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DINHEIRO DE REDUÇÃO DO COMPULSÓRIO FICA NA CIRANDA FINANCEIRA

O Globo – Luciana Rodrigues
Os R$ 8 bilhões liberados pelo Banco Central (BC) na redução dos compulsórios bancários, em vez de serem totalmente destinados ao crédito, engrossaram as operações de curto prazo com títulos públicos no mercado. No início de agosto, o BC diminuiu de 60% para 45% a exigência de recolhimento compulsório sobre depósitos à vista, para tentar reaquecer a economia. Com mais dinheiro disponível, esperava-se que os bancos ampliassem a oferta de crédito. Mas os recursos, em grande parte, ficaram na ciranda financeira.
Nas últimas duas semanas, a quantia movimentada em operações de curto prazo cresceu justamente em R$ 8 bilhões. Quando esses recursos estavam no compulsório, o dinheiro ficava retido sem custo algum para o governo. Mas, nas operações de curto prazo, o BC remunera os bancos pela Taxa Selic, hoje em 22% ao ano. Na prática, explicam os analistas, os R$ 8 bilhões liberados representaram um custo adicional para o governo de quase R$ 2 bilhões.
Ontem, o BC retirou R$ 26,2 bilhões em excesso de recursos no sistema, vendendo títulos para duas semanas. Com isso, o saldo nessas operações ficou em R$ 56,6 bilhões. No começo de agosto, eram só R$ 48,6 bilhões.
— Não era por falta de recursos que o crédito estava caro. Antes de mexer nos compulsórios, o BC deveria ter cortado mais os juros — diz Alexandre Póvoa, economista-chefe do Banco Modal.
O gerente de Renda Fixa do Banco Prosper, Carlos Cintra, lembra que, além da redução nos compulsórios, cresceu a captação dos fundos de investimentos, o que explica a maior quantidade de dinheiro nas operações de curto prazo.
O economista-chefe da Febraban, Roberto Troster, afirma que leva algum tempo para a redução nos compulsórios aumentar a oferta de crédito. E ressalta que, apesar da queda recente, os recolhimentos obrigatórios ainda estão em patamar elevado.
Para o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, a redução dos compulsórios levará a um corte nos juros do crédito:
— Parte desses efeitos deve ser sentida em agosto, mas o impacto mesmo será em setembro.
(Colaborou Vivian Oswald)

Por 11:32 Sem categoria

DINHEIRO DE REDUÇÃO DO COMPULSÓRIO FICA NA CIRANDA FINANCEIRA

O Globo – Luciana Rodrigues

Os R$ 8 bilhões liberados pelo Banco Central (BC) na redução dos compulsórios bancários, em vez de serem totalmente destinados ao crédito, engrossaram as operações de curto prazo com títulos públicos no mercado. No início de agosto, o BC diminuiu de 60% para 45% a exigência de recolhimento compulsório sobre depósitos à vista, para tentar reaquecer a economia. Com mais dinheiro disponível, esperava-se que os bancos ampliassem a oferta de crédito. Mas os recursos, em grande parte, ficaram na ciranda financeira.

Nas últimas duas semanas, a quantia movimentada em operações de curto prazo cresceu justamente em R$ 8 bilhões. Quando esses recursos estavam no compulsório, o dinheiro ficava retido sem custo algum para o governo. Mas, nas operações de curto prazo, o BC remunera os bancos pela Taxa Selic, hoje em 22% ao ano. Na prática, explicam os analistas, os R$ 8 bilhões liberados representaram um custo adicional para o governo de quase R$ 2 bilhões.

Ontem, o BC retirou R$ 26,2 bilhões em excesso de recursos no sistema, vendendo títulos para duas semanas. Com isso, o saldo nessas operações ficou em R$ 56,6 bilhões. No começo de agosto, eram só R$ 48,6 bilhões.

— Não era por falta de recursos que o crédito estava caro. Antes de mexer nos compulsórios, o BC deveria ter cortado mais os juros — diz Alexandre Póvoa, economista-chefe do Banco Modal.

O gerente de Renda Fixa do Banco Prosper, Carlos Cintra, lembra que, além da redução nos compulsórios, cresceu a captação dos fundos de investimentos, o que explica a maior quantidade de dinheiro nas operações de curto prazo.

O economista-chefe da Febraban, Roberto Troster, afirma que leva algum tempo para a redução nos compulsórios aumentar a oferta de crédito. E ressalta que, apesar da queda recente, os recolhimentos obrigatórios ainda estão em patamar elevado.

Para o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, a redução dos compulsórios levará a um corte nos juros do crédito:

— Parte desses efeitos deve ser sentida em agosto, mas o impacto mesmo será em setembro.
(Colaborou Vivian Oswald)

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