Maria Christina Carvalho, De São Paulo
O Banco do Brasil (BB) resolveu desfazer a sociedade de um ano e meio com o alemão Deutsche Bank no MaxBlue, serviço de assessoria a investidores afluentes e de alta renda. O MaxBlue estava acarretando perdas ao BB e não conseguiu cumprir a expansão planejada inicialmente, em boa parte por causa da mudança de estratégia do Deutsche Bank para os mercados emergentes. Mas, os 12 mil clientes brasileiros do MaxBlue continuarão sendo atendidos pelo BB, que estuda usar o mesmo ferramental para seus próprios clientes.
O banco anunciou no final da tarde de ontem ao mercado que sua subsidiária, o BB Banco de Investimentos, e o Deutsche Bank assinaram, sexta-feira passada, protocolo de intenções para reorganizar as relações societárias na MaxBlue Holdings S.A., sediada na Espanha, e na sua controlada, a MaxBlue Investimentos Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. (MaxBlue DTVM), com sede no Brasil.
O vice-presidente de finanças e de relações com o mercado do BB, Luís Eduardo Franco de Abreu, antecipou que, pelo acordo, o BB ficará com o controle total da distribuidora e entregará ao Deutsche os 49,9% do capital que possuía da MaxBlue Holdings, cujo objetivo era expandir o serviço para outros países da América Latina e Estados Unidos. Mas, a crise da Argentina seguida pelas turbulências no Brasil e problemas no mercado doméstico levaram o Deutsche a rever sua estratégia internacional.
O projeto não andou fora do Brasil e, mesmo aqui, apesar de ter R$ 600 milhões em recursos captados, tinha alguns problemas nunca resolvidos como a questão da conta corrente dos clientes. Agora, disse o presidente do MaxBlue, Ricardo Vieira, “os clientes terão acesso aos serviços do banco com maior rede de agências e máquinas de auto-atendimento do Brasil. Para eles, nada muda. Pelo contrário, fica melhor”.
Os clientes do MaxBlue no Brasil serão atendidos dentro da estrutura do BB que, em sua estratégia de segmentação, está desenhando um atendimento especial para a parcela de alta renda dos seus 17 milhões de clientes.
No primeiro semestre deste ano, o MaxBlue Holdings teve prejuízo de R$ 71,493 milhões. O BB fez provisões de R$ 109,884 milhões para cobrir o ágio de R$ 184,24 milhões pagos na compra das ações. O valor inicial do investimento foi de R$ 220,522 milhões.
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Por Mhais• 1 de outubro de 2003• 10:21• Sem categoria
DEUTSCHE E BB ACABAM PARCERIA NO MAXBLUE
Maria Christina Carvalho, De São Paulo
O Banco do Brasil (BB) resolveu desfazer a sociedade de um ano e meio com o alemão Deutsche Bank no MaxBlue, serviço de assessoria a investidores afluentes e de alta renda. O MaxBlue estava acarretando perdas ao BB e não conseguiu cumprir a expansão planejada inicialmente, em boa parte por causa da mudança de estratégia do Deutsche Bank para os mercados emergentes. Mas, os 12 mil clientes brasileiros do MaxBlue continuarão sendo atendidos pelo BB, que estuda usar o mesmo ferramental para seus próprios clientes.
O banco anunciou no final da tarde de ontem ao mercado que sua subsidiária, o BB Banco de Investimentos, e o Deutsche Bank assinaram, sexta-feira passada, protocolo de intenções para reorganizar as relações societárias na MaxBlue Holdings S.A., sediada na Espanha, e na sua controlada, a MaxBlue Investimentos Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. (MaxBlue DTVM), com sede no Brasil.
O vice-presidente de finanças e de relações com o mercado do BB, Luís Eduardo Franco de Abreu, antecipou que, pelo acordo, o BB ficará com o controle total da distribuidora e entregará ao Deutsche os 49,9% do capital que possuía da MaxBlue Holdings, cujo objetivo era expandir o serviço para outros países da América Latina e Estados Unidos. Mas, a crise da Argentina seguida pelas turbulências no Brasil e problemas no mercado doméstico levaram o Deutsche a rever sua estratégia internacional.
O projeto não andou fora do Brasil e, mesmo aqui, apesar de ter R$ 600 milhões em recursos captados, tinha alguns problemas nunca resolvidos como a questão da conta corrente dos clientes. Agora, disse o presidente do MaxBlue, Ricardo Vieira, “os clientes terão acesso aos serviços do banco com maior rede de agências e máquinas de auto-atendimento do Brasil. Para eles, nada muda. Pelo contrário, fica melhor”.
Os clientes do MaxBlue no Brasil serão atendidos dentro da estrutura do BB que, em sua estratégia de segmentação, está desenhando um atendimento especial para a parcela de alta renda dos seus 17 milhões de clientes.
No primeiro semestre deste ano, o MaxBlue Holdings teve prejuízo de R$ 71,493 milhões. O BB fez provisões de R$ 109,884 milhões para cobrir o ágio de R$ 184,24 milhões pagos na compra das ações. O valor inicial do investimento foi de R$ 220,522 milhões.
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