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Quadro em Curitiba antecipa cenário para 2010

Beto Richa reúne aliança que deve se reproduzir na disputa para o governo contra PT e PMDB

Com o fim hoje do prazo para as convenções partidárias, o quadro eleitoral em Curitiba está definido e antecipa um cenário de forças que deve se reproduzir na disputa pelo governo do Estado em 2010. De um lado, o prefeito Beto Richa (PSDB) encabeça uma ampla aliança que reúne praticamente o mesmo grupo que apoiou a candidatura do senador Osmar Dias (PDT) no segundo turno da eleição estadual de 2006, e tende a apresentar um candidato único para o Palácio das Araucárias dentro de dois anos. Do outro, o PT de Gleisi Hoffmann e o PMDB do governador Roberto Requião, o primeiro tentando aproveitar a disputa na Capital para cacifar as candidaturas do ministro Paulo Bernardo ou do diretor da Itaipu Binacional, Jorge Samek à sucessão estadual. E o segundo – sem candidato natural ao governo e isolado por conta da decisão de Requião em apresentar um candidato de baixa densidade eleitoral – caminha para se tornar força acessória ao PT, colocada à serviço dos planos do governador de se eleger senador ao fim do atual mandato.

O quadro final de oito candidaturas a prefeito também acabou favorecendo a estratégia do prefeito de buscar a reeleição já no primeiro turno. Com a desistência de nomes fortes em seu favor – como Rubens Bueno (PPS), Ney Leprevost (PP), Osmar Bertoldi (Democratas) e Carlos Simões (PR) – o tucano conseguiu isolar a oposição, reduzindo as chances dos adversários de levar a eleição para o segundo turno.

A aliança de Beto Richa inclui, além do PSDB, o PDT de Osmar, PPS, PP, PSB, PR, DEM, PTdoB e PSDC. Já o PT de Gleisi só conseguiu atrair pequenos partidos, sendo os mais representativos o PSC de Ratinho Júnior, e o PRB do deputado pastor Edson Praczyk, além de PHS, PMN, e PTC. O primeiro indicou o ex-vereador Borges dos Reis como vice da petista. “Meu coração é vermelho, mas a nossa campanha será colorida, com as cores de todos os partidos da nossa coligação”, anunciou Gleisi.

O PMDB de Requião, por sua vez, acabou não conseguindo aliados e teve que se contentar com uma chapa pura encabeçada pelo ex-reitor da Universidade Federal do Paraná, Carlos Moreira Júnior, tendo o deputado estadual Cleiton Kielse, que teve pouco mais de dois mil votos na última eleição na Capital, como vice. “”Não tenho dúvida alguma que esta eleição terá segundo turno”, afirmou Kielse na reunião que confirmou sua indicação.

O quadro se completa com o deputado estadual Fábio Camargo (PTB), que sofreu um revés de última hora, com uma liminar judicial obtida por uma ala do PRTB que acabou rompendo a aliança em favor do lançamento de uma candidatura própria à prefeitura, da professora Marinete Silva, professora, tendo o líder comunitário Jocimar Sanabria como vice. Ontem, o PTB confirmou Camargo como candidato e a vice do PRTB, Vera Teixeira, o que deve levar a nova disputa na Justiça. Os outros três candidatos a prefeito são o ex-deputado federal Ricardo Gomyde (PCdoB), o advogado Bruno Meirinho (PSol) e o sindicalista Maurício Furtado (PV), todos com chapa pura.

Na última pesquisa eleitoral, divulgada no final de maio, quando o quadro de pré-candidatos ainda incluía doze nomes, Beto Richa apareceu com 62,4% das intenções de voto, contra 7,2% de Gleisi Hoffmann, e meros 0,8% do ex-reitor da UFPR. A propaganda eleitoral gratuita no rádio e televisão começa somente no dia 19 de agosto.

Por Ivan Santos. do Jornal do Estado.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.bemparana.com.br.

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