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BC estimula os bancos a compartilhar a rede

O Banco Central pretende coordenar um processo junto às instituições financeiras para aumentar a eficiência no uso da infra-estrutura dos instrumentos eletrônicos de pagamentos no país. Uma das idéias principais é o estímulo ao maior compartilhamento, entre os bancos, das redes de caixas automáticos (ATMs, na sigla em inglês) e das redes de captura de transações com cartões de pagamento (como os de débito ou crédito).

O BC apresentou ontem um estudo sobre o sistema de pagamentos de varejo no Brasil. Segundo o diretor de Política Monetária do BC, Rodrigo Azevedo, esse diagnóstico servirá como “ponto de partida” para a orientação e definição de políticas para o tema. Azevedo deixou claro que a prioridade do BC é atuar como um “coordenador das forças privadas” nessa direção. “Isso pode ser feito com uma coordenação das entidades envolvidas no sistema financeiro brasileiro, como associações de classes, bancos, empresas de cartão de crédito e o BC, sentando todos para discutir como podemos racionalizar a utilização da infra-estrutura hoje existente no Brasil.”

Segundo o estudo, existem hoje no país 27 redes individuais de caixas eletrônicos. Apesar de não falar em meta para a quantidade de redes, o BC sinaliza que pretende reduzir esse número. O diagnóstico do BC mostra que havia no país, em 2004, um total de 139.457 terminais de auto-atendimento. Destes, 50.601, ou 36,3% do total, eram unidades de acesso aberto. Ou seja, já compartilhadas entre instituições. Os caixas eletrônicos de acesso restrito eram 88.856 (63,7% do total).

O BC destaca que no ano passado apenas 6% das transações realizadas nos terminais de acesso aberto foram executadas por clientes que utilizavam cartão de uma instituição que não era a proprietária da rede. O estudo aponta para a necessidade de maior compartilhamento dos terminais de captura de transações com cartões de débito ou crédito. Segundo o BC, hoje os estabelecimentos comerciais precisam arcar com custos de manutenção de diversos terminais para poderem aceitar plásticos de diversas bandeiras.

Azevedo argumenta que um maior compartilhamento do sistemas eletrônicos deve resultar em ganhos de escala para as instituições financeiras, o que deve levar a um menor custo unitário por transação através dos meios eletrônicos. “A infra-estrutura hoje existente de terminais eletrônicos e sistemas de captura de transações eletrônicas foi derivada de um período em que esta era um importante diferencial de competição entre as instituições. Hoje esse é um diferencial menos importante e a expectativa é de que os bancos e instituições envolvidas passem a competir muito mais na provisão dos serviços e dos produtos de crédito e bancários do que nos instrumentos de pagamento em si.”

O estudo do BC mostra ainda que, apesar da queda no número de operações nos últimos anos, o cheque ainda foi, em 2004, o instrumento de pagamento líder no país. Das 5,812 bilhões de operações de pagamento, os cheques responderam por 1,967 bilhão. Os cartões de crédito aparecem em seguida, com 1,253 bilhão. O maior crescimento ocorreu com o cartão de débito. Entre 1999 e 2004, houve avanço de 753%, de 107 milhões para 912 milhões.

Fonte: Valor Econômico – Leonardo Goy

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BC estimula os bancos a compartilhar a rede

O Banco Central pretende coordenar um processo junto às instituições financeiras para aumentar a eficiência no uso da infra-estrutura dos instrumentos eletrônicos de pagamentos no país. Uma das idéias principais é o estímulo ao maior compartilhamento, entre os bancos, das redes de caixas automáticos (ATMs, na sigla em inglês) e das redes de captura de transações com cartões de pagamento (como os de débito ou crédito).
O BC apresentou ontem um estudo sobre o sistema de pagamentos de varejo no Brasil. Segundo o diretor de Política Monetária do BC, Rodrigo Azevedo, esse diagnóstico servirá como “ponto de partida” para a orientação e definição de políticas para o tema. Azevedo deixou claro que a prioridade do BC é atuar como um “coordenador das forças privadas” nessa direção. “Isso pode ser feito com uma coordenação das entidades envolvidas no sistema financeiro brasileiro, como associações de classes, bancos, empresas de cartão de crédito e o BC, sentando todos para discutir como podemos racionalizar a utilização da infra-estrutura hoje existente no Brasil.”
Segundo o estudo, existem hoje no país 27 redes individuais de caixas eletrônicos. Apesar de não falar em meta para a quantidade de redes, o BC sinaliza que pretende reduzir esse número. O diagnóstico do BC mostra que havia no país, em 2004, um total de 139.457 terminais de auto-atendimento. Destes, 50.601, ou 36,3% do total, eram unidades de acesso aberto. Ou seja, já compartilhadas entre instituições. Os caixas eletrônicos de acesso restrito eram 88.856 (63,7% do total).
O BC destaca que no ano passado apenas 6% das transações realizadas nos terminais de acesso aberto foram executadas por clientes que utilizavam cartão de uma instituição que não era a proprietária da rede. O estudo aponta para a necessidade de maior compartilhamento dos terminais de captura de transações com cartões de débito ou crédito. Segundo o BC, hoje os estabelecimentos comerciais precisam arcar com custos de manutenção de diversos terminais para poderem aceitar plásticos de diversas bandeiras.
Azevedo argumenta que um maior compartilhamento do sistemas eletrônicos deve resultar em ganhos de escala para as instituições financeiras, o que deve levar a um menor custo unitário por transação através dos meios eletrônicos. “A infra-estrutura hoje existente de terminais eletrônicos e sistemas de captura de transações eletrônicas foi derivada de um período em que esta era um importante diferencial de competição entre as instituições. Hoje esse é um diferencial menos importante e a expectativa é de que os bancos e instituições envolvidas passem a competir muito mais na provisão dos serviços e dos produtos de crédito e bancários do que nos instrumentos de pagamento em si.”
O estudo do BC mostra ainda que, apesar da queda no número de operações nos últimos anos, o cheque ainda foi, em 2004, o instrumento de pagamento líder no país. Das 5,812 bilhões de operações de pagamento, os cheques responderam por 1,967 bilhão. Os cartões de crédito aparecem em seguida, com 1,253 bilhão. O maior crescimento ocorreu com o cartão de débito. Entre 1999 e 2004, houve avanço de 753%, de 107 milhões para 912 milhões.
Fonte: Valor Econômico – Leonardo Goy

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