Brasília – O Banco Central avalia na ata da última reunião do Comitê de Política Econômica (Copom) que a manutenção da taxa de juros básico nos níveis atuais por um período prolongado de tempo deverá permitir a “concretização” de um cenário benigno para a inflação. Os membros do Copom avisam, no entanto, que o BC estará pronto para agir caso as projeções de inflação piorarem, o que significa que uma elevação dos juros não está descartada. Regra geral, juros mais altos inibem o consumo, o que leva a uma pressão menos sobre os preços. O resultado pretendido, neste caso, é conter a alta da inflação.
A última reunião do Copom aconteceu na semana passada e a decisão dos membros do Comitê foi pela manutenção dos juros no patamar atual, de 16% ao ano. A Selic está neste patamar desde a reunião de abril, quando os juros foram reduzidos de 16,25% para 16% ao ano. Ou seja, há quatro meses a taxa Selic é mantida.
Crescimento econômico
Segundo a ata, mesmo com a piora do quadro inflacionário e o posicionamento da política monetária que ela requer, não “há razões” para que as expectativas de crescimento econômico sejam revistas. A justificativa vem do fato de que juros mais altos tendem a conter o crescimento econômico, pois encarecem o custo das empresas, além de influenciarem no consumo.
“Na verdade, ao combater os efeitos de segunda ordem dos choques observados recentemente, agindo com a cautela recomendada nesse tipo de situação, a política monetária atua no sentido de preservar o crescimento sustentado no médio prazo, promovendo a necessária compatibilização do ritmo de expansão da demanda agregada com a ampliação da capacidade produtiva da economia”, afirma a ata, divulgada hoje pelo BC.
Adriana Fernandes e Renato Andra
Fonte: Estadão
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Por Mhais• 29 de julho de 2004• 10:11• Sem categoria
BC não descarta alta de juros para conter inflação, revela ata
Brasília – O Banco Central avalia na ata da última reunião do Comitê de Política Econômica (Copom) que a manutenção da taxa de juros básico nos níveis atuais por um período prolongado de tempo deverá permitir a “concretização” de um cenário benigno para a inflação. Os membros do Copom avisam, no entanto, que o BC estará pronto para agir caso as projeções de inflação piorarem, o que significa que uma elevação dos juros não está descartada. Regra geral, juros mais altos inibem o consumo, o que leva a uma pressão menos sobre os preços. O resultado pretendido, neste caso, é conter a alta da inflação.
A última reunião do Copom aconteceu na semana passada e a decisão dos membros do Comitê foi pela manutenção dos juros no patamar atual, de 16% ao ano. A Selic está neste patamar desde a reunião de abril, quando os juros foram reduzidos de 16,25% para 16% ao ano. Ou seja, há quatro meses a taxa Selic é mantida.
Crescimento econômico
Segundo a ata, mesmo com a piora do quadro inflacionário e o posicionamento da política monetária que ela requer, não “há razões” para que as expectativas de crescimento econômico sejam revistas. A justificativa vem do fato de que juros mais altos tendem a conter o crescimento econômico, pois encarecem o custo das empresas, além de influenciarem no consumo.
“Na verdade, ao combater os efeitos de segunda ordem dos choques observados recentemente, agindo com a cautela recomendada nesse tipo de situação, a política monetária atua no sentido de preservar o crescimento sustentado no médio prazo, promovendo a necessária compatibilização do ritmo de expansão da demanda agregada com a ampliação da capacidade produtiva da economia”, afirma a ata, divulgada hoje pelo BC.
Adriana Fernandes e Renato Andra
Fonte: Estadão
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