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A GREVE DOS TRABALHADORES BANCÁRIOS BRASILEIROS COMEÇA NESTA QUINTA-FEIRA, 24 DE SETEMBRO

Acontece em todo o Brasil e é por tempo indeterminado!

No Paraná, as bases sindicais de Curitiba, Londrina, Apucarana, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Paranavaí e Umuarama e respectivas regiões aprovaram o início da greve e paralisam as atividades bancárias. O movimento dos trabalhadores bancários filiados à CUT começa nesta quinta-feira, 24 de setembro.

As bases sindicais de Arapoti, Guarapuava e Toledo e respectivas regiões aprovaram o estado de greve. Nestes próximos dias, farão novas assembleias para decidir pela adesão à greve nacional.

Destacam-se ainda, as mobilizações nas capitais brasileiras cujas as bases sindicais são filiadas à Central Única dos Trabalhadores.

Confira as notícias a respeito:

Bancários em greve

Reunidos em assembleia, mais de mil bancários de Curitiba e região aprovaram greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (24)

Os trabalhadores bancários de Curitiba e região aprovaram por ampla maioria a proposta de paralisação por tempo indeterminado, a partir desta quinta-feira, 24 de setembro. A assembleia, que também rejeitou a proposta apresentada no último dia 17 pela Fenaban, aconteceu na noite de quarta-feira (23), no Espaço Cultural e Esportivo da categoria. A greve foi a única resposta encontrada pelos trabalhadores após cinco rodadas de negociação e muito descaso por parte dos banqueiros.

A minuta de reivindicações da Campanha Salarial 2009 foi entregue à Fenaban em 10 de agosto. Somente depois de quatro reuniões e muita ‘enrolação’ os representantes dos bancos apresentaram uma proposta: apenas 4,5% de reajuste (o que não contempla ganho real) e uma PLR rebaixada em relação a regra atual. “Diante da lucratividade dos bancos, a proposta da Fenaban é uma afronta a dignidade dos trabalhadores bancários”, contesta Otávio Dias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região.

Categoria unida – A assembleia desta terça-feira deixou claro que a categoria bancária está mobilizada e unida para mais esta batalha. Mais de mil trabalhadores compareceram ao Espaço Cultural e Esportivo para deliberar sobre a greve, aprovada por ampla maioria. “A expressividade desta assembleia mostra nossa força e antecipa a amplitude que alcançaremos com as paralisções”, completa Otávio Dias.

Por: Renata Ortega

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.bancariosdecuritiba.org.br.

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Assembléias de bancários começam a deflagrar greve em todo o país

A grande maioria das assembleias realizadas pelos bancários nest quarta-feira 23 aprovou a orientação do Comando Nacional de deflagrar greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira 24, para exigir dos bancos que apresentem uma nova proposta que atenda às reivindicações por aumento real, PLR mais justa, valorização dos pisos salariais, proteção ao emprego, mais saúde e melhores condições de trabalho, com adoção de políticas de combate às metas abusivas e ao assédio moral.

“Os bancários responderam à altura à provocação feita pelos bancos, que querem reduzir a PLR e não apresentaram propostas que contemplem aumento real, valorização dos pisos salariais, proteção ao emprego e melhores condições de saúde e de trabalho”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. “Com as deliberações democráticas das assembléias, que contaram com participação massiva da categoria, os bancários deixaram claro qual a sua posição e esperam uma nova proposta dos bancos.”

É este o quadro com os resultados das assembleias recebidas pela Contraf-CUT até as 22h00:

Base Sindical Resultado da Assembléia
São Paulo (SP) Greve
Rio de Janeiro (RJ) Greve
Belo Horizonte (MG) Greve
Brasília Greve
Porto Alegre (RS) Greve no BB, Caixa e privados. Banrisul faz paralisação dia 29 e assembleia dia 28.
Curitiba (PR) Greve
Pernambuco Greve
Ceará Greve
Mato Grosso Greve
Florianópolis Greve
Espírito Santo Greve
Acre Greve
Piauí Greve
Rondônia Greve
Juiz de Fora (MG) Greve
Londrina (PR) Greve
Vitória da Conquista (BA) Greve
Dourados (MS) Greve
Campina Grande (PB) Greve
Sul Fluminense (RJ) Greve
Itabuna (BA) Greve
Angra dos Reis (RJ) Greve
Limeira (SP) Greve
Santa Cruz do Sul (RS) Greve nos bancos privados
Macaé (RJ) Greve
Teresópolis (RJ) Greve
Alegrete (RS) Greve
Teófilo Otoni (MG) Greve
Campinas (SP) Greve
Nova Friburgo (RJ) Greve
São Leopoldo (RS) Greve na Caixa e bancos privados
Santo Ângelo (RS) Greve
Mogi das Cruzes (SP) Greve
Araçatuba (SP) Greve
Ribeirão Preto (SP) Estado de greve
São José dos Campos (SP) Greve
Jaú (SP) Greve
Guaratinguetá (SP) Greve na Caixa. BB e privados em estado de greve
São Carlos (SP) Decisão adiada
Corumbá (MS) Não entrou em greve
Rio Claro (SP) Não entrou em greve
Niterói (RJ) Greve
Campo Mourão (PR) Greve
Bagé (RS) Não entrou em greve
Nova Friburgo (RJ) Greve
Araraquara (SP) Greve
Chapecó (SC) Greve
Piracicaba (SP) Greve a partir de sexta-feira
Goiás Greve
Manaus (AM) Greve
Cornélio Procópio (PR) Greve
Uberaba (MG) Greve
Ipatinga (MG) Greve
Toledo (PR) Estado de Greve
Arapoti (PR) Estado de Greve
Campo Grande (MS) Greve
Franca (SP) Não entrou em greve

Fonte: Contraf-CUT.

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Por que a categoria bancária decidiu entrar em greve em todo o país

Os bancários deflagraram a greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira 24 porque os bancos, após cinco rodadas de negociações, apresentaram uma proposta rebaixada que não contempla as reivindicações da categoria: aumento real de salário, PLR mais justa, valorização dos pisos salariais, garantia de emprego, mais saúde e melhores condições de trabalho, com adoção de políticas de combate às metas abusivas e ao assédio moral.

Confira a seguir as principais reivindicações dos bancários e a proposta (ou a falta de proposta) dos bancos:

 Reajuste de 10% do salário. Os bancos ofereceram 4,5%, apenas a reposição da inflação dos últimos doze meses, enquanto outras categorias de trabalhadores de setores econômicos menos lucrativos estão conquistando aumento real de salário.

 Bancos querem reduzir PLR para aumentar lucros. Os bancários querem uma PLR simplificada, equivalente a três salários mais R$ 3.850 fixos. Os banqueiros propuseram 1,5 salário limitado a R$ 10.000 e a 4% do lucro líquido (o que ocorrer primeiro) mais 1,5% do lucro líquido distribuído linearmente, com limite de R$ 1.500. Essa fórmula reduz o valor da PLR paga no ano passado. Em 2008, os bancos distribuíram de PLR até 15% do lucro líquido, com limite de R$ 13.862 mais parcela adicional relativa ao aumento da lucratividade que chegou a R$ 1.980. Neste ano querem limitar a PLR a 5,5% do lucro líquido e a R$ 11.500.

 Valorização dos pisos salariais. A categoria reivindica pisos de R$ 1.432 para portaria, R$ 2.047 (salário mínimo do Dieese) para escriturário, R$ 2.763,45 para caixa, R$ 3.477,00 para primeiro comissionado e R$ 4.605,73 para primeiro gerente. Os bancos rejeitam a valorização dos pisos e propõem 4,5% de reajuste para todas as faixas salariais.

 Preservação dos empregos e mais contratações. Seis dos maiores bancos do país estão passando por processos de fusão. Os bancários querem garantias de que não perderão postos de trabalho e exigem mais contratações para dar conta da crescente demanda. Os bancos se recusam a discutir o emprego e aplicar a Convenção 158 da OIT, que inibe demissões imotivadas.

 Mais saúde e melhores condições de trabalho. A enorme pressão por metas e o assédio moral são os piores problemas que a categoria enfrenta hoje, provocando sérios impactos na saúde física e psíquica. A Fenaban não fez proposta para combater essa situação e melhorar as condições de saúde e trabalho.

 Auxílio-creche/babá. A categoria quer R$ 465 (um salário mínimo) para filhos até 83 meses (idade prevista no acordo em vigor). Os bancos oferecem R$ 205 e querem reduzir a idade para 71 meses.

 Auxílio-refeição. Os bancários reivindicam R$ 19,25 ao dia e as empresas propõem R$ 16,63.

 Cesta-alimentação. Os trabalhadores querem R$ 465, inclusive para a 13ª cesta-alimentação. Os bancos oferecem R$ 285,21 tanto para a cesta mensal quanto para a 13ª.

 Segurança. Os bancários querem instalações seguras e medidas como a proibição ao transporte de numerário, malotes e guarda das chaves. Também reivindicam adicional de risco de vida de 40% do salário para quem trabalha em agências e postos. A categoria defende proteção da vida dos trabalhadores e clientes.

 Previdência complementar para todos. Os bancários reivindicam planos de previdência complementar para todos os trabalhadores, com patrocínico dos bancos e participação na gestão dos fundos de pensão.

Fonte: Contraf-CUT.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.contrafcut.org.br.

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Assembleia rejeita proposta e define greve por tempo indeterminado

Vá para as ruas e proteste. Só assim os banqueiros vão entender que a categoria bancária merece respeito, aumento real, PLR maior, garantia de empregos, saúde e melhores condições de trabalho

São Paulo – Os banqueiros desrespeitaram os bancários ao oferecer, no dia 17, proposta que não prevê aumento real e ainda querem pagar PLR menor que a do ano passado. Não querem tratar da preservação dos empregos e ainda pretendem reduzir direitos, como o auxílio-creche. Para piorar, tentam intimidar o trabalhador com ameaças e esquemas para que não participem da greve. Uma ofensa à categoria e ao direito de greve previsto em lei.

“A resposta dos trabalhadores reunidos na assembléia desta quarta-feira (23) está dada: rejeição unânime à proposta e uma grande greve que só vai acabar quando os bancários tiverem suas reivindicações atendidas”, avisa o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, que alerta: “Os bancários vão ter de mostrar toda sua garra, mais uma vez. E não será fácil. Os banqueiros estão colocando as manguinhas de fora, mostrando a todos como suas propagandas sobre responsabilidade social são enganosas, jogando a Polícia Militar contra os bancários, apelando à Justiça contra o legítimo direito de manifestação dos trabalhadores. Vamos precisar de muita união e organização para enfrentar toda essa baixaria.” Aproximadamente 2 mil bancários participaram da assembleia na Quadra.

Marcolino lembra que há cinco anos o aumento real é conquistado com greve. “Estamos partindo para o sexto ano consecutivo com greve. E por total irresponsabilidade dos banqueiros que querem economizar às custas dos salários de seus funcionários. Esse ano, além de não quererem pagar aumento real nos salários, com a proposta de PLR feita pela federação dos bancos (Fenaban), os trabalhadores de dois dos maiores bancos receberiam cerca de 80% menos de participação nos lucros que no ano passado. Todos perderiam. É inaceitável!”, diz Marcolino. A “economia”, de mais de R$ 1,2 bilhão, claro, iria toda para o cofre dos banqueiros e para os elevados bônus dos executivos.

“Nós bancários não vamos admitir isso. Nossa greve está começando e vai crescer a cada dia. Nossa categoria é composta de gente de luta, que sabe seu valor, suporta as agruras do dia-a-dia nas agências com toda dignidade e é essa força que agora estará nas ruas para pressionar os irresponsáveis banqueiros”, convoca o presidente do Sindicato. “Todos à luta!”

Assembleia e passeata – Nesta quinta 24, às 17h, na Quadra dos Bancários, os bancários realizam nova assembleia para decidir os rumos do movimento. Na sexta 25, os trabalhadores fazem passeata na Avenida Paulista, saindo da Praça Osvaldo Cruz (próximo ao metrô Paraíso) a partir das 15h.

Comando de Greve – Dirigentes do Sindicato, da Fetec-CUT/SP, Contraf-CUT, cipeiros, delegados sindicais da Caixa Federal e do Banco do Brasil estão convocados para a reunião do Comando de Greve que será realizada às 16h30 no Auditório Verde, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatinguera, 192, metrô Sé).

* Atualizado às 20h56min

Por Redação – 23/09/2009

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.spbancarios.com.br.

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