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Por 20:58 Sem categoria

Mercado de trabalho formal cresce e indústria começa a recompor estoques

Carta de Conjuntura aponta trajetória de superação da crise

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentou nesta quinta-feira, dia 2, a Carta de Conjuntura de junho. O documento, que analisa o nível de atividade econômica, emprego, inflação, setor externo, finanças públicas e crédito e mercado financeiro, revela a tendência de superação da economia brasileira após a pior fase da crise mundial. “Podemos tratar da velocidade dessa recuperação, mas sua existência já é bastante clara neste momento, em todas as variáveis”, afirmou o diretor de Estudos Macroeconômicos do Ipea, João Sicsú.

Alguns números que respaldam essa tendência estão na Carta de Conjuntura. O mês de maio manteve a trajetória de crescimento do mercado de trabalho formal no Brasil. O saldo de emprego total ficou positivo, com a criação de 131,5 mil postos de trabalho. Os estoques das indústrias começaram a se recuperar, assim como o nível de utilização da capacidade. O saldo comercial tem melhorado, e a inflação segue em queda.

A divulgação da Carta de Conjuntura foi transmitida on-line pelo site www.ipea.gov.br, e jornalistas puderam enviar perguntas pelo e-mail coletiva@ipea.gov.br. O Instituto vai disponibilizar constantemente na internet o link das transmissões de seus eventos, de forma a ampliar a disseminação dos conhecimentos produzidos pelo Ipea.

Banco Central
De acordo com Sicsú, a queda do PIB no último trimestre de 2008 e no primeiro de 2009 é também resultado da política monetária implementada pelo Banco Central no ano passado, quando as taxas de juros foram elevadas. “O normal é que isso tenha impacto sobre a taxa real de crescimento num período de seis a nove meses depois. Então, já era esperada a desaceleração do ritmo de crescimento, independentemente da crise”, declarou.

Roberto Messenberg, coordenador do Grupo de Análise e Previsões (GAP) do Ipea, lembrou que, pelo lado da oferta, o setor que puxa a economia para baixo é a indústria. Para Messenberg, esta crise, ao contrário das anteriores no Brasil, não foi causada por choques de oferta ou endividamento – mas “basicamente pela dependência de crédito internacional”. “Não temos mecanismo de fornecimento de credito doméstico que possa financiar investimento, empresas, projetos de longo prazo”, afirmou. Segundo o coordenador do GAP, esse perfil de crise á mais característico de economias desenvolvidas.

Messenberg sugeriu um leve incremento nas alíquotas tributárias do setor de serviços para subsidiar a indústria, e destacou o efeito nocivo da valorização do câmbio para a dívida pública. Sicsú propôs um imposto não-arrecadatório, mas regulatório, que ajude a evitar a valorização do câmbio baseada na atração de investimento financeiro internacional. “Seria uma medida extremamente amigável, pois reduziria a atratividade financeira do País perante o mundo sem reduzir atratividade industrial e comercial que já temos. Seria um imposto sobre a entrada de capitais especulativos de curto prazo”, disse.

Acesse a Carta de Conjuntura, através do endereço eletrônico http://www.ipea.gov.br/005/00502001.jsp?ttCD_CHAVE=626.

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Estudo diferencia efeito da crise sobre mulheres e homens

Ipea, Organização Internacional do Trabalho e IBGE divulgam documento elaborado pelo Observatório Brasil da Igualdade de Gênero

Com a coordenação da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgaram nesta quinta-feira, dia 2, o estudo “A crise econômica internacional e os (possíveis) impactos sobre a vida das mulheres”.

O estudo, apresentado no boletim “Mulher e Trabalho”, foi desenvolvido pelo Grupo de Trabalho da Crise, criado no âmbito do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero, para monitoramento dos impactos diferenciados da crise sobre homens e mulheres. Com base em informações levantadas pelo IBGE, pelo Dieese e o Ministério do Trabalho e Emprego, ele revela dados interessantes sobre esses impactos.

Nos oito meses seguintes aos primeiros efeitos da crise econômica no Brasil (de setembro de 2008 a abril de 2009), o crescimento da População Economicamente Ativa feminina foi menor que o da masculina em todas as regiões metropolitanas pesquisadas na Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), do Dieese.

Em meio à crise, porém, as taxas de desemprego masculinas tendem a se elevar mais, em termos relativos. Depois de setembro de 2008, a taxa de desemprego dos homens no Brasil aumentou 24% nas seis regiões metropolitanas pesquisadas na PED. Entre as mulheres, o aumento do desemprego nas mesmas regiões foi de 11,2%.

O Observatório Brasil da Igualdade de Gênero é uma iniciativa da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, que busca dar visibilidade, fortalecer e ampliar as ações do Estado brasileiro para a promoção da igualdade de gênero e direitos das mulheres.

Leia a íntegra do estudo, acessando o endereço eletrônico http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/pdf/crisemulheres.pdf

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.ipea.gov.br.

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