Todos à assembléia convocada pelos sindicatos
Apesar de o processo de negociação não ter se encerrado – uma nova rodada está marcada para o dia 28, às 14h –, os banqueiros conseguiram a façanha de passar por mais dois dias de reunião (24 e 25) sem trazer uma proposta concreta para os trabalhadores.
A última vez em que apresentaram alguma coisa, já sabiam que o valor seria rejeitado. “Avisamos desde o começo da campanha que queríamos aumento real de salários. Ou seja, faz parte da enrolação típica dos banqueiros apresentar uma proposta que repõe somente a inflação”, avalia o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, em referência aos 4,82% de reajuste proposto pela federação dos bancos (Fenaban) no dia 21.
Marcolino destaca, no entanto, que a aposta dos trabalhadores de valorizar o processo de negociação está sendo positiva. “É a primeira vez que uma proposta inicial dos banqueiros repõe de cara a inflação e agrega uma nova conquista ao contrato de trabalho: a 13ª cesta-alimentação.” O presidente do Sindicato – que faz parte do Comando Nacional dos Bancários e participa das negociações com a Fenaban – relata que os representantes dos bancos já sabem: isso é pouco. “Avisamos que queremos a valorização da cesta-alimentação, do auxílio-refeição, dos pisos e da participação nos lucros. Sem isso, haverá greve.”
Para um bom entendedor – Os representantes dos bancos saíram da reunião desta terça dizendo que finalmente já sabem que a proposta dos bancários tem que ter aumento real. “Demorou! Avisamos desde o começo que sem aumento real de salários e PLR maior que contemple todos os bancários, os trabalhadores vão parar”, diz Marcolino.
Por Cláudia Motta – 25/09/2007.
NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.spbancarios.com.br.