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Banco Santander usa práticas antisindicais para atrapalhar mobilização

Banco envia comunicado aos bancários exigindo que eles denunciem para a direção as manifestações que ocorrerem nas agências

São Paulo – A Campanha Nacional dos Bancários nem bem começou e o Santander já está coagindo seus funcionários, como forma de atrapalhar a mobilização. Na semana passada, o banco distribuiu um comunicado exigindo que os empregados registrassem “imediatamente” no portal corporativo as manifestações sindicais que ocorrerem nas agências.

Em caso de paralisação, a direção do Santander pede para que o bancário “contate imediatamente o seu gerente regional de atendimento, ou assistente da regional, para que ele possa cadastrar a ocorrência no portal”.

Para o diretor do Sindicato e funcionário do Santander João Roberto de Almeida, a atitude do banco se caracteriza como prática antisindical e é absurda, “principalmente para quem diz que aposta na negociação e no respeito com o movimento sindical”, ressalta. “Ainda estamos em agosto, os debates com a federação dos bancos só estão começando e a pauta de reivindicações específicas do Santander ainda nem foi entregue. E o banco já começa a coagir seus funcionários. É uma atitude muito ruim e um tiro pela culatra, porque, se o banco pensa que isso vai atrapalhar a mobilização dos bancários, está enganado: só vai servir para esquentar a Campanha e atrapalhar o diálogo na mesa de negociação”.

João Roberto destaca ainda que a atitude antisindical do Santander ganha uma dimensão muito maior que teria em outras instituições financeiras porque o presidente da empresa é justamente o presidente da federação dos bancos (Fenaban), Fábio Barbosa.

“Em vez de utilizar essas práticas antisindicais, os bancos deveriam se preocupar em atender à pauta de reivindicações dos bancários, pois têm condições para isso. O sistema financeiro continua lucrando muito e a relação com o movimento dos trabalhadores deveria ser exemplo para outras categorias”, comenta João Roberto, ressaltando que o Sindicato vai cobrar do Santander mais respeito aos trabalhadores nesta terça-feira dia 1o, durante a entrega da pauta de reivindicações específicas. “Aliás, o mote da campanha dos funcionários do Santander é: respeite o Brasil e os brasileiros. Quando o Santander vai aprender a lição?”, questiona.

Por Fábio Jammal Makhoul – 01/09/2009.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.spbancarios.com.br.

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Trabalhadores bancários remetem minuta ao banco Santander e pedem negociações imediatas

A Contraf-CUT, sindicatos e federações de bancários entregaram nesta terça-feira, dia 1º de setembro, ao Santander Brasil a minuta específica de reivindicações da Campanha Nacional 2009. O ato ocorreu no Salão Nobre, no 5º andar do prédio do Banespa, no centro de São Paulo. O documento foi recebido pelo negociador do banco, Jerônimo Tadeu dos Anjos.

A minuta, aprovada nas assembléias dos sindicatos realizadas na última semana em todo o País, inclui a proposta de renovação do acordo coletivo do Programa de Participação nos Resultados (PPR) do Santander Brasil de 2009. A reivindicação é o pagamento de R$ 3 mil para cada trabalhador do banco.

“Queremos firmar um aditivo à convenção coletiva da categoria para todos os trabalhadores do Grupo Santander Brasil, garantindo a manutenção dos direitos e buscando avanços e novas conquistas, como forma de valorização profissional”, destaca o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

Os dirigentes sindicais pediram negociações imediatas com o banco, a exemplo do Itaú Unibanco, Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. O Santander ficou de avaliar a solicitação e dará uma resposta até sexta-feira, dia 4.

“Pretendemos começar logo a negociar para evitar que o processo termine no fim do ano ou em março do ano que vem, como ocorreu nos últimos dois anos. As nossas reivindicações são conhecidas do banco e, por isso, não há motivo para esperar o término das rodadas com a Fenaban”, frisou a coordenadora da mesa de negociações e diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa. “Queremos que os trabalhadores brasileiros tenham as mesmas conquistas dos trabalhadores espanhóis”.

Pijama para quem perdeu o prazo

O banco comunicou que aceitou a reivindicação das entidades sindicais e reabriu as adesões à licença remuneração pré-aposentadoria (pijama) para quem perdeu o prazo estabelecido nos aditivos do Santander e do Real. Essa conquista tem validade até o dia 30 de março de 2010, mas vários funcionários não se habilitaram em tempo hábil.

O pijama também consta na minuta específica para fins de inclusão no novo aditivo, visando a sua manutenção até agosto do ano que vem.

Pagamento do 13º salário

O banco anunciou que pretende efetuar o pagamento da segunda parcela do 13º salário em meses diferenciados. Os trabalhadores do Real receberão em novembro e os do Santander, em dezembro. Também informou que, em 2010, o procedimento será unificado para os meses de fevereiro e dezembro para todos.

Os representantes das entidades sindicais não aceitaram o pagamento diferenciado no final deste ano. “Não queremos diferenciação. Os trabalhadores do Santander e Real trabalham lado a lado, é hoje o mesmo banco e, por isso, o crédito da segunda parcela deve ser feito para todos em novembro”, ressaltou Rita.

O banco ficou de reavaliar o assunto e dará uma resposta. Os dirigentes sindicais comunicaram que farão um aditamento à minuta específica, propondo que o pagamento do 13º seja incluído no aditivo, com o crédito nos meses de janeiro e novembro.

Dois salários para quem completa 25 anos de banco

O banco também anunciou que vai estender aos funcionários do Santander a prática do Real de conceder o pagamento de dois salários ao trabalhador que completa 25 anos de banco a partir de janeiro de 2009. A data do crédito ainda não foi definida.

Os dirigentes sindicais parabenizaram o banco pela extensão do benefício e revelaram que irão inserir essa valorização por antiguidade no aditamento que será feito à minuta específica para fins de inclusão no novo aditivo. Também reivindicaram que essa vantagem seja paga aos trabalhadores da Altec, Isban (antiga Produban) e Aymoré, bem como seja estendida para quem completou 25 anos no Santander em anos anteriores e ainda está na ativa.

“Esse pagamento é bem-vindo, mas o banco tem que parar de demitir trabalhadores com mais de 20 anos de banco e às vésperas da aposentadoria, como vem ocorrendo”, defendeu Rita. “Não adianta estender esse benefício para todos e, ao tempo, demitir o trabalhador que pode receber essa valorização”.

Aditamento à minuta específica

Após a negociação, sem perder tempo, foi encaminhado para o negociador do banco o aditamento proposto pelas entidades sindicais com as cláusulas que tratam do pagamento do 13º salário e da valorização por antiguidade.

Fonte: Contraf-CUT.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.contrafcut.org.br.

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