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O MEIO AMBIENTE COMEÇA EM CASA

Gazeta do Povo
Por Fernando Martins

Economia de água e de energia elétrica, além do consumo consciente, tem impacto direto na conservação dos recursos naturais
Nos próximos dias, devido às comemorações pela Semana Mundial do Meio Ambiente, você será bombardeado por notícias sobre lançamentos de programas públicos para proteger matas, rios ou animais ameaçados. Ambientalistas e cientistas também chamarão a atenção, demonstrando inquietação com a poluição e o desmatamento. Discursos e ações completamente inúteis se uma mensagem não chegar à sua casa, seus vizinhos, ou mesmo pessoas que você não conhece e nunca encontrará na vida: todos, como consumidores de água, energia e de produtos fabricados a partir das matérias-primas extraídas da natureza, podem ser ativos na preservação do meio ambiente.

A própria origem da palavra ecologia, tão largamente associada à consciência ambiental, tem a ver com essa idéia de cuidados “caseiros” com a natureza. O termo “eco” vem do vocábulo grego “oikos”, que significa “casa”. Tanto faz se essa casa é o planeta ou o apartamento em que se vive. Mas como cuidar do meio ambiente sem sair de casa? Na verdade isso é muito fácil de ser feito. E a preocupação ambiental de cada pessoa significa, em alguns casos, economia doméstica.

A água é um dos recursos naturais mais fáceis de serem economizados. Segundo estimativa da Sanepar, em média um quinto dos gastos residenciais é puro desperdício, em forma de uso irracional ou vazamentos. Isso significa que, se as pessoas tomassem alguns cuidados, poderiam economizar até 20% da conta no fim do mês.

No ano passado, o curitibano gastou em média 122 litros de água por dia. Mas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), com apenas 83 litros diários é possível ter uma vida saudável. “Essa diferença [entre o que o curitibano gasta e o que é necessário] é uma mostra da cultura do desperdício”, diz a diretora de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Maria Arlete Rosa.

Segundo ela, a população também deve se conscientizar de que a água é um recurso escasso e, mesmo em cidades com chuvas suficientes, como Curitiba, as torneiras secarão se houver um consumo desenfreado e degradação ambiental. Há estudos indicando que os mananciais da região metropolitana de Curitiba estarão com a capacidade de ampliação de abastecimento entre 2024 e 2050, dependendo do ritmo de crescimento populacional e de contaminação dos rios.

A eletricidade também é um recurso que pode ser economizado dentro das casas. Prova disso foi a experiência dos paranaenses durante a crise do apagão, que levou o Brasil a racionar energia de junho de 2001 a março de 2002. Mesmo estando fora da obrigação de participar do racionamento, o consumo residencial no Paraná voluntariamente caiu 3,3% no primeiro semestre de 2002 em relação aos primeiros seis meses do ano anterior. A economia de energia é importante porque evita que seja necessário construir novas usinas hidrelétricas (que alagam terras) ou termelétricas (que poluem a atmosfera).

O diretor de comunicação do Greenpeace no Brasil, Reinaldo Canto, afirma ainda que é possível que o cidadão contribua para o meio ambiente como consumidor consciente, que compra produtos ambientalmente corretos. Uma atitude que pesa um pouco no bolso. Mercadorias ecológicas, como alimentos orgânicos, móveis com madeira certificada e objetos feitos com materiais reciclados, geralmente são mais caras do que as convencionais. “Mas a preservação do meio ambiente é uma questão de consciência, não de preço”, afirma Canto.

Alternativas

Você sabia que pode substituir amaciantes de roupas (produto químico) jogando nelas, durante o enxágüe, meio copo de vinagrecom um quarto de copo de bicarbonato? No site do Greenpeace, há mais sugestões de como substituir produtos de limpeza químicos por soluções caseiras que não agridem tanto o meio ambiente.

Reportagens: esta é a primeira de uma série de cinco reportagens produzidas pela Gazeta do Povo na Semana do Meio Ambiente. Nos próximos três dias, serão abordados os principais desafios ecológicos de Curitiba, do Paraná e do Brasil. A série termina no sábado, Dia Mundial do Meio Ambiente, com uma reportagem sobre os problemas ambientais do planeta.

Dica de leitura: Manual de Utilização de Águas Pluviais (100 maneiras práticas), tradução de Roberto Fendrich e Rogério Oliynik, editado pela Livraria do Chain. O manual traz exemplos do uso de água da chuva em diversos países.

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O MEIO AMBIENTE COMEÇA EM CASA

Gazeta do Povo
Por Fernando Martins
Economia de água e de energia elétrica, além do consumo consciente, tem impacto direto na conservação dos recursos naturais
Nos próximos dias, devido às comemorações pela Semana Mundial do Meio Ambiente, você será bombardeado por notícias sobre lançamentos de programas públicos para proteger matas, rios ou animais ameaçados. Ambientalistas e cientistas também chamarão a atenção, demonstrando inquietação com a poluição e o desmatamento. Discursos e ações completamente inúteis se uma mensagem não chegar à sua casa, seus vizinhos, ou mesmo pessoas que você não conhece e nunca encontrará na vida: todos, como consumidores de água, energia e de produtos fabricados a partir das matérias-primas extraídas da natureza, podem ser ativos na preservação do meio ambiente.
A própria origem da palavra ecologia, tão largamente associada à consciência ambiental, tem a ver com essa idéia de cuidados “caseiros” com a natureza. O termo “eco” vem do vocábulo grego “oikos”, que significa “casa”. Tanto faz se essa casa é o planeta ou o apartamento em que se vive. Mas como cuidar do meio ambiente sem sair de casa? Na verdade isso é muito fácil de ser feito. E a preocupação ambiental de cada pessoa significa, em alguns casos, economia doméstica.
A água é um dos recursos naturais mais fáceis de serem economizados. Segundo estimativa da Sanepar, em média um quinto dos gastos residenciais é puro desperdício, em forma de uso irracional ou vazamentos. Isso significa que, se as pessoas tomassem alguns cuidados, poderiam economizar até 20% da conta no fim do mês.
No ano passado, o curitibano gastou em média 122 litros de água por dia. Mas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), com apenas 83 litros diários é possível ter uma vida saudável. “Essa diferença [entre o que o curitibano gasta e o que é necessário] é uma mostra da cultura do desperdício”, diz a diretora de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Maria Arlete Rosa.
Segundo ela, a população também deve se conscientizar de que a água é um recurso escasso e, mesmo em cidades com chuvas suficientes, como Curitiba, as torneiras secarão se houver um consumo desenfreado e degradação ambiental. Há estudos indicando que os mananciais da região metropolitana de Curitiba estarão com a capacidade de ampliação de abastecimento entre 2024 e 2050, dependendo do ritmo de crescimento populacional e de contaminação dos rios.
A eletricidade também é um recurso que pode ser economizado dentro das casas. Prova disso foi a experiência dos paranaenses durante a crise do apagão, que levou o Brasil a racionar energia de junho de 2001 a março de 2002. Mesmo estando fora da obrigação de participar do racionamento, o consumo residencial no Paraná voluntariamente caiu 3,3% no primeiro semestre de 2002 em relação aos primeiros seis meses do ano anterior. A economia de energia é importante porque evita que seja necessário construir novas usinas hidrelétricas (que alagam terras) ou termelétricas (que poluem a atmosfera).
O diretor de comunicação do Greenpeace no Brasil, Reinaldo Canto, afirma ainda que é possível que o cidadão contribua para o meio ambiente como consumidor consciente, que compra produtos ambientalmente corretos. Uma atitude que pesa um pouco no bolso. Mercadorias ecológicas, como alimentos orgânicos, móveis com madeira certificada e objetos feitos com materiais reciclados, geralmente são mais caras do que as convencionais. “Mas a preservação do meio ambiente é uma questão de consciência, não de preço”, afirma Canto.
Alternativas
Você sabia que pode substituir amaciantes de roupas (produto químico) jogando nelas, durante o enxágüe, meio copo de vinagrecom um quarto de copo de bicarbonato? No site do Greenpeace, há mais sugestões de como substituir produtos de limpeza químicos por soluções caseiras que não agridem tanto o meio ambiente.
Reportagens: esta é a primeira de uma série de cinco reportagens produzidas pela Gazeta do Povo na Semana do Meio Ambiente. Nos próximos três dias, serão abordados os principais desafios ecológicos de Curitiba, do Paraná e do Brasil. A série termina no sábado, Dia Mundial do Meio Ambiente, com uma reportagem sobre os problemas ambientais do planeta.
Dica de leitura: Manual de Utilização de Águas Pluviais (100 maneiras práticas), tradução de Roberto Fendrich e Rogério Oliynik, editado pela Livraria do Chain. O manual traz exemplos do uso de água da chuva em diversos países.

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