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Entidades se mobilizam pela desprivatização da Vale e contra o desmonte do Estado

Mais de quarenta entidades se somaram ao movimento Reage Brasil, em Curitiba, para exigir o fim das concessões das rodovias, das ferrovias, contra a venda das áreas petrolíferas e pela desprivatização da Companhia Vale do Rio Doce.

Reativado em janeiro de 2006, após a decisão judicial da 1ª Região de Brasília que reabriu o processo que questiona o processo de privatização da Companhia Vale do Rio Doce, o movimento Reage Brasil visa a mobilização da sociedade civil contra o desmonte do estado promovido pela política econômica neoliberal que privilegia o grande capital internacional em detrimento de investimentos em infra-estrutura e um projeto claro de soberania nacional.

PEDÁGIOS – Acyr Mezzadri, coordenador do Fórum Popular contra o Pedágio, que integra o Reage Brasil, refletiu, na abertura do encontro, sobre o atual momento político da Nação: “Nós elegemos o Lula e fomos para casa pensando que estava tudo resolvido. Após três anos chegamos a conclusão que deveríamos ter mantido nossa vigília e cobrado nas ruas o nosso projeto de governo, porque forças poderosas impedem um projeto de soberania Nacional”, disse. O Fórum Popular contra o Pedágio impediu, pela tarde, no Paraná, a realização da Audiência Pública que prevê a concessão das BRs 116 e 367 à iniciativa privada por 25 anos: “Temos que dizer aos nossos governantes que o pedágio em nossas rodovias é inaceitável”, argumentou Mezzadri.

FERROVIAS – O engenheiro Saulo de Tarso, que participou da mobilização dos ferroviários que conseguiu ano passado, no Congresso Nacional, barrar as medidas provisórias 245 e 246 que extinguiam a Rede Ferroviária Nacional (RFFSA), explicou a necessidade do país definir sua política de transportes: “O país já teve um prejuízo de 8 bilhões de dólares com as concessionárias privadas que deixaram de investir e reduziram a malha ferroviária em 10 mil Km”. Saulo criticou a postura da Agência Nacional de Transportes (ANNTT) que é contra o projeto apresentado pelos ferroviários que prevê a criação de uma empresa mista que teria a função de operar, fiscalizar, construir e investir recursos num projeto ferroviário nacional: “Será que a única solução encontrada por eles é doar o patrimônio público? O conhecimento adquirido por 40 anos não vale nada? Nosso país é adulto, nós sabemos o que fazer!”, afirmou. O engenheiro citou também o desperdício do dinheiro público na era F.H.C, quando o governo comprou a Ferroban por R$ 1,5 bilhão: “O governo comprou o que já era dele, porque as concessionárias privadas não tem patrimônio, o patrimônio da RFFSA é de todos os brasileiros e vale 40 bilhões de dólares”, disparou.

PETRÓLEO – Hélio Seidel , da Federação Única dos Petroleiros (FUP), explanou sobre a interdependência dos diversos setores estratégicos nacionais, como o do petróleo e o da siderurgia: “O governo quer construir os estaleiros e navios em território brasileiro, mas o preço do ferro e do aço é mais caro em nosso país do que no exterior, porque o Brasil abriu mão da soberania no setor de minérios com a venda para o setor privado da Companhia Vale do Rio Doce e da Companhia Siderúrgica Nacional”. Helio criticou a visão neoliberal sob a qual foram vendidas as principais empresas estatais brasileiras: “Diziam que não dava lucro. Os resultados financeiros do Banco do Brasil, da Caixa Econômica e da Petrobrás no governo Lula não deixam margens para dúvidas de que as empresas estatais podem dar lucro e este lucro pode ser investido no crescimento do país”, argumentou. Hélio conclamou as entidades presentes para que se unam na construção de um grande plebiscito popular sobre a venda ou não das nossas reservas de petróleo: “É preciso deixar que o povo decida o que quer fazer com o petróleo: se quer exportar ou preservar. Nossas reservas não são dos acionistas da empresa ou de um governo, mas de todo o povo brasileiro”. A oitava rodada de Leilão das Áreas Petrolíferas está programado para o mês de maio. É a terceira rodada realizada no governo Lula.

VALE – A deputada federal Dra. Clair (PT-PR), autora, junto com Haziel Pereira, de uma das Ações Populares que pede a anulação do Leilão da Companhia Vale do Rio Doce em 1997, cobrou empenho do judiciário na manutenção da sentença da 1ª Região de Brasília que reabriu o processo: “Pedimos o ressarcimento da Nação do crime de lesa-pátria cometido pela gestão de F.H.C: uma empresa que vale, segundo estimativas do seu próprio diretor financeiro, U$ 40 bilhões, foi vendida por R$ 3,3 bilhões”. Clair contestou duramente as concessões feitas ao Capital e pediu que a reeleição do Governo Lula seja atrelada aos compromissos histórico assumidos pelo PT junto ao povo: “É preciso perguntar agora, antes das eleições: qual modelo de país queremos? O modelo neoliberal? As lutas não são isoladas e só um compromisso de governo, com o apoio da população, pode gerar “vontade política” no Congresso Nacional para que sejam realizadas as alterações nas leis que precisamos para defender o Patrimônio Público”. Dra . Clair lembrou que o governo Lula pode dar um “sinal” para todos os brasileiros e brasileiras de que assumirá este compromisso com as lutas populares: “No caso específico da Ação pela anulação do Leilão da Companhia Vale do Rio Doce, a União pode inverter sua posição: de ré pode passar para autora da Ação, desde que reconheça que o Patrimônio Público foi realmente lesado, o que a justiça de Brasília já reconheceu, tanto que reabriu o processo para que se produzam provas”, arrematou. A deputada, que faz parte da Frente Parlamentar pela Defesa do Patrimônio Público e integra a CPI da Privatizações, fez uma chamada para que os movimentos civis se integrem na luta pelo resgate do Patrimônio brasileiro: “Mandem e-mails aos parlamentares, ao governo, ao Judiciário. Telefonem, enviem cartas e, principalmente, saiam às ruas, aderindo a esta campanha que já está organizada em vários estados brasileiros”. Paraná, São Paulo e Pará, já possuem comitês de defesa do Patrimônio Público que congregam frentes parlamentares e entidades da sociedade civil.

ATO PÚBLICO – Com a presença de mais de 40 entidades, o ato público realizado no dia 23 de fevereiro teve também a participação de parlamentares e militantes do PC do B, PMDB e PT. Convocaram o Ato: Sindicato dos Petroleiros – Sindicato dos Engenheiros (SENGE) – Dep. Federal Dra. Clair (PT-PR) – Dep. Estadual Tadeu Veneri (PT-PR) – Sindiurbano – União Curitibana de Estudantes Secundaristas (UCES) – União Paranaense de Estudantes Secundaristas (UPES)- União Paranaense de Estudantes (UPE) – Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) – UNEGRO PR – Pastoral da Juventude Meio Popular – Centro Acadêmico Ciências Sociais UFPR – Casa do Estudante Universitário (CEU) – Frente Afro-brasileira de Cultura e Estudos nas Universidades do PR (FACE-UFPR ) – União Brasileira de Mulheres (UBM) – Fórum Popular contra o Pedágio – Bancada Vereadores do PT Curitiba (André Passos – Prof. Josete – Roseli Isidoro) – Diretório Regional PT Matriz – União Nacional dos Estudantes (UNE) – Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM)- Sindicato dos Maquinistas e Ferroviários (Sindimafer) – Central Única dos Trabalhadores (CUT) – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) – Assembléia Popular – Consulta Popular – Pastorais Sociais – Central de Movimentos Populares (CMP) – Centro Acadêmico Hugo Simas UFPR – Movimento de Luta pelos Bairros (MLB) – Associação dos Servidores da Justiça Federal do Paraná (ASSERJUSPAR) – Terra de Direitos.

Fonte: CUT

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Entidades se mobilizam pela desprivatização da Vale e contra o desmonte do Estado

Mais de quarenta entidades se somaram ao movimento Reage Brasil, em Curitiba, para exigir o fim das concessões das rodovias, das ferrovias, contra a venda das áreas petrolíferas e pela desprivatização da Companhia Vale do Rio Doce.
Reativado em janeiro de 2006, após a decisão judicial da 1ª Região de Brasília que reabriu o processo que questiona o processo de privatização da Companhia Vale do Rio Doce, o movimento Reage Brasil visa a mobilização da sociedade civil contra o desmonte do estado promovido pela política econômica neoliberal que privilegia o grande capital internacional em detrimento de investimentos em infra-estrutura e um projeto claro de soberania nacional.
PEDÁGIOS – Acyr Mezzadri, coordenador do Fórum Popular contra o Pedágio, que integra o Reage Brasil, refletiu, na abertura do encontro, sobre o atual momento político da Nação: “Nós elegemos o Lula e fomos para casa pensando que estava tudo resolvido. Após três anos chegamos a conclusão que deveríamos ter mantido nossa vigília e cobrado nas ruas o nosso projeto de governo, porque forças poderosas impedem um projeto de soberania Nacional”, disse. O Fórum Popular contra o Pedágio impediu, pela tarde, no Paraná, a realização da Audiência Pública que prevê a concessão das BRs 116 e 367 à iniciativa privada por 25 anos: “Temos que dizer aos nossos governantes que o pedágio em nossas rodovias é inaceitável”, argumentou Mezzadri.
FERROVIAS – O engenheiro Saulo de Tarso, que participou da mobilização dos ferroviários que conseguiu ano passado, no Congresso Nacional, barrar as medidas provisórias 245 e 246 que extinguiam a Rede Ferroviária Nacional (RFFSA), explicou a necessidade do país definir sua política de transportes: “O país já teve um prejuízo de 8 bilhões de dólares com as concessionárias privadas que deixaram de investir e reduziram a malha ferroviária em 10 mil Km”. Saulo criticou a postura da Agência Nacional de Transportes (ANNTT) que é contra o projeto apresentado pelos ferroviários que prevê a criação de uma empresa mista que teria a função de operar, fiscalizar, construir e investir recursos num projeto ferroviário nacional: “Será que a única solução encontrada por eles é doar o patrimônio público? O conhecimento adquirido por 40 anos não vale nada? Nosso país é adulto, nós sabemos o que fazer!”, afirmou. O engenheiro citou também o desperdício do dinheiro público na era F.H.C, quando o governo comprou a Ferroban por R$ 1,5 bilhão: “O governo comprou o que já era dele, porque as concessionárias privadas não tem patrimônio, o patrimônio da RFFSA é de todos os brasileiros e vale 40 bilhões de dólares”, disparou.
PETRÓLEO – Hélio Seidel , da Federação Única dos Petroleiros (FUP), explanou sobre a interdependência dos diversos setores estratégicos nacionais, como o do petróleo e o da siderurgia: “O governo quer construir os estaleiros e navios em território brasileiro, mas o preço do ferro e do aço é mais caro em nosso país do que no exterior, porque o Brasil abriu mão da soberania no setor de minérios com a venda para o setor privado da Companhia Vale do Rio Doce e da Companhia Siderúrgica Nacional”. Helio criticou a visão neoliberal sob a qual foram vendidas as principais empresas estatais brasileiras: “Diziam que não dava lucro. Os resultados financeiros do Banco do Brasil, da Caixa Econômica e da Petrobrás no governo Lula não deixam margens para dúvidas de que as empresas estatais podem dar lucro e este lucro pode ser investido no crescimento do país”, argumentou. Hélio conclamou as entidades presentes para que se unam na construção de um grande plebiscito popular sobre a venda ou não das nossas reservas de petróleo: “É preciso deixar que o povo decida o que quer fazer com o petróleo: se quer exportar ou preservar. Nossas reservas não são dos acionistas da empresa ou de um governo, mas de todo o povo brasileiro”. A oitava rodada de Leilão das Áreas Petrolíferas está programado para o mês de maio. É a terceira rodada realizada no governo Lula.
VALE – A deputada federal Dra. Clair (PT-PR), autora, junto com Haziel Pereira, de uma das Ações Populares que pede a anulação do Leilão da Companhia Vale do Rio Doce em 1997, cobrou empenho do judiciário na manutenção da sentença da 1ª Região de Brasília que reabriu o processo: “Pedimos o ressarcimento da Nação do crime de lesa-pátria cometido pela gestão de F.H.C: uma empresa que vale, segundo estimativas do seu próprio diretor financeiro, U$ 40 bilhões, foi vendida por R$ 3,3 bilhões”. Clair contestou duramente as concessões feitas ao Capital e pediu que a reeleição do Governo Lula seja atrelada aos compromissos histórico assumidos pelo PT junto ao povo: “É preciso perguntar agora, antes das eleições: qual modelo de país queremos? O modelo neoliberal? As lutas não são isoladas e só um compromisso de governo, com o apoio da população, pode gerar “vontade política” no Congresso Nacional para que sejam realizadas as alterações nas leis que precisamos para defender o Patrimônio Público”. Dra . Clair lembrou que o governo Lula pode dar um “sinal” para todos os brasileiros e brasileiras de que assumirá este compromisso com as lutas populares: “No caso específico da Ação pela anulação do Leilão da Companhia Vale do Rio Doce, a União pode inverter sua posição: de ré pode passar para autora da Ação, desde que reconheça que o Patrimônio Público foi realmente lesado, o que a justiça de Brasília já reconheceu, tanto que reabriu o processo para que se produzam provas”, arrematou. A deputada, que faz parte da Frente Parlamentar pela Defesa do Patrimônio Público e integra a CPI da Privatizações, fez uma chamada para que os movimentos civis se integrem na luta pelo resgate do Patrimônio brasileiro: “Mandem e-mails aos parlamentares, ao governo, ao Judiciário. Telefonem, enviem cartas e, principalmente, saiam às ruas, aderindo a esta campanha que já está organizada em vários estados brasileiros”. Paraná, São Paulo e Pará, já possuem comitês de defesa do Patrimônio Público que congregam frentes parlamentares e entidades da sociedade civil.
ATO PÚBLICO – Com a presença de mais de 40 entidades, o ato público realizado no dia 23 de fevereiro teve também a participação de parlamentares e militantes do PC do B, PMDB e PT. Convocaram o Ato: Sindicato dos Petroleiros – Sindicato dos Engenheiros (SENGE) – Dep. Federal Dra. Clair (PT-PR) – Dep. Estadual Tadeu Veneri (PT-PR) – Sindiurbano – União Curitibana de Estudantes Secundaristas (UCES) – União Paranaense de Estudantes Secundaristas (UPES)- União Paranaense de Estudantes (UPE) – Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) – UNEGRO PR – Pastoral da Juventude Meio Popular – Centro Acadêmico Ciências Sociais UFPR – Casa do Estudante Universitário (CEU) – Frente Afro-brasileira de Cultura e Estudos nas Universidades do PR (FACE-UFPR ) – União Brasileira de Mulheres (UBM) – Fórum Popular contra o Pedágio – Bancada Vereadores do PT Curitiba (André Passos – Prof. Josete – Roseli Isidoro) – Diretório Regional PT Matriz – União Nacional dos Estudantes (UNE) – Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM)- Sindicato dos Maquinistas e Ferroviários (Sindimafer) – Central Única dos Trabalhadores (CUT) – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) – Assembléia Popular – Consulta Popular – Pastorais Sociais – Central de Movimentos Populares (CMP) – Centro Acadêmico Hugo Simas UFPR – Movimento de Luta pelos Bairros (MLB) – Associação dos Servidores da Justiça Federal do Paraná (ASSERJUSPAR) – Terra de Direitos.
Fonte: CUT

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