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Por 10:22 Notícias

BANCOS LUCRAM EM SEIS MESES R$ 5,9 BI

Maria Christina Carvalho, De São Paulo
O lucro líquido consolidado dos bancos diminuiu neste ano. O resultado do sistema bancário calculado pelo Banco Central (BC) totalizou R$ 5,895 bilhões no primeiro semestre deste ano, 39,2% a menos do que os R$ 9,702 bilhões de igual período de 2002. Os números constam do levantamento “Os 50 Maiores Bancos”, atualizado trimestralmente pelo BC.
Somente o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve um prejuízo de R$ 2,4 bilhões no primeiro semestre. Mas, mesmo excluindo esse balanço, as perdas dos bancos estrangeiros com a valorização do real teriam derrubado os números. Somente dois bancos norte-americanos tiveram perda de quase meio bilhão juntos. Só o Citibank teve prejuízo de R$ 220,5 milhões; e o Bank of America, de R$ 145,5 milhões.
O sistema bancário também cresceu pouco nos últimos meses, com a saída dos bancos estrangeiros e a estagnação das operações de crédito.
Os ativos totais do sistema bancário cresceram 6,5%, de R$ 1,122 trilhão em junho de 2002 para R$ 1,196 trilhão em junho passado, de acordo com levantamento do Banco Central (BC). A carteira de crédito teve um aumento de 8,3%, de R$ 337,2 bilhões para R$ 365,2 bilhões; mas a carteira de títulos diminuiu em 2,4%, de R$ 339,5 bilhões para R$ 331,6 bilhões. Já os depósitos totais tiveram uma expansão de 8,5%, de R$ 400,602 bilhões em junho de 2002 para R$ 434,714 bilhões em junho deste ano.
A outra mudança mais notável nos números recolhidos e analisados pelo Banco Central é a redução do presença dos bancos estrangeiros. Os bancos estrangeiros diminuíram a participação nos ativos totais de 24,5% em junho de 2002 para 21% em junho passado; e a fatia no crédito total passou de 23,48% para 20,96%.
Essas estatísticas refletem, em parte, a compra pelo Bradesco do espanhol BBV Banco, que tinha 1,22% dos ativos totais e 1,5% do mercado de crédito. Mas, também foram afetadas pela forte redução dos negócios no Brasil de alguns bancos, especialmente dos norte-americanos. O Bank of America, por exemplo, tinha 0,87% dos ativos do mercado e ficou com apenas 0,13% em junho. O BankBoston tinha 2,65% dos ativos e 2,54% do crédito e reduziu essa exposição para 1,89% e 2,27%, respectivamente. Já o Citibank passou de 2,81% dos ativos e 2,23% do crédito para 2,12% e 1,81%.
As exceções entre os estrangeiros foram dois bancos que competem no varejo, o ABN Amro Real e o HSBC. O ABN AMRO aumentou de 3,24% para 3,86% sua participação nos ativos totais e de 3,84% para 5,28% a fatia no crédito do sistema bancário, entre junho de 2002 e igual mês deste ano. Os números não incluem a fatia de 1,48% nos ativos e de 1,88% no crédito do Sudameris, adquirido pelo ABN Amro no primeiro semestre mas somente incorporado em balanço depois disso. O reforço consolida a posição do ABN como sexto maior em crédito (quarto entre os privados) mas não é suficiente para que ultrapasse em ativos o rival de controle espanhol, o Santander. O Santander reduziu de 5,2% para 4,98% a fatia nos ativos totais, mas aumentou de 3,84% para 4,15% a participação no mercado de crédito.
O HSBC também ganhou espaço aumentando a participação nos ativos totais do mercado de 1,78% para 2,15%; e no crédito, de 1,95% para 2,65%.
Entre os bancos de capital nacional um destaque foi a recuperação da Caixa Econômica Federal, cujas operações de crédito haviam encolhido bastante depois da reestruturação de 2001. A Caixa conseguiu aumentar a participação no mercado de crédito de 6,17% em junho de 2002 para 8,12% em junho passado. Mas o banco estatal ainda está atrás não só do Banco do Brasil, que tem 19,95% do mercado de crédito, quanto do Bradesco, que tem 14,91% e do Itaú, com 11,25%.
O encolhimento dos bancos americanos abriram espaço para o Safra, que saltou do 11 º para o nono lugar no ranking por ativos; e a Nossa Caixa, que saiu do 12 º para o 10 º posto. Outro destaque foi o Votorantim, que subiu do 16 º para o 13 º lugar.

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BANCOS LUCRAM EM SEIS MESES R$ 5,9 BI

Maria Christina Carvalho, De São Paulo

O lucro líquido consolidado dos bancos diminuiu neste ano. O resultado do sistema bancário calculado pelo Banco Central (BC) totalizou R$ 5,895 bilhões no primeiro semestre deste ano, 39,2% a menos do que os R$ 9,702 bilhões de igual período de 2002. Os números constam do levantamento “Os 50 Maiores Bancos”, atualizado trimestralmente pelo BC.

Somente o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve um prejuízo de R$ 2,4 bilhões no primeiro semestre. Mas, mesmo excluindo esse balanço, as perdas dos bancos estrangeiros com a valorização do real teriam derrubado os números. Somente dois bancos norte-americanos tiveram perda de quase meio bilhão juntos. Só o Citibank teve prejuízo de R$ 220,5 milhões; e o Bank of America, de R$ 145,5 milhões.

O sistema bancário também cresceu pouco nos últimos meses, com a saída dos bancos estrangeiros e a estagnação das operações de crédito.

Os ativos totais do sistema bancário cresceram 6,5%, de R$ 1,122 trilhão em junho de 2002 para R$ 1,196 trilhão em junho passado, de acordo com levantamento do Banco Central (BC). A carteira de crédito teve um aumento de 8,3%, de R$ 337,2 bilhões para R$ 365,2 bilhões; mas a carteira de títulos diminuiu em 2,4%, de R$ 339,5 bilhões para R$ 331,6 bilhões. Já os depósitos totais tiveram uma expansão de 8,5%, de R$ 400,602 bilhões em junho de 2002 para R$ 434,714 bilhões em junho deste ano.

A outra mudança mais notável nos números recolhidos e analisados pelo Banco Central é a redução do presença dos bancos estrangeiros. Os bancos estrangeiros diminuíram a participação nos ativos totais de 24,5% em junho de 2002 para 21% em junho passado; e a fatia no crédito total passou de 23,48% para 20,96%.

Essas estatísticas refletem, em parte, a compra pelo Bradesco do espanhol BBV Banco, que tinha 1,22% dos ativos totais e 1,5% do mercado de crédito. Mas, também foram afetadas pela forte redução dos negócios no Brasil de alguns bancos, especialmente dos norte-americanos. O Bank of America, por exemplo, tinha 0,87% dos ativos do mercado e ficou com apenas 0,13% em junho. O BankBoston tinha 2,65% dos ativos e 2,54% do crédito e reduziu essa exposição para 1,89% e 2,27%, respectivamente. Já o Citibank passou de 2,81% dos ativos e 2,23% do crédito para 2,12% e 1,81%.

As exceções entre os estrangeiros foram dois bancos que competem no varejo, o ABN Amro Real e o HSBC. O ABN AMRO aumentou de 3,24% para 3,86% sua participação nos ativos totais e de 3,84% para 5,28% a fatia no crédito do sistema bancário, entre junho de 2002 e igual mês deste ano. Os números não incluem a fatia de 1,48% nos ativos e de 1,88% no crédito do Sudameris, adquirido pelo ABN Amro no primeiro semestre mas somente incorporado em balanço depois disso. O reforço consolida a posição do ABN como sexto maior em crédito (quarto entre os privados) mas não é suficiente para que ultrapasse em ativos o rival de controle espanhol, o Santander. O Santander reduziu de 5,2% para 4,98% a fatia nos ativos totais, mas aumentou de 3,84% para 4,15% a participação no mercado de crédito.

O HSBC também ganhou espaço aumentando a participação nos ativos totais do mercado de 1,78% para 2,15%; e no crédito, de 1,95% para 2,65%.

Entre os bancos de capital nacional um destaque foi a recuperação da Caixa Econômica Federal, cujas operações de crédito haviam encolhido bastante depois da reestruturação de 2001. A Caixa conseguiu aumentar a participação no mercado de crédito de 6,17% em junho de 2002 para 8,12% em junho passado. Mas o banco estatal ainda está atrás não só do Banco do Brasil, que tem 19,95% do mercado de crédito, quanto do Bradesco, que tem 14,91% e do Itaú, com 11,25%.

O encolhimento dos bancos americanos abriram espaço para o Safra, que saltou do 11 º para o nono lugar no ranking por ativos; e a Nossa Caixa, que saiu do 12 º para o 10 º posto. Outro destaque foi o Votorantim, que subiu do 16 º para o 13 º lugar.

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