A CUT e demais centrais sindicais fecharam acordo com os ministros do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e da Previdência, Nelson Machado, para elevar o valor do salário mínimo para R$ 380 a partir de abril de 2007. Também foi acertada uma proposta de valorização do mínimo, que garante a reposição da inflação do período e o índice de crescimento do PIB, e a antecipação em um mês por ano até 2011, quando o salário mínimo passará a ser concedido em janeiro. Já o índice de correção da tabela do Imposto de Renda fechou em 4,6% com correção da inflação anual até o mesmo período.
Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores, Artur Henrique, a conquista foi muito significativa por garantir aumento real a diversas categorias. “Brigamos por R$ 420, o Congresso queria R$ 375, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu R$ 367 e conquistamos R$ 380. Esse reajuste de 8,4% é fruto da pressão popular realizada pela III Marcha pela Valorização do Salário Mínimo”, salientou.
Segundo Artur, ficou demonstrado mais uma vez que a mobilização e articulação política são essenciais para conquista de reivindicações. “E com esse mesmo espírito que construiremos novas mobilizações que tragam outras bandeiras de interesse dos trabalhadores (as) como a redução da jornada de trabalho sem a redução do salário”, concluiu.
O secretário geral da CUT, Quintino Severo, avaliou de forma positiva o acordo por garantir uma política de valorização permanente do salário mínimo. “Esse avanço só foi possível devido a união das centrais que levaram ao Congresso e a sociedade a necessidade de rever o valor do salário mínimo que atende 40 milhões de pessoas.
Segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) o salário mínimo em vigor desde 1º de maio de 1940, deveria equivaler, em agosto, a R$ 1.613,08. O valor que equivale 4,61% vezes o salário mínimo deveria suprir as necessidades básicas do trabalhador e sua família.
Por Ana Paula Carrion.
Publicada em: 20/12/2006 às 16:48 Seção: Todas as Notícias do sítio www.cut.org.br.