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DESEMPREGO SOBE E CUT PEDE FRENTES DE TRABALHO

O desemprego na região metropolitana de São Paulo atingiu 20% da População Economicamente Ativa (PEA) em agosto, o maior índice apurado para esse mês na série histórica iniciada em 1985 pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) em parceria com a Fundação Seade. ‘‘Esse ano está sendo muito complicado para o emprego‘‘, disse hoje a gerente de análise da Fundação Seade, Paula Montagner.
Por isso, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, vai cobrar mais ação do governo federal. ‘‘Vamos pedir uma audiência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para apresentar uma proposta de realização de obras públicas de infra-estrutura por meio de mutirões e frentes de trabalho em grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba e Porto Alegre’’, disse.
Para ele, a iniciativa de investimento do setor público amenizaria o desemprego nessas regiões. ‘‘A economia aponta para a retomada do crescimento, mas isso só vai acontecer para valer a partir do segundo semestre de 2004. Enquanto isso não acontece, temos de tomar iniciativas para incentivar o emprego no curtíssimo prazo’’, argumentou.
O ministro do Trabalho Jaques Wagner se disse disposto a conversar com representes da CUT sobre a proposta de criação de frentes emergenciais de trabalho. ‘‘Isso não estava no campo das ações previstas na nossa pasta, mas podemos analisar, embora no orçamento não haja recursos’’, disse o ministro em Salvador, onde preside a Conferência Interamericana dos Ministros do Trabalho.
Wagner acha que essas frentes devem resultar em ações efetivas como a construção de habitação popular e obras de saneamento, áreas ligadas ao Ministério das Cidades. ‘‘Medida emergencial não é a melhor solução. Nós estamos interessados em construir um processo que garanta desenvolvimento sustentado combatendo estruturalmente a questão do desemprego’’, disse, lembrando que o governo federal já adotou algumas medidas emergenciais como as linhas de microcrédito e a Medida Provisória do Desconto em Folha, pela qual o trabalhador vai poder comprar a crédito pagando as prestações com desconto direto no seu holerite.
Futuro
‘‘Nos próximos meses, a taxa de desemprego deverá cair só um pouquinho’’, avaliou Paula Montagner, do Dieese, referindo-se ao período de setembro a dezembro. Como os índices de desemprego fecharão o ano muito altos, as projeções da Fundação Seade e do Dieese indicam para um começo de 2004 muito difícil em termos de emprego. ‘‘Sazonalmente, nessa época, o desemprego aumenta e já iniciaremos o outro ano em um patamar elevado‘‘, comentou o diretor-técnico do Dieese, Sérgio Mendonça. Para ele, assim como para Paula Montagner, a retomada dos investimentos e o conseqüente crescimento de postos de trabalho deverá se dar a partir do segundo semestre de 2004. ‘‘Falo em crescimento, e não em espetáculo‘‘, disse a gerente da Fundação Seade. Os maiores índices de desemprego do ano foram registrados em abril e maio, ambos com 20,6% da PEA.
Presidente do TST prevê caos
O presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro Francisco Fausto, criticou a inércia do governo no desenvolvimento de políticas de inserção social. Segundo ele, o desemprego poderá levar país a uma ‘‘situação de caos generalizado. Se não ocorrer o tal espetáculo do crescimento o Brasil acabará transformado num campo de guerrilha urbana entre empregados e desempregados’’, afirmou Fausto.
Ele fez as críticas depois de analisar os dados divulgados quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre o desemprego nas metrópoles do país. Segundo o instituto, o índice de desemprego nas seis principais cidades brasileiras saltou de 12,8% para 13%, um recorde.
‘‘O desemprego é uma etapa da precarização do próprio emprego e a etapa seguinte, que infelizmente nós já estamos assistindo em alguns pontos do país, corresponde à degradação do trabalho escravo’’, disse. Ele, no entanto, manifestou sua esperança nos esforços desenvolvidos pelo governo no cenário internacional.
‘‘Acredito que a política externa que o governo brasileiro está adotando resulte em investimentos, o que permitirá um combate eficaz ao desemprego e outras mazelas como a gritante queda da massa salarial dos trabalhadores’’, afirmou.
Correio Braziliense

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DESEMPREGO SOBE E CUT PEDE FRENTES DE TRABALHO

O desemprego na região metropolitana de São Paulo atingiu 20% da População Economicamente Ativa (PEA) em agosto, o maior índice apurado para esse mês na série histórica iniciada em 1985 pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) em parceria com a Fundação Seade. ‘‘Esse ano está sendo muito complicado para o emprego‘‘, disse hoje a gerente de análise da Fundação Seade, Paula Montagner.

Por isso, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, vai cobrar mais ação do governo federal. ‘‘Vamos pedir uma audiência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para apresentar uma proposta de realização de obras públicas de infra-estrutura por meio de mutirões e frentes de trabalho em grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba e Porto Alegre’’, disse.

Para ele, a iniciativa de investimento do setor público amenizaria o desemprego nessas regiões. ‘‘A economia aponta para a retomada do crescimento, mas isso só vai acontecer para valer a partir do segundo semestre de 2004. Enquanto isso não acontece, temos de tomar iniciativas para incentivar o emprego no curtíssimo prazo’’, argumentou.

O ministro do Trabalho Jaques Wagner se disse disposto a conversar com representes da CUT sobre a proposta de criação de frentes emergenciais de trabalho. ‘‘Isso não estava no campo das ações previstas na nossa pasta, mas podemos analisar, embora no orçamento não haja recursos’’, disse o ministro em Salvador, onde preside a Conferência Interamericana dos Ministros do Trabalho.

Wagner acha que essas frentes devem resultar em ações efetivas como a construção de habitação popular e obras de saneamento, áreas ligadas ao Ministério das Cidades. ‘‘Medida emergencial não é a melhor solução. Nós estamos interessados em construir um processo que garanta desenvolvimento sustentado combatendo estruturalmente a questão do desemprego’’, disse, lembrando que o governo federal já adotou algumas medidas emergenciais como as linhas de microcrédito e a Medida Provisória do Desconto em Folha, pela qual o trabalhador vai poder comprar a crédito pagando as prestações com desconto direto no seu holerite.

Futuro
‘‘Nos próximos meses, a taxa de desemprego deverá cair só um pouquinho’’, avaliou Paula Montagner, do Dieese, referindo-se ao período de setembro a dezembro. Como os índices de desemprego fecharão o ano muito altos, as projeções da Fundação Seade e do Dieese indicam para um começo de 2004 muito difícil em termos de emprego. ‘‘Sazonalmente, nessa época, o desemprego aumenta e já iniciaremos o outro ano em um patamar elevado‘‘, comentou o diretor-técnico do Dieese, Sérgio Mendonça. Para ele, assim como para Paula Montagner, a retomada dos investimentos e o conseqüente crescimento de postos de trabalho deverá se dar a partir do segundo semestre de 2004. ‘‘Falo em crescimento, e não em espetáculo‘‘, disse a gerente da Fundação Seade. Os maiores índices de desemprego do ano foram registrados em abril e maio, ambos com 20,6% da PEA.

Presidente do TST prevê caos

O presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro Francisco Fausto, criticou a inércia do governo no desenvolvimento de políticas de inserção social. Segundo ele, o desemprego poderá levar país a uma ‘‘situação de caos generalizado. Se não ocorrer o tal espetáculo do crescimento o Brasil acabará transformado num campo de guerrilha urbana entre empregados e desempregados’’, afirmou Fausto.

Ele fez as críticas depois de analisar os dados divulgados quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre o desemprego nas metrópoles do país. Segundo o instituto, o índice de desemprego nas seis principais cidades brasileiras saltou de 12,8% para 13%, um recorde.

‘‘O desemprego é uma etapa da precarização do próprio emprego e a etapa seguinte, que infelizmente nós já estamos assistindo em alguns pontos do país, corresponde à degradação do trabalho escravo’’, disse. Ele, no entanto, manifestou sua esperança nos esforços desenvolvidos pelo governo no cenário internacional.

‘‘Acredito que a política externa que o governo brasileiro está adotando resulte em investimentos, o que permitirá um combate eficaz ao desemprego e outras mazelas como a gritante queda da massa salarial dos trabalhadores’’, afirmou.

Correio Braziliense

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