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Produção industrial brasileira cresce 3,3 porcento em outubro deste ano

Todos os indicadores apresentaram crescimento em comparação ao mesmo mês do ano anterior, exceto no setor de autoveículos

A previsão do Ipea para o crescimento da produção industrial mensal de outubro de 2008 em relação ao mesmo mês do ano anterior é de 3,3%. Os pesquisadores constataram que todos os indicadores setoriais cresceram, ao contrário da produção de autoveículos. Após dezenove meses de variação positiva, o setor apresentou queda na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

“Parte desta queda já é reflexo dos primeiros efeitos da crise internacional, porque a escassez de crédito tem afetado as vendas do setor, que registraram queda de 11% em relação a setembro”, informa Leonardo Mello de Carvalho, coordenador do Indicador Ipea de Produção Industrial e membro do Grupo de Análises e Previsões (GAP) da Diretoria de Estudos Macroeconômicos do instituto.

Segundo o documento, o setor de autoveículos vem passando por um processo de acomodação, dado o crescimento do nível de estoques. A crise também parece ter afetado o fluxo de veículos pesados, que apresentou retração de 1,0% na margem. Por fim, tanto a produção de papelão, quanto a carga de energia registraram elevação.

Contudo, no momento em que os efeitos da crise internacional começam a ser sentidos no Brasil, a indústria em geral mantém bom desempenho. Na comparação com os primeiros nove meses de 2007, a expansão da produção foi de 6,4%. Mas o estudo evidencia desaceleração mais significativa no trimestre que terminou no mês de setembro.

“Durante o mês de outubro, alguns setores ligados à exportação sofreram com a diminuição das linhas de financiamento externo. Somado a isso, a queda na demanda mundial e nos preços das commoditties começam a afetar negativamente as quantidades exportadas”, diz Carvalho.

No mercado interno, as concessões de crédito também apresentaram pequena retração no início do mês de outubro. Os prazos ficaram mais curtos e as taxas mais altas, o que impactou negativamente nas vendas do setor de autoveículos.

Entretanto, afirma o documento, com a série de medidas adotadas pela Autoridade Monetária para restabelecer a confiança no mercado financeiro, a fim de normalizar as concessões de crédito, espera-se que a retração na produção industrial não se intensifique e suavize, com isso, um possível impacto negativo na demanda.

PARA CONFERIR O DOCUMENTO DO IPEA NA ÍNTEGRA, ACESSE O ENDEREÇO ELETRÔNICO http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/pdf/indicIpea_nov_2008.pdf.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.ipea.gov.br.

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Produção industrial cresce 1,7% em setembro

Alta compensa a retração de agosto (-1,2%), na série com ajuste sazonal. O setor de máquinas e equipamentos (9,0%) deu a maior contribuição para a média global. Houve crescimento de 9,8% em relação a setembro de 2007. No ano, a indústria acumula alta de 6,5%, e o acumulado nos últimos doze meses para setembro (6,8%) superou o de agosto (6,4%).

Em setembro de 2008, a produção industrial cresceu 1,7% frente a agosto, na série livre de influências sazonais, mais que compensando a queda de 1,2% observada no mês anterior. Em relação a setembro do ano passado o setor avançou 9,8%, resultado mais elevado desde abril (10,0%). Com isso, o acumulado janeiro-setembro ficou em 6,5%, superior ao acumulado até agosto (6,0%). O acumulado nos últimos doze meses (6,8%) também acelerou frente ao resultado de agosto (6,4%). No fechamento do terceiro trimestre de 2008, houve avanço tanto frente a igual período de 2007 (6,7%), como em relação ao trimestre imediatamente anterior (2,7%), na série ajustada sazonalmente.

O aumento ocorrido de agosto para setembro (1,7%) foi generalizado, alcançando vinte dos vinte e sete ramos, e a maior contribuição sobre a média global veio de máquinas e equipamentos (9,0%), após a acomodação registrada no mês anterior (-0,2%). Também foram relevantes os desempenhos de edição e impressão (8,4%), refino de petróleo e produção de álcool (3,3%), alimentos (1,5%) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (9,5%). As principais pressões negativas vieram de outros produtos químicos (-2,3%) e metalurgia básica (-1,7%).

Por categorias de uso, ainda na série com ajuste, a maior alta foi de bens de capital (3,7%), que reverteu o recuo (-0,5%) do mês anterior. Nas demais categorias de uso, os resultados foram: bens de consumo semi e não-duráveis (1,5%), que volta a crescer após a queda (-0,3%) de agosto; bens de consumo duráveis (0,4%); e bens intermediários (-0,1%) que praticamente repete o patamar do mês anterior.

Média móvel confirma tendência de alta

Em setembro, o índice de média móvel trimestral confirmou a tendência de expansão da indústria, iniciada em janeiro, com avanço de 0,6% do trimestre encerrado em agosto para o terminado em setembro.

Entre as categorias de uso, a média móvel trimestral também cresceu, com claro destaque para bens de capital (1,6%), em alta pelo quarto mês consecutivo, acumulando 7,6% nesse período. O setor de bens de consumo semi e não-duráveis (0,4%) manteve-se em alta pelo quinto mês consecutivo, acumulando expansão de 3,3% nesse período. Já os segmentos bens de consumo duráveis (-1,0%) e bens intermediários (-0,3%) interromperam três meses consecutivos de crescimento.

Em relação a setembro de 2007, houve altas em 25 das 27 atividades

No confronto com setembro de 2007, o aumento de 9,8% da indústria foi generalizado, alcançando vinte e cinco das vinte e sete atividades e todas as categorias de uso. Vale mencionar os três dias úteis a mais em setembro deste ano, frente a 2007. As altas que mais influíram foram: veículos automotores (20,1%); máquinas e equipamentos (21,4%); farmacêutica (29,6%); e outros equipamentos de transporte (44,4%).

Nesses ramos, os principais impactos vieram não só de itens tipicamente associados aos bens de consumo duráveis (como automóveis, motocicletas e eletrodomésticos), mas também alguns relacionados aos bens de capital (máquinas para colheita, aviões e caminhões). A amplitude do crescimento também foi confirmada pelo índice de difusão: dos 755 produtos pesquisados, 65% tiveram altas em seu volume de produção, enquanto em agosto as altas ocorreram em 48% deles.

Ainda em relação a setembro de 2007, bens de capital (25,8%) e bens de consumo duráveis (14,9%) mantiveram ritmo bem acima da média global da indústria (9,8%). No primeiro segmento, ampliou-se o ritmo de crescimento em todos os subsetores, com claro destaque para equipamentos de transportes (41,9%), vindo a seguir bens de capital de uso misto (10,5%), bens de capital para fins industriais (16,9%) e bens de capital para energia elétrica (25,5%). No setor de bens de consumo duráveis, que tem forte encadeamento interindustrial, vale destacar, além do avanço da indústria automobilística (15,7%), a maior produção de eletrodomésticos (13,1%), que reflete a performance favorável de seus três subsetores: “linha marrom” (13,4%), “linha branca” (11,2%) e outros eletrodomésticos (23,9%).

A produção de bens intermediários avançou 6,6% frente a setembro de 2007, com os principais impactos positivos vindos dos produtos associadas às indústrias extrativas (9,7%), minerais não-metálicos (17,5%), celulose e papel (15,1%), metalurgia básica (7,6%) e veículos automotores (13,1%). A maior pressão negativa veio de alimentos (-6,7%), justificada principalmente pelo recuo no item açúcar cristal. Já no segmento de bens de consumo semi e não-duráveis (7,0%) sobressaíram os avanços de dois dígitos em outros produtos não-duráveis (11,2%), que não registrava acréscimo desta magnitude desde outubro de 2006 (11,6%). Vale destacar ainda o resultado de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (4,8%), influenciado pela maior produção de carnes e miudezas de aves; e biscoitos e bolachas.

Em relação ao mesmo período do ano anterior, Indústria cresce há 20 trimestres consecutivos

No corte trimestral, a industrial sustenta resultados positivos há 20 trimestres consecutivos, em relação a igual período do ano anterior. No terceiro trimestre de 2008, o avanço de 6,7% manteve ritmo similar aos trimestres anteriores: 6,4% no primeiro e 6,2% no segundo. Entre as categorias de uso, bens de capital (de 17,3% no primeiro trimestre para 20,0% no terceiro) acelerou ao longo do ano e prosseguiu crescendo dois dígitos. Bens de consumo semi e não-duráveis (de 1,3% para 3,5%) também ganhou ritmo, mas permaneceu com desempenho abaixo da média da indústria. Bens de consumo duráveis (de 13,7% para 9,0%) e bens intermediários (6,1% para 5,3%) desaceleram entre o primeiro e o terceiro trimestres.

O longo ciclo de expansão também se confirma no comportamento dos índices que comparam o trimestre ao trimestre imediatamente anterior, série ajustada sazonalmente, que vêm crescendo pelo décimo segundo trimestre consecutivo. A taxa de 2,7% neste trimestre foi a maior desde o terceiro trimestre de 2004 (2,9%). Nas categorias de uso, comparando-se o segundo e o terceiro trimestre de 2008, o segmento de bens de capital sai (de 2,4% para 6,2%), manteve a liderança pelo segundo trimestre consecutivo, ao mesmo tempo em que bens de consumo duráveis (de 1,1% para 0,6%) teve a única desaceleração entre os dois períodos. Os setores de bens intermediários e de bens de consumo semi e não-duráveis, ambos com acréscimo de 1,8% no terceiro trimestre, registraram resultados mais elevados que os do trimestre anterior (respectivamente 0,1% e 1,0).

O acumulado janeiro-setembro atingiu 6,5%, apoiado no crescimento de vinte e duas atividades, com veículos automotores (17,6%) liderando a expansão global, sustentado pela maior produção de automóveis e caminhões, vindo a seguir máquinas e equipamentos (10,6%), com destaque para a maior produção de aparelhos elevadores ou transportadores para mercadorias e máquinas para colheita. Também com contribuição relevante na taxa global, destaca-se outros equipamentos de transporte (31,5%), impulsionado pela elevada produção de aviões e motocicletas. Por outro lado, madeira (-8,9%), ainda pressionada pela redução nos itens madeira serrada e compensada, e fumo (-8,0%) registraram os maiores impactos negativos. Os índices por categorias de uso confirmam o maior desempenho dos setores produtores de bens de capital (18,9%) e de bens de consumo duráveis (12,1%), padrão que vem marcando a dinâmica industrial desde 2006. Abaixo do ritmo da indústria geral (6,5%) crescem as categorias de bens intermediários (5,2%) e bens de consumo semi e não-duráveis (2,3%).

Em síntese, o índice para setembro revelou avanço em relação a agosto de 2008 (1,7%), mantendo a trajetória ascendente da atividade produtiva, observada desde o início do ano pelo índice de média móvel trimestral. Ainda na série ajustada, também foi observada uma aceleração do segundo para o terceiro trimestre de 2008 (2,7%). Essa taxa trimestral foi a mais elevada desde o período julho-setembro de 2004 (2,9%). No confronto com setembro de 2007, o crescimento de 9,8% atingiu a maioria dos segmentos industriais, influenciado, em parte, pelo efeito-calendário. Tomando-se como base a série dos índices com ajuste sazonal, o avanço frente a setembro de 2007 também se mostrou significativo (7,3%), sustentado pelo desempenho do setor de bens de capital, que sinaliza investimentos na capacidade produtiva, e pelo dinamismo da demanda doméstica, em linha com as estatísticas mais recentes do comércio varejista e da evolução do emprego e da renda.

Comunicação Social
04 de novembro de 2008

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.ibge.gov.br.

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