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Poupança e investimento confirmam retomada econômica

Folha de São Paulo – Chico Santos

A taxa de investimentos da economia brasileira no primeiro trimestre deste ano foi de 19,3%, a maior desde o terceiro trimestre de 2001, quando alcançou 19,6%, segundo dados divulgados ontem pelo IBGE.

A taxa representa o valor investido em máquinas, equipamentos e construção multiplicado por cem e dividido pelo valor total do PIB (Produto Interno Bruto) no mesmo período.

No primeiro trimestre, o PIB (o conjunto das riquezas produzidas pelo país) brasileiro somou R$ 387,723 bilhões em valores correntes (sem desconto da inflação), enquanto os investimentos somaram R$ 74,758 bilhões. Para o IBGE, o crescimento da taxa é “positivo”, mas ainda insuficiente.

“O crescimento [do PIB] de 3,5% que o mercado espera [para este ano] certamente embute uma taxa de investimento maior”, disse Carlos Sobral, gerente de Contas Nacionais do IBGE.

Sobral disse que, embora não se possa dizer qual a taxa de investimento ideal para fazer o país crescer adequadamente por um longo período, “uma taxa de 25% a 26% é bastante razoável”. Ele destacou que no momento atual “o importante é que a tendência [do investimento] é de subida”.

A taxa de investimento do primeiro trimestre ficou ligeiramente maior que os 19,2% previstos pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Como o IBGE, o Ipea é um órgão público, vinculado ao Planejamento.

Para Paulo Levy, diretor de Estudos Macroeconômicos do Ipea, o crescimento da taxa de investimento a preços correntes é o dado mais significativo dos números divulgados ontem.

Os dados do IBGE mostram que os investimentos vêm crescendo por três trimestres consecutivos em relação aos trimestres imediatamente anteriores.

Ao lado das exportações, o aumento dos investimentos é considerado pelos especialistas como o principal fator a impulsionar a expansão do PIB nos três últimos trimestres em relação ao trimestre imediatamente anterior (respectivamente, 0,5%, 1,5% e 1,6%).

Os números do IBGE complementam os tornados públicos no dia 27 de maio com os dados sobre o desempenho do PIB em volume. No primeiro trimestre deste ano, o PIB brasileiro cresceu 1,6% sobre o trimestre anterior e 2,7% sobre o mesmo trimestre de 2003.

A taxa de poupança interna da economia brasileira também teve forte crescimento no primeiro trimestre deste ano e chegou a 23,4%, a maior desde o terceiro trimestre de 1994 (27,3%).

Para Levy, o número mostra que os investimentos estão sendo financiados com poupança doméstica, já que o país está obtendo superávit nas contas externas.

Quando um país tem déficit nas contas externas, parte dos seus gastos, para consumo ou investimento, é financiada com dinheiro de outros países, em outras palavras, com poupança externa. “A economia está se recuperando sem gerar déficit externo.”

A poupança nacional é a renda nacional bruta (o PIB menos rendas de propriedade e remunerações do trabalho enviados para fora) menos as despesas de consumo. O cálculo da taxa de poupança é feito multiplicando por cem o valor da poupança, que foi de R$ 90,594 bilhões no primeiro trimestre, e dividindo pelo valor do PIB no período.

Por 11:43 Notícias

Poupança e investimento confirmam retomada econômica

Folha de São Paulo – Chico Santos
A taxa de investimentos da economia brasileira no primeiro trimestre deste ano foi de 19,3%, a maior desde o terceiro trimestre de 2001, quando alcançou 19,6%, segundo dados divulgados ontem pelo IBGE.
A taxa representa o valor investido em máquinas, equipamentos e construção multiplicado por cem e dividido pelo valor total do PIB (Produto Interno Bruto) no mesmo período.
No primeiro trimestre, o PIB (o conjunto das riquezas produzidas pelo país) brasileiro somou R$ 387,723 bilhões em valores correntes (sem desconto da inflação), enquanto os investimentos somaram R$ 74,758 bilhões. Para o IBGE, o crescimento da taxa é “positivo”, mas ainda insuficiente.
“O crescimento [do PIB] de 3,5% que o mercado espera [para este ano] certamente embute uma taxa de investimento maior”, disse Carlos Sobral, gerente de Contas Nacionais do IBGE.
Sobral disse que, embora não se possa dizer qual a taxa de investimento ideal para fazer o país crescer adequadamente por um longo período, “uma taxa de 25% a 26% é bastante razoável”. Ele destacou que no momento atual “o importante é que a tendência [do investimento] é de subida”.
A taxa de investimento do primeiro trimestre ficou ligeiramente maior que os 19,2% previstos pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Como o IBGE, o Ipea é um órgão público, vinculado ao Planejamento.
Para Paulo Levy, diretor de Estudos Macroeconômicos do Ipea, o crescimento da taxa de investimento a preços correntes é o dado mais significativo dos números divulgados ontem.
Os dados do IBGE mostram que os investimentos vêm crescendo por três trimestres consecutivos em relação aos trimestres imediatamente anteriores.
Ao lado das exportações, o aumento dos investimentos é considerado pelos especialistas como o principal fator a impulsionar a expansão do PIB nos três últimos trimestres em relação ao trimestre imediatamente anterior (respectivamente, 0,5%, 1,5% e 1,6%).
Os números do IBGE complementam os tornados públicos no dia 27 de maio com os dados sobre o desempenho do PIB em volume. No primeiro trimestre deste ano, o PIB brasileiro cresceu 1,6% sobre o trimestre anterior e 2,7% sobre o mesmo trimestre de 2003.
A taxa de poupança interna da economia brasileira também teve forte crescimento no primeiro trimestre deste ano e chegou a 23,4%, a maior desde o terceiro trimestre de 1994 (27,3%).
Para Levy, o número mostra que os investimentos estão sendo financiados com poupança doméstica, já que o país está obtendo superávit nas contas externas.
Quando um país tem déficit nas contas externas, parte dos seus gastos, para consumo ou investimento, é financiada com dinheiro de outros países, em outras palavras, com poupança externa. “A economia está se recuperando sem gerar déficit externo.”
A poupança nacional é a renda nacional bruta (o PIB menos rendas de propriedade e remunerações do trabalho enviados para fora) menos as despesas de consumo. O cálculo da taxa de poupança é feito multiplicando por cem o valor da poupança, que foi de R$ 90,594 bilhões no primeiro trimestre, e dividindo pelo valor do PIB no período.

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