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Juros do cheque especial continuam em alta e do crédito pessoal têm ligeira queda; juros do cheque especial são os mais altos desde setembro de 2003

Brasília – A taxa de juros cobrada pelo uso do cheque especial em março foi de de 149,8% ao ano, a maior desde setembro de 2003, quando chegou a 152,2% anuais. Os juros do crédito pessoal, que inclui operações com desconto em folha de pagamento, passaram de 52,6% em fevereiro, para 50,5% no mês passado. Os dados foram divulgados hoje (29) pelo Banco Central.

A taxa média de juros (pessoas físicas e jurídicas) passou de 37,4% ao ano, em fevereiro, para 37,6 % ao ano em março. Nos 12 meses fechados em fevereiro (anualizada), a tarifa média caiu 0,9 ponto percentual.

No caso das operações destinadas apenas a pessoas físicas, a taxa média caiu de 49% em fevereiro para 47,8% ao ano no mês passado. A tarifa média de juros anuais para empresas (pessoa jurídica) foi de 26,5% em março, maior do que os 24,8% de fevereiro.

A taxa de inadimplência geral, considerados atrasos superiores a 90 dias, ficou em 4,1%, contra os 4,4% registrados no mês anterior. Em março, a inadimplência de pessoas jurídicas foi de 1,8% e das pessoas físicas, 6,8%.
O volume de crédito do Sistema Financeiro Nacional chegou a R$ 992,723 bilhões em março, o que equivale a 35,9% da soma de bens e serviços produzidos no país, o Produto Interno Bruto (PIB). No mês passado essa relação estava em 35% e em março de 2007 em 31,1%.

Por Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil.

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Cooperativas têm sido opção de acesso mais barato ao crédito

Brasília – As cooperativas de crédito voltadas para empresários têm se tornado uma opção de investimento e de acesso mais barato aos financiamentos. Segundo o presidente da Central das Cooperativas de Crédito do Estado de São Paulo (Cecresp), Manoel Messias da Silva, neste ano só em São Paulo o Banco Central aprovou a criação de três cooperativas, que devem ser inauguradas neste semestre, e a expectativa é de que sejam autorizadas mais duas.

Segundo Messias, as cooperativas oferecem serviços mais baratos porque não visam lucro. Pesquisa do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) mostrou que a taxa média de juros do crédito pessoal no mercado é de 3,5% ao mês, enquanto nas cooperativas a média é de 2,5%. Veja comparativo na tabela abaixo.

Atualmente, existem em São Paulo 16 cooperativas formadas por empresários e 45 no país, segundo dados do Sicoob. Esse tipo de cooperativa passou a ser autorizado pelo Banco Central em 2003 e é formado por 20 pessoas, no mínimo. A formação inicial de capital das cooperativas, segundo Messias, é de cerca de R$ 300 mil, sendo que os sócios podem não somente tomar empréstimos, mas receber retorno do investimento.

Messias explicou que, como as cooperativas são ligadas ao Banco Cooperativo do Brasil, os associados têm acesso a todos os serviços bancários, como cartão de débito e cheque, além de poder contar com repasses de linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – destinados a investimentos empresariais.

Para serem constituídas, essas cooperativas precisam estar vinculdas a uma entidade empresarial, com um sindicato. Isso porque a resolução do Banco Central indica que para a formação de uma cooperativa é necessário ter um grupo homogêneo, com interesses em comum. “A entidade de classe é a patrona da criação da cooperativa”, explicou.

Além dos empresários, as cooperativas oferecem serviços para a empresa e funcionários dos associados e familiares. Segundo o Sicoob, até dezembro de 2007 as cooperativas acumularam R$ 88 milhões em patrimônio líquido e tinham emprestado R$ 262 milhões. Em ativos, somavam R$ 443 milhões.

Segundo Messias a criação das cooperativas em pequenas cidades é viável porque atende a um público para o qual os grandes bancos não oferecem atendimento. “Nas grandes cidades, temos um movimento financeiro muito grande”.

Para ele, a “concentração bancária”, ou seja, a atuação exclusiva de poucos e grandes bancos, é “cruel” para a economia. “O crédito cooperativo é uma ferramenta alternativa. Os grandes bancos não têm interesse em cidades menores. Eles captam dinheiro dessas regiões, mas não aplicam nelas. No caso das cooperativas, esse dinheiro fica girando na comunidade”.
Messias defende que o governo defina uma “política desenvolvimentista” com o objetivo de aumentar o número de cooperativas no país. Segundo ele, atualmente apenas 3% do ativo financeiro no Brasil são de cooperativas, enquanto nos Estados Unidos esse índice é de 10%.

Nas tabelas abaixo, o Sicoob uso informações divulgadas pelo Banco Central, Febraban e Procon-SP referentes a fevereiro deste ano. Os bancos escolhidos para usar como base foram Bradesco, Itaú, Unibanco e Banco do Brasil.

Valor de tarifas cobradas do usuário

Serviço
Mercado
Cooperativas

Manutenção da conta
R$ 20
isento

DOC/TED
R$ 8
R$ 5

Renovação de cheque especial
R$ 25
R$ 8

Cartão de débito
isento
isento

Renovação cadastral
R$ 30
R$ 10

Extrato na sede ou em terminal
R$ 1,50
isento

Valor médio dos juros cobrados nos diversos serviços (%)

Serviço
Mercado
Cooperativas

Crédito pessoal
3,5%
2,5%

Antecipação de recebíveis
2,0%
1,8%

Cheque especial – Pessoa Física
8%
5%

Cheque especial – Pessoa Jurídica
3,8%
4,0%

Crédito consigando
2,2%
2,0%

Aplicação financeira
variável
100% do CDI

Por Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil. Colaborou Stênio Ribeiro.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

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