(Rio de Janeiro) A CUT, o MST, a CONTAG e várias outras entidades da sociedade civil, articuladas pela Via Campesina Brasil, estão participando do Acampamento Nacional contra os Transgênicos, pela Soberania do Brasil e Alimentação Saudável, em Brasília. Desde o dia 12, cerca de 600 pessoas estão acampadas atrás do Detran. Até o dia 16 de outubro, eles estarão promovendo debates, palestras e panfletagens em vários pontos da cidade. “Transgênico é veneno” é slogan do protesto.
A CUT participa da campanha Por um Brasil Livre de Transgênicos desde 1999. Para a entidade, “a interação com o meio ambiente e o consumo desses alimentos por seres humanos e animais, além de causarem quebra do equilíbrio, empobrecem a biodiversidade, contaminam o solo, etc, e causam ao longo do tempo doenças em pessoas”.
O ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, informou ontem que o governo publica hoje no Diário Oficial da União uma medida provisória liberando o plantio e a comercialização de transgênicos. O ministro não pode confirmar se a liberação será restrita ao Rio Grande do Sul ou abrangerá todo o país. Será a primeira vez que o plantio dos transgênicos estará liberado no Brasil. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, contrária à medida, considera que enquanto não se souber com segurança as conseqüências dos transgênicos em relação à saúde e a biodiversidade, “o melhor é sermos cautelosos”. Marina é favor do cumprimento da lei que tornou obrigatória a licença baseada no estudo do impacto ambiental para o plantio de transgênico no país. No início do ano, o governo editou uma medida provisória liberando a comercialização da soja transgênica plantada no ano passado.
Fonte: Unidade Informativo – Feeb RJ/ES