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Multinacionais desrespeitam direitos trabalhistas

Banco de horas, práticas anti-sindicais e saúde no trabalho são os principais problemas

Nesta terça-feira (28), coordenadores dos comitês sindicais nacionais dos trabalhadores das redes Wal-Mart, C&A e Carrefour se reuniram em São Paulo para avaliar a atuação da rede em 2006 e para planejar as ações para o próximo ano. A NR 17 (Norma Regulamentadora que estabelece parâmetros para adaptar as condições de trabalho com segurança e conforto), banco de horas e práticas anti-sindicais foram os três pontos diagnosticados.

O comitê, formado há cerca de um ano e meio, que reúne trabalhadores ligados aos sindicatos cutistas, tem como um dos objetivos levantar os problemas que ocorrem em nível nacional para reforçar e intensificar a pressão sobre as multinacionais que desrespeitam os direitos trabalhistas. O único ponto que apresentou conquistas foi a PLR (Participação de Lucros e Resultados).

De acordo com o coordenador do comitê da C&A, Roberto Nonato, o principal problema foi a redução da jornada de trabalho – que passou de 8 para 6 horas -, que diminuiu o salário dos trabalhadores. Para coibir tal ação, o Sindicato dos Comerciários de Sergipe acionou a delegacia Regional do Trabalho de Aracaju (SE), que fiscalizou e multou a empresa em R$ 38.201,81.

Outro ponto apresentado foi a exigência de o funcionário estar à disponibilidade da empresa. “Temos que estar a postos 24 horas já que a empresa não segue uma planilha de horários. Além disso, alguns trabalhadores chegam a ficar 8 horas em pé, ignorando a NR 17. A empresa ignora o lado social do trabalhador e se preocupa apenas com a sua imagem com objetivo de ganhar cada vez mais”, denunciou Nonato.

Os coordenadores do comitê da Wal-Mart, Alci Matos, e do Carrefour, Josenete Mara da Fonseca, além de identificarem os mesmos problemas acrescentaram a pressão psicológica sofrida pelos trabalhadores. “É o famoso ‘assédio moral’. Trabalhar em um supermercado é estressante devido ao acúmulo de funções que causa danos sérios à saúde”, enfatizou Josenete.

A presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços, Lucilene Binsfeld (Tudi), salientou que o encontro cumpriu seu papel de socializar os resultados trabalhados em 2006. “Conseguimos mapear os pontos comuns entre as redes para construir uma unidade em nossas reivindicações, que com certeza serão fortalecidas”, declarou.

Balanço de 2006

– Política anti-sindical: os três comitês intensificaram suas atuações contra políticas anti-sindicais, que impede que trabalhadores e sindicatos possam se mobilizar na luta por melhores condições de trabalho.

– Lucros e resultados: os três comitês reivindicaram um PPL (Plano de Participação nos Lucros) e PPR (Plano de Participação nos Resultados) igual em todo Brasil.

– Banco de Horas: os três estão investindo esforços para reduzir e acabar com o banco de horas, responsável por grandes prejuízos à saúde.

– Saúde: trabalhos de prevenção de doenças ocupacionais como LER (Lesão por Esforço Repetitivo) e DORT (Distúrbios Ósteo-Musculares Relacionados ao Trabalho)

Os participantes terminaram o encontro com a proposta de elaborar um boletim conjunto apontando os principais problemas enfrentados nas três redes ao longo de 2006. A primeira edição está prevista para o primeiro semestre. A idéia é sensibilizar e informar os trabalhadores sobre a falta de política social das multinacionais.

Por Ana Paula Carrion.

Publicada em: 28/11/2006 às 17:09 Seção: Todas as Notícias DO SÍTIO www.cut.org.br.

Por 09:09 Notícias

Multinacionais desrespeitam direitos trabalhistas

Banco de horas, práticas anti-sindicais e saúde no trabalho são os principais problemas
Nesta terça-feira (28), coordenadores dos comitês sindicais nacionais dos trabalhadores das redes Wal-Mart, C&A e Carrefour se reuniram em São Paulo para avaliar a atuação da rede em 2006 e para planejar as ações para o próximo ano. A NR 17 (Norma Regulamentadora que estabelece parâmetros para adaptar as condições de trabalho com segurança e conforto), banco de horas e práticas anti-sindicais foram os três pontos diagnosticados.
O comitê, formado há cerca de um ano e meio, que reúne trabalhadores ligados aos sindicatos cutistas, tem como um dos objetivos levantar os problemas que ocorrem em nível nacional para reforçar e intensificar a pressão sobre as multinacionais que desrespeitam os direitos trabalhistas. O único ponto que apresentou conquistas foi a PLR (Participação de Lucros e Resultados).
De acordo com o coordenador do comitê da C&A, Roberto Nonato, o principal problema foi a redução da jornada de trabalho – que passou de 8 para 6 horas -, que diminuiu o salário dos trabalhadores. Para coibir tal ação, o Sindicato dos Comerciários de Sergipe acionou a delegacia Regional do Trabalho de Aracaju (SE), que fiscalizou e multou a empresa em R$ 38.201,81.
Outro ponto apresentado foi a exigência de o funcionário estar à disponibilidade da empresa. “Temos que estar a postos 24 horas já que a empresa não segue uma planilha de horários. Além disso, alguns trabalhadores chegam a ficar 8 horas em pé, ignorando a NR 17. A empresa ignora o lado social do trabalhador e se preocupa apenas com a sua imagem com objetivo de ganhar cada vez mais”, denunciou Nonato.
Os coordenadores do comitê da Wal-Mart, Alci Matos, e do Carrefour, Josenete Mara da Fonseca, além de identificarem os mesmos problemas acrescentaram a pressão psicológica sofrida pelos trabalhadores. “É o famoso ‘assédio moral’. Trabalhar em um supermercado é estressante devido ao acúmulo de funções que causa danos sérios à saúde”, enfatizou Josenete.
A presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços, Lucilene Binsfeld (Tudi), salientou que o encontro cumpriu seu papel de socializar os resultados trabalhados em 2006. “Conseguimos mapear os pontos comuns entre as redes para construir uma unidade em nossas reivindicações, que com certeza serão fortalecidas”, declarou.
Balanço de 2006
– Política anti-sindical: os três comitês intensificaram suas atuações contra políticas anti-sindicais, que impede que trabalhadores e sindicatos possam se mobilizar na luta por melhores condições de trabalho.
– Lucros e resultados: os três comitês reivindicaram um PPL (Plano de Participação nos Lucros) e PPR (Plano de Participação nos Resultados) igual em todo Brasil.
– Banco de Horas: os três estão investindo esforços para reduzir e acabar com o banco de horas, responsável por grandes prejuízos à saúde.
– Saúde: trabalhos de prevenção de doenças ocupacionais como LER (Lesão por Esforço Repetitivo) e DORT (Distúrbios Ósteo-Musculares Relacionados ao Trabalho)
Os participantes terminaram o encontro com a proposta de elaborar um boletim conjunto apontando os principais problemas enfrentados nas três redes ao longo de 2006. A primeira edição está prevista para o primeiro semestre. A idéia é sensibilizar e informar os trabalhadores sobre a falta de política social das multinacionais.
Por Ana Paula Carrion.
Publicada em: 28/11/2006 às 17:09 Seção: Todas as Notícias DO SÍTIO www.cut.org.br.

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