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Paraná diz não aos 5,2%; para trabalhadores, proposta continua irrisória

O índice de reajuste de 5,2% oferecido pela Fenaban na mesa de negociações da última sexta-feira (28) ainda é insuficiente para a categoria bancária. A avaliação é dos trabalhadores bancários no Itaú, Beto Von der Osten e Marisa Stédile, que participaram da última rodada de negociações ocorrida na sexta-feira em São Paulo. Desde o dia 28 de agosto, quando é comemorado o Dia Nacional dos Bancários, a categoria está em Campanha Salarial.

Para Beto Von der Osten, que é diretor da FETEC-CUT-PR e um dos representantes do Paraná no Comando da Campanha Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, há uma perspectiva na melhoria do índice apresentado pela Fenaban.

“Os banqueiros sabem que ainda podem melhorar a proposta que nos foi oferecida. Estaremos nos reunindo na tarde de hoje com o Comando Nacional, em São Paulo, onde faremos uma avaliação da campanha e encaminharemos um debate sobre as assembléias que acontecem em todo o Estado nesta terça”, afirmou, lembrando que à noite, nova reunião acontece em Curitiba, desta vez com os dirigentes liberados e de base de Curitiba, delegados sindicais (Caixa e BB) e dirigentes da FETEC que são de Curitiba. O encontro acontece no Espaço Cultural do Sindicato, no bairro Rebouças.

Marisa Stédile, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, participou da mesa de negociações e aproveitou para denunciar o oportunismo e a má fé do Bradesco, demonstrados na semana passada. O banco aproveitou-se de uma manifestação do MST na tarde da última quinta-feira, para acusar os trabalhadores bancários da base de Curitiba de incentivarem e participarem de uma invasão ocorrida no Bradesco da Monsenhor Celso (esquina com a Marechal Deodoro). Assim, obteve na justiça do trabalho, um interdito proibitório.

Segundo Marisa, a lucratividade dos bancos dá margem para uma nova negociação (que deve ocorrer hoje ou amanhã em São Paulo) e a categoria deve fazer novas paralisações se a proposta não tiver uma melhoria substancial. “Este ano, nós, bancários, não vamos aceitar uma greve por apenas meio por cento. A categoria está preparada, principalmente nos bancos públicos, para buscar um índice maior, um índice que realmente contemple as necessidades e anseios de toda a categoria”, afirmou.

O trabalhador bancário Ademir Toshio Oshiro (Itaú), diretor do Sindicato dos Bancários de Londrina e Região avalia que após a intensificação das atividades da categoria na última sexta-feira, quando (apenas no Paraná) 10 mil bancários fizeram greve de 24h, os banqueiros puderam sentir o poder de mobilização. “Propostas como a que veio na última sexta-feira têm de ser rejeitadas categoricamente. O aumento tem que vir de forma considerável e os banqueiros sabem que vamos continuar lutando para avançar cada vez mais”, concluiu.


Por Edson Junior
FETEC-CUT-PR

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