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Neoliberalismo desmoronou com a crise mundial, diz Luiz Dulci

Belém – Durante a abertura das atividade do Fórum Sindical Mundial hoje (28), em Belém, o secretário-geral da Presidência da República, Luiz Dulci, afirmou que a atual crise não é dos bancos ou de algumas empresas. O que “desmoronou”, segundo ele, foi o neoliberalismo. O evento faz parte da programação do Fórum Social Mundial. Ao lado de representantes de sindicatos, Dulci disse que não é necessário precarizar o trabalho e reduzir empregos para enfrentar a crise.

“Nós acreditamos que é possível evitar demissões com criatividade, com diálogo entre as partes, e já houve várias soluções nesse sentido, como férias coletivas. E o governo que já desonerou vários setores da indústria, para manter o nível de atividade econômica, considera justo também que o empresariado contribua para preservar os empregos”, defendeu.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique, afirmou que as empresas querem aproveitar a crise para “tirar os direitos dos trabalhadores”. Os líderes sindicais pediram a redução do juros, reuniões mais freqüentes do Comitê de Política Monetária (Copom) e ação rápida dos governos em todas as esferas para frear as demissões.

“Nós não vamos permitir a redução dos nossos direitos, dos nossos salários, às custas de chantagem empresarial”, afirmou o presidente da União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah.

Para a representante da Organização da Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Laís Abramo, a crise mundial trouxe sentimentos contraditórios de preocupação com o desemprego, mas também de satisfação pela possibilidade de construir novos modelos de desenvolvimento.

“Muitos dos dogmas que estavam por trás da organização dos mercados financeiros caíram e as pessoas que construíram o Fórum Social Mundial vêm lutando desde o começo para afirmar que um outro mundo é possível”, disse.

Para Victor Báez, secretário-geral da Confederação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA), a crise já existia muito antes do colapso dos mercados financeiros.

“A crise já existia. Era a crise energética, alimentar, social, do meio ambiente. Para nós, a superação da crise não é outra coisa senão superar todos esses problemas”, apontou.

O ministro Dulci defendeu que haja uma intensa mobilização social para a construção de uma nova ordem “pós-neoliberal”.

“O movimento sindical tem uma responsabilidade muito grande, porque se não houver novas soluções, eles vão superar a crise restaurando o modelo antigo com algumas tinturas de controle técnico. Não basta remover os escombros do neoliberalismo, é preciso criar uma nova ordem pós-neoliberal”, afirmou.

Dulci afirmou ainda que não é o momento de o governo reduzir os investimentos nas áreas sociais ou cortar gastos públicos.

“A melhor maneira de enfrentar a crise é avançar nas mudanças sociais e não recuar. Não é hora de reduzir gastos públicos, de reduzir investimentos sociais, é hora de aumentar, ampliá-los. Melhorar a vida dos pobres tem um efeito macroeconômico positivo, faz a economia crescer. Os programas sociais ajudam a manter o nível da atividade econômica e o emprego”, defendeu.

Por Amanda Cieglinski – Enviada Especial.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.inf.br.

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A crise não deve significar precarização do emprego, diz Dulci

Secretário-geral da Presidência pede resistência, mobilização e negociação dos trabalhadores em encontro com representantes sindicais no FSM

Belém – “Vincular a garantia de emprego ao financiamento público de empresas não se trata de engessamento econômico, uma vez que a massa salarial movimenta a economia”, disse o secretário-geral da Presidência da República, Luiz Dulci, nesta terça-feira, 28, durante o encontro de representantes das centrais sindicais brasileiras e internacionais, no espaço Mundo do Trabalho, no Fórum Social Mundial, em Belém (PA).

Ele ressaltou que a crise não precisa significar a precarização do trabalho com redução de salários e direitos. “O governo sempre defendeu a livre negociação entre empregados e empresários. Não se deve tratar burocraticamente o assunto. Acreditamos que é possível encontrar soluções, sem demissão e sem redução de salário. O governo liberou recursos para apoiar as empresas, já que uma das maneiras de enfrentar a crise é manter a atividade econômica. Agora, é justo também que os empresários, por meio de negociação, contribuam para preservar os empregos”, disse Dulci.

Ele cobrou dos empresários que não enfrentem a primeira dificuldade demitindo e que esperem os impactos das medidas tomadas pelo governo surtirem efeito. “As empresas devem e podem contribuir com o país. Parte dos recursos que o BNDES empresta faz parte do FGTS e do FAT, que são dos trabalhadores, nada mais justo que eles sejam emprestados para as indústrias, mas beneficiando também os próprios empregados trabalhadores que, em última análise, são os donos desse dinheiro”,

Para o presidente da CUT, Artur Henrique, o emprego e redução dos juros são necessários para o desenvolvimento econômico. É necessário construir a mais ampla unidade dos movimentos sindical e social em defesa do desenvolvimento do mercado interno, e isso se faz com emprego e renda”, disse.

Participaram do encontro representantes da CUT, da UGT, da Força Sindical, da Confederação Sindical dos trabalhadores das América (CSA), da Confederação Sindical Internacional (CSI), além da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Por Elisângela Cordeiro – 28/01/2009.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.spbancarios.com.br.

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Os fantasmas da crise assombram Davos

Outrora considerado uma espécie de oráculo, as profecias do Fórum de Davos apenas serviram para empurrar o capitalismo a caminho do abismo. Muitas das suas estrelas empresariais foram despedidas, alguns estão na prisão e um suicidou-se. As novas estrelas são os governos russo e chinês. “Esta é a maior crise econômica desde que Davos começou”, reconhece o seu fundador, Klaus Schwab. Ele reconhece hoje, pragmaticamente, que “o pêndulo oscilou e o poder voltou aos governos”.

O Fórum Econômico Mundial que se reúne a partir desta quarta-feira na cidade suíça de Davos é uma imagem da crise econômica e financeira que assola o planeta. Outrora considerado uma espécie de oráculo, as suas profecias apenas serviram para empurrar o capitalismo a caminho do abismo. Muitas das suas estrelas empresariais foram despedidas, alguns estão na prisão e um suicidou-se. As novas estrelas são os governos russo e chinês.

“Esta é a maior crise económica desde que Davos começou”, reconhece o seu fundador, Klaus Schwab. Professor de economia de ascendência alemã que fundou o Fórum que reunia a nata do capitalismo mundial a partir de 1971, Schwab reconhece hoje, pragmaticamente, que “o pêndulo oscilou e o poder voltou aos governos”.

Antes, frequentavam os salões da estância de inverno suíça nomes como John Thain. Principal executivo do banco Merril Lynch, foi chefe da New York Stock Exchange. Depois de ter conduzido o banco ao naufrágio e despedido milhares de funcionários, ainda tentou receber uma gratificação extra de 30 milhões de dólares, lembra o diário italiano La Republica. E ainda gastou 1,2 milhão para redecorar o seu escritório. Quando foi divulgado o último rombo no balanço, estava a esquiar em Vail, Colorado. Se não tivesse sido despedido na semana passada, seria de novo um dos principais oradores de Davos.

Outras estrelas cadentes que deixaram de figurar na lista dos oradores de Davos são o ex-ministro de Bill Clinton Robert Rubin, despedido do Citigroup, Huang Guangyu, patrão do conglomerado chinês Gome, que acabou na prisão, o alemão Adolf Merckle, que se suicidou, o indiano Ramalinda Raju, que no Fórum de 2007 comandava uma enorme campanha publicitária sobre a “incrível Índia” e hoje não pode viajar, por lhe ter sido retirado o passaporte devido a suspeitas de ter alterado fraudulentamente o balanço da sua empresa Statyam Computer Services.

Uma verdadeira galeria de fantasmas que assola Davos.

As estrelas do show business também acharam mais prudente não comparecer. Bono, dos U-2, prefere fazer o lançamento do seu novo CD, e a atriz Angelina Jolie tem outros compromissos. Davos perdeu o glamour.

Também perdeu parte dos seus patrocinadores, como o falido Lehman Brothers. Por isso chegou a hora de economizar. Claro que, quando se trata de Davos, a palavra economia é relativa. O New York Times dá um exemplo: a BB Heli de Zurich, que leva os convidados para Davos de helicóptero, disponibilizou aparelhos menos confortáveis e mais lentos que permitem cobrar 4.250 dólares pela viagem até à montanha, em vez dos 8.500 que custava uma viagem mais rápida de um aparelho de duas hélices.

O grupo de imprensa alemão Burda, que já levou ao Fórum as modelos Claudia Schiffer e Naomi Campbell, decidiu cancelar esses contratos e concentrar-se em tubarões da indústria e da finança que não tenham afundado.

“As pessoas estão reavaliandor o que fazem em Davos e os organizadores encorajaram a sobriedade e querem focar-se na crise”, disse ao NYT Marcel Reichart, do Burda.

Assim, as estrelas deste ano são o primeiro-ministro britânico Gordon Brown, o chinês Wen Jiabao, e o russo Vladimir junto com a alemã Angela Merkel. Barack Obama mandou dizer que tem mais que fazer, e Lawrence H. Summers, director Conselho Econômico da Casa Branca, também declinou o convite. Da Casa Branca só vai, assim, uma conselheira, Valerie Jarrett.

Por Esquerda.Net.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cartamaior.com.br.

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