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Superintendente admite lavagem, mas isenta Caixa Econômica Federal

O superintendente de loterias da Caixa Econômica Federal, Paulo Campos, admitiu nesta terça-feira (27) que bilhetes premiados de loteria são utilizados na lavagem de dinheiro. “Apesar desse segmento (de loterias) ser utilizado para lavagem de dinheiro em todo o país e em qualquer parte do mundo, é onde está havendo maior índice de redução de utilização”, disse, referindo-se aos efeitos dos mecanismos de controle da Caixa e do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). No entanto, Campos classificou como “requentadas” as denúncias apresentadas pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que, com base em relatórios do Coaf repassados ao Ministério Público, denunciou a existência de um esquema de uso de loterias na lavagem de dinheiro.
O superintendente também reconheceu que “só tem notícia” do descredenciamento de uma única casa lotérica por envolvimento em operações de lavagem nos últimos anos. O fato ocorreu em 2002. Campos isentou a CEF de responsabilidade pelas fraudes e não quis especular sobre como os lavadores localizam os donos dos bilhetes premiados para comprá-los. “Isso é competência da Polícia Federal e do Ministério Público”, disse. “Não há fraude nas loterias federais. Os indícios tratados na denúncia ocorrem em ambiente externo à Caixa”, completou o superintendente, sugerindo que os lavadores identificam os donos de bilhetes premiados do lado de fora das agências.
Pela lei, a Caixa é obrigada a informar ao Coaf os nomes de todos os ganhadores de prêmios acima de R$ 10 mil, além de operações suspeitas, referentes a vencedores repetidamente sorteados. O Coaf, por sua vez, cruza os dados recebidos com aqueles já disponíveis em seus arquivos e remete relatórios comunicando casos suspeitos à PF e ao Ministério Público. “Não é um bom negócio lavar dinheiro com loteria. Na segunda ocorrência esse indício já é detectado e informado ao Coaf”. Segundo ele, nos últimos quatro anos, a CEF encaminhou ao Conselho 595 comunicações suspeitas.
Ao contrário do que suspeita o senador Álvaro Dias, a CEF nega o envolvimento de funcionários nas fraudes. Segundo Campos, é impossível que um servidor da CEF conheça previamente o nome de um apostador premiado. Como os bilhetes são ao portador, o apostador sorteado só é identificado no momento em que se apresenta à agência para receber o prêmio. Citando relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU) e auditorias internas da CEF, ele afirmou que jamais se verificou o envolvimento de funcionários da instituição em qualquer irregularidade. O superintendente afirmou que a grande maioria dos prêmios citados pelo senador foram pagos entre 1994 e 2002.
Nesta segunda-feira (26), Dias divulgou um levantamento das comunicações repassadas pelo Coaf à Polícia Federal e ao Ministério Público com os nomes de pessoas suspeitas de utilizarem bilhetes de loterias como forma de lavagem. Em vários casos, os relatórios do Conselho apontam a existência de inquéritos e processos judiciais já em andamento contra os nomes suspeitos. O balanço mostra que no período de 2002 a 2006, apenas 75 pessoas, suspeitas de envolvimento em operações de lavagem, receberam R$ 32 milhões em prêmios. Entre os casos extremos está o de uma família paulista com três integrantes que, juntos, sacaram R$ 3,8 milhões em prêmios com 525 bilhetes.
Por Agência Estado.
NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.parana-online.com.br.

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Superintendente admite lavagem, mas isenta Caixa Econômica Federal

O superintendente de loterias da Caixa Econômica Federal, Paulo Campos, admitiu nesta terça-feira (27) que bilhetes premiados de loteria são utilizados na lavagem de dinheiro. “Apesar desse segmento (de loterias) ser utilizado para lavagem de dinheiro em todo o país e em qualquer parte do mundo, é onde está havendo maior índice de redução de utilização”, disse, referindo-se aos efeitos dos mecanismos de controle da Caixa e do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). No entanto, Campos classificou como “requentadas” as denúncias apresentadas pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que, com base em relatórios do Coaf repassados ao Ministério Público, denunciou a existência de um esquema de uso de loterias na lavagem de dinheiro.

O superintendente também reconheceu que “só tem notícia” do descredenciamento de uma única casa lotérica por envolvimento em operações de lavagem nos últimos anos. O fato ocorreu em 2002. Campos isentou a CEF de responsabilidade pelas fraudes e não quis especular sobre como os lavadores localizam os donos dos bilhetes premiados para comprá-los. “Isso é competência da Polícia Federal e do Ministério Público”, disse. “Não há fraude nas loterias federais. Os indícios tratados na denúncia ocorrem em ambiente externo à Caixa”, completou o superintendente, sugerindo que os lavadores identificam os donos de bilhetes premiados do lado de fora das agências.

Pela lei, a Caixa é obrigada a informar ao Coaf os nomes de todos os ganhadores de prêmios acima de R$ 10 mil, além de operações suspeitas, referentes a vencedores repetidamente sorteados. O Coaf, por sua vez, cruza os dados recebidos com aqueles já disponíveis em seus arquivos e remete relatórios comunicando casos suspeitos à PF e ao Ministério Público. “Não é um bom negócio lavar dinheiro com loteria. Na segunda ocorrência esse indício já é detectado e informado ao Coaf”. Segundo ele, nos últimos quatro anos, a CEF encaminhou ao Conselho 595 comunicações suspeitas.

Ao contrário do que suspeita o senador Álvaro Dias, a CEF nega o envolvimento de funcionários nas fraudes. Segundo Campos, é impossível que um servidor da CEF conheça previamente o nome de um apostador premiado. Como os bilhetes são ao portador, o apostador sorteado só é identificado no momento em que se apresenta à agência para receber o prêmio. Citando relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU) e auditorias internas da CEF, ele afirmou que jamais se verificou o envolvimento de funcionários da instituição em qualquer irregularidade. O superintendente afirmou que a grande maioria dos prêmios citados pelo senador foram pagos entre 1994 e 2002.

Nesta segunda-feira (26), Dias divulgou um levantamento das comunicações repassadas pelo Coaf à Polícia Federal e ao Ministério Público com os nomes de pessoas suspeitas de utilizarem bilhetes de loterias como forma de lavagem. Em vários casos, os relatórios do Conselho apontam a existência de inquéritos e processos judiciais já em andamento contra os nomes suspeitos. O balanço mostra que no período de 2002 a 2006, apenas 75 pessoas, suspeitas de envolvimento em operações de lavagem, receberam R$ 32 milhões em prêmios. Entre os casos extremos está o de uma família paulista com três integrantes que, juntos, sacaram R$ 3,8 milhões em prêmios com 525 bilhetes.

Por Agência Estado.

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