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Por 19:22 Sem categoria

Unidade da categoria é reafirmada na Conferência Interestadual dos trabalhadores bancários do Espírito Santo e do Rio de Janeiro

A XI Conferência Interestadual dos Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo foi realizada no último dia 27, na Associação Cristã de Moços (ACM), na Lapa, Centro do Rio. O encontro reuniu 579 trabalhadores dos dois estados. Durante o evento, foi definida a composição da delegação que vai representar a Federação na Conferência Nacional, que acontece de 17 a 19 de julho. Os bancários debateram temas como reajuste salarial, PLR, condições de trabalho, assédio moral e estratégias para a campanha nacional da categoria. “A unidade dos bancários de todo o país será fundamental neste ano, mais do que nunca, já que os banqueiros vão querer usar como desculpa a crise internacional para não atender às nossas reivindicações”, disse o presidente do Sindicato do Rio, Almir Aguiar.

Participaram da Conferência, também, vários parlamentares: o deputado federal Chico Alencar (PSOL), os deputados estaduais do PT Gilberto Palmares e Rodrigo Neves, além dos vereadores Reimont Ottoni (PT-Rio), Waldeck Carneiro (PT-Niterói) e Cláudio Mello (PT-Teresópolis). A Contraf-CUT foi representada por Roberto von der Osten, o Betão, atual secretário de Finanças da entidade.

A unidade foi reafirmada com a aprovação de uma chapa única de 85 delegados para a Conferência Nacional, sendo 36 do Rio de Janeiro. “Debatemos assuntos de interesse da categoria, como índice de reajuste e PLR, e demos o pontapé inicial para uma campanha nacional forte”, afirma o presidente da Federação dos Bancários RJ/ES, Fabiano Júnior.

Emprego

O economista Paulo Jäger, diretor técnico do Dieese-RJ, apresentou uma análise da conjuntura nacional em que vai se desenrolar a campanha salarial deste ano. Segundo ele, a crise está começando a se afastar e percebe-se uma retomada do nível de emprego, que foi duramente afetado pela turbulência internacional, principalmente no setor industrial. No setor financeiro, a categoria bancária vinha crescendo, saltando de 400 mil trabalhadores, no final de 2004, para 450 mil em 2007, mas houve um crescimento muito pequeno em 2008: apenas 15 mil postos a mais e uma redução no fim do ano que levou a um saldo negativo. Estudo do Dieese publicado há poucos dias aponta uma perda de cerca de 1.400 postos de trabalho e para uma grande redução do nível de salário no primeiro trimestre deste ano. Muitos bancos demitem funcionários antigos e mais velhos, com salários altos, e os substituem por jovens, a quem são pagos vencimentos de menor valor. Paulo Jäger ressalta que, com as fusões e aquisições, a eliminação de postos de trabalho em funções comuns às duas instituições está levando a um saldo negativo.

Renda

Já no que diz respeito à inflação, o economista disse que a estimativa é de que a taxa fique em torno de 5%. Quanto à PLR, é preciso analisar um período maior de tempo. A rentabilidade bancária no Brasil, que está em torno de 30%, é muito mais alta que de outros países. Jäger exemplificou que, na Alemanha, fica em torno de 4%, e nos EUA – o mercado mais desregulamentado que existe entre os maiores – estava, em 2007, antes da crise, em cerca de 11%. “Tem muita gordura para queimar antes que a situação fique ruim”, analisou o técnico.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.bancariosrio.org.br.

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