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CSU vai processar cartões da Caixa

A CSU CardSystem acaba de vencer a concorrência pública para processar os cartões de crédito emitidos pela Caixa Econômica Federal (CEF). A operação pode ser um divisor de águas na área de administração e processamento de meios de pagamento e marca um novo estágio da atuação da Caixa Federal na área de cartões.

Pelo acordo, no valor de R$ 196 milhões, a CSU CardSystem vai processar 3 milhões de cartões da Caixa em 36 meses.

O presidente e controlador do grupo CSU, Marcos Ribeiro Leite, ressaltou que o potencial de negócios é bem maior: “Os 3 milhões de cartões estão previstos no contrato. Pelo tamanho da Caixa, porém, o número pode mais do que dobrar”.

De fato, a Caixa tem, atualmente, 30 milhões de clientes e apenas 2,2 milhões de cartões; e quer expandir as operações com o plástico, especialmente entre a baixa renda e pessoas jurídicas.

O novo acordo é um passo firme nessa direção. “A Caixa assumiu o papel de emissor independente de cartões”, disse o consultor Boanerges Ramos Freire, da Boanerges & Cia Consultoria em Varejo Financeiro.

Até agora, a Caixa emitia cartões em parceria com a Credicard, que eram processados por sua controlada, a Orbitall. A recente reestruturação da Credicard acelerou os projetos de mudança da Caixa, acredita Freire.

No final do ano passado, a Credicard passou a ser controlada pelo Itaú e Citigroup, que aumentaram de 33% para 50% cada a participação no capital da empresa, adquirindo os outros 33% que pertenciam ao Unibanco. Na mesma operação, o Itaú, assumiu o controle total da Orbitall.

Até o final deste ano, a Credicard deixará de existir como empresa e seus cartões serão divididos entre os dois sócios. A marca ficará com um dos dois. A especulação do mercado é que a Orbitall se tornará uma processadora exclusiva dos cartões do Itaú, que vai superar os 10 milhões de plásticos quando absorver sua parcela da base da Credicard. O Itaú negou esse rumor, em nota enviada pela assessoria de imprensa: “A Orbitall continua como processadora independente, com 68% do mercado”.

A própria Orbitall participou da concorrência da Caixa, além da Certegy, de capital americano. Segundo a Caixa, a CSU venceu com uma proposta 27% menor do que a de maior valor.

O contrato coloca a CSU em um “empate técnico” com a Orbitall em número de cartões, segundo Leite. Mas, com a vantagem de ser totalmente independente de qualquer banco e de ter clientes cuja base de cartões está em plena decolagem, como a Caixa Federal; e a Nossa Caixa, cujo contrato ganhou há dois anos. A CSU também processa cartões para o ABN AMRO, HSBC e Santander.

O grupo CSU, que compreende a processadora de cartões, a empresa de call center e a unidade de crédito e cobrança, fechou 2004 com uma carteira de 10 milhões de cartões, 4,6 mil posições de atendimento, 180 milhões de ligações atendidas e 40 milhões de contatos de cobrança. O faturamento foi de R$ 360 milhões.

Antes de obter o contrato da Caixa, a CSU projetava fechar este ano com cerca de 14 milhões de cartões, 6,9 mil posições de atendimento, 250 milhões de ligações atendidas, 54 milhões de contatos de cobrança e faturamento de R$ 504 milhões.

A Orbitall administrava ao final do ano passado 16 milhões de cartões. Mas, agora, o número vai diminuir com a transferência dos cartões que eram emitidos pela Caixa para a CSU.

A Certegy, que também participou da concorrência, processa cartões de crédito de instituições como o BRB, BankBoston e PanAmericano. Outro participante importante do mercado é a americana EDS.

O presidente da CSU acredita que o acordo com a Caixa vai agitar o mercado, que fechou o ano passado com um total de 52,5 milhões de cartões de crédito emitidos e chegou a 54,3 milhões em março. Quando a CSU CardSystem surgiu, em 1992, eram 7,5 milhões de cartões. “O acordo consolida nossa liderança. A CSU sai estrategicamente fortalecida e deve haver uma mudança nas relações de forças do mercado” .

O contrato com a Caixa é no modelo “full service”, compreende a prestação completa de serviços terceirizados. Além da emissão e processamento dos cartões, a CSU CardSystem fará a manutenção de sistemas, atendimento 24 horas ao cliente, processamento de dados, expedição de faturas, transações de compras e saques, pagamentos e cobrança.

Todas essas atividades exigirão a contratação de 1,5 mil novos funcionários, que serão distribuídos entre várias cidades, com a gestão em São Paulo, o atendimento em Brasília e o processamento em Belo Horizonte.

Para a CSU, que tem 10 mil funcionários, o número não é extraordinário. “Com a expansão orgânica dos negócios, temos contratado em média 1 mil funcionários por mês. Somente no mês passado foram 1,5 mil novos colaboradores”, informou Leite.

Até o final do contrato, serão investidos R$ 70 milhões em tecnologia e treinamento. A parceria permitirá ainda à Caixa emitir seus próprios cartões no futuro, já que prevê transferência de conhecimento e tecnologia.

A CSU CardSystem é a unidade de negócios que deu origem ao Grupo CSU, há 12 anos. Atualmente, fundos de private equity têm participação minoritária no seu capital. As outras empresa do grupo são a CSU TeleSystem (call center), Credit&Risk (crédito e cobrança) e a MarketSystem (programas de fidelização).

O “full service” de administração terceirizada, diz a CSU, permite ao banco lançar um cartão de crédito, débito ou financiamento em menos de 60 dias.

Fonte: Valor Econômico – Maria Christina Carvalho

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CSU vai processar cartões da Caixa

A CSU CardSystem acaba de vencer a concorrência pública para processar os cartões de crédito emitidos pela Caixa Econômica Federal (CEF). A operação pode ser um divisor de águas na área de administração e processamento de meios de pagamento e marca um novo estágio da atuação da Caixa Federal na área de cartões.
Pelo acordo, no valor de R$ 196 milhões, a CSU CardSystem vai processar 3 milhões de cartões da Caixa em 36 meses.
O presidente e controlador do grupo CSU, Marcos Ribeiro Leite, ressaltou que o potencial de negócios é bem maior: “Os 3 milhões de cartões estão previstos no contrato. Pelo tamanho da Caixa, porém, o número pode mais do que dobrar”.
De fato, a Caixa tem, atualmente, 30 milhões de clientes e apenas 2,2 milhões de cartões; e quer expandir as operações com o plástico, especialmente entre a baixa renda e pessoas jurídicas.
O novo acordo é um passo firme nessa direção. “A Caixa assumiu o papel de emissor independente de cartões”, disse o consultor Boanerges Ramos Freire, da Boanerges & Cia Consultoria em Varejo Financeiro.
Até agora, a Caixa emitia cartões em parceria com a Credicard, que eram processados por sua controlada, a Orbitall. A recente reestruturação da Credicard acelerou os projetos de mudança da Caixa, acredita Freire.
No final do ano passado, a Credicard passou a ser controlada pelo Itaú e Citigroup, que aumentaram de 33% para 50% cada a participação no capital da empresa, adquirindo os outros 33% que pertenciam ao Unibanco. Na mesma operação, o Itaú, assumiu o controle total da Orbitall.
Até o final deste ano, a Credicard deixará de existir como empresa e seus cartões serão divididos entre os dois sócios. A marca ficará com um dos dois. A especulação do mercado é que a Orbitall se tornará uma processadora exclusiva dos cartões do Itaú, que vai superar os 10 milhões de plásticos quando absorver sua parcela da base da Credicard. O Itaú negou esse rumor, em nota enviada pela assessoria de imprensa: “A Orbitall continua como processadora independente, com 68% do mercado”.
A própria Orbitall participou da concorrência da Caixa, além da Certegy, de capital americano. Segundo a Caixa, a CSU venceu com uma proposta 27% menor do que a de maior valor.
O contrato coloca a CSU em um “empate técnico” com a Orbitall em número de cartões, segundo Leite. Mas, com a vantagem de ser totalmente independente de qualquer banco e de ter clientes cuja base de cartões está em plena decolagem, como a Caixa Federal; e a Nossa Caixa, cujo contrato ganhou há dois anos. A CSU também processa cartões para o ABN AMRO, HSBC e Santander.
O grupo CSU, que compreende a processadora de cartões, a empresa de call center e a unidade de crédito e cobrança, fechou 2004 com uma carteira de 10 milhões de cartões, 4,6 mil posições de atendimento, 180 milhões de ligações atendidas e 40 milhões de contatos de cobrança. O faturamento foi de R$ 360 milhões.
Antes de obter o contrato da Caixa, a CSU projetava fechar este ano com cerca de 14 milhões de cartões, 6,9 mil posições de atendimento, 250 milhões de ligações atendidas, 54 milhões de contatos de cobrança e faturamento de R$ 504 milhões.
A Orbitall administrava ao final do ano passado 16 milhões de cartões. Mas, agora, o número vai diminuir com a transferência dos cartões que eram emitidos pela Caixa para a CSU.
A Certegy, que também participou da concorrência, processa cartões de crédito de instituições como o BRB, BankBoston e PanAmericano. Outro participante importante do mercado é a americana EDS.
O presidente da CSU acredita que o acordo com a Caixa vai agitar o mercado, que fechou o ano passado com um total de 52,5 milhões de cartões de crédito emitidos e chegou a 54,3 milhões em março. Quando a CSU CardSystem surgiu, em 1992, eram 7,5 milhões de cartões. “O acordo consolida nossa liderança. A CSU sai estrategicamente fortalecida e deve haver uma mudança nas relações de forças do mercado” .
O contrato com a Caixa é no modelo “full service”, compreende a prestação completa de serviços terceirizados. Além da emissão e processamento dos cartões, a CSU CardSystem fará a manutenção de sistemas, atendimento 24 horas ao cliente, processamento de dados, expedição de faturas, transações de compras e saques, pagamentos e cobrança.
Todas essas atividades exigirão a contratação de 1,5 mil novos funcionários, que serão distribuídos entre várias cidades, com a gestão em São Paulo, o atendimento em Brasília e o processamento em Belo Horizonte.
Para a CSU, que tem 10 mil funcionários, o número não é extraordinário. “Com a expansão orgânica dos negócios, temos contratado em média 1 mil funcionários por mês. Somente no mês passado foram 1,5 mil novos colaboradores”, informou Leite.
Até o final do contrato, serão investidos R$ 70 milhões em tecnologia e treinamento. A parceria permitirá ainda à Caixa emitir seus próprios cartões no futuro, já que prevê transferência de conhecimento e tecnologia.
A CSU CardSystem é a unidade de negócios que deu origem ao Grupo CSU, há 12 anos. Atualmente, fundos de private equity têm participação minoritária no seu capital. As outras empresa do grupo são a CSU TeleSystem (call center), Credit&Risk (crédito e cobrança) e a MarketSystem (programas de fidelização).
O “full service” de administração terceirizada, diz a CSU, permite ao banco lançar um cartão de crédito, débito ou financiamento em menos de 60 dias.
Fonte: Valor Econômico – Maria Christina Carvalho

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