no final de 2004 e 25% equivaleriam a R$ 550 milhões. Ou Monteiro está levando em conta um ágio ou pensando na venda de um percentual maior. Uma coisa é certa. ” Os recursos são do governo de São Paulo, que controla o banco, e parte da receita pode ser usada para capitalizar a instituição ” , disse Monteiro.

A venda das ações não tem objetivo fiscal ” , afirmou o secretário de Fazenda, Eduardo Guardia. A intenção do governo estadual, explicou, é ” blindar o banco de influências políticas, dotando-o de garantias de boa governança corporativa ” .

Por isso, antes mesmo da abertura do capital, a Nossa Caixa já está criando o comitê de auditoria e estabelecendo parcerias estratégicas com o setor privado, em áreas como seguros. ” A oferta pública de ações completa o trabalho, com a venda de pelo menos 25% do capital ” , disse Guardia. Com os 25% , a Nossa Caixa consegue o mínimo de ações em circulação no mercado para entrar no Novo Mercado. A venda das ações será pulverizada e haverá um esforço para colocar parte dos papéis no exterior.

O diretor de finanças da Nossa Caixa, Rubens Sardenberg, procurou mostrar aos analistas que comprar as ações é um bom negócio por causa do potencial de crescimento do banco.

A Nossa Caixa está focada no mercado paulista, responsável por 40% do PIB brasileiro. Tem 4,2 milhões de clientes, muitos do quais são funcionários públicos, o que significa baixo risco de crédito. Essa carteira será reforçada em janeiro de 2007 quando o banco assumirá a folha de pagamentos de 750 mil funcionários da administração direta do Estado, que atualmente está a cargo do Banespa pelo contrato de privatização. Para aumentar as receitas e reter clientes, está lançando novos produtos e tem muito espaço para crescer, o que ampliará a receita de tarifas. Foi só no final de 2003 que passou a ter cartão de crédito e fundos de previdência. Por isso, o consumo é de apenas 1,7 produto por cliente, metade da média do mercado.

A carteira de crédito tem também bom espaço para crescer. Por causa do saneamento feito na década de 90, o banco ainda tem 67,8% dos ativos (R$ 31,3 bilhões) aplicados em títulos públicos e apenas 14% dirigidos ao crédito (R$ 4,9 bilhões), em comparação com 30% da média do mercado. Por isso, vem ampliando o crédito acima do mercado: 27,5% em 2004; e a meta para este ano é 35%.

Outra forte vantagem é o baixo custo da captação. Cerca de 76% dos R$ 22 bilhões de depósitos totais, são depósitos judiciais ou de poupança, que pagam TR mais 6%.

Fonte: Valor Econômico – Maria Christina Carvalho

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