fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 23:06 Sem categoria

Presidente Lula deve defender unidade latino-americana em conversas com Chávez e Lugo

Brasília – Em defesa das parcerias nas Américas Central e do Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve aproveitar as reuniões com os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e do Paraguai, Fernando Lugo, para destacar a importância da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e do Mercosul. A entrada da Venezuela no Mercosul ainda não se efetivou porque o Congresso paraguaio posterga a votação do pedido de ingresso dos venezuelanos.

Independentemente das divergências internas nos países vizinhos, o presidente deverá reiterar a necessidade de os latino-americanos lembrarem que há laços comuns que os unem e que não podem ser desfeitos, segundo analistas de política externa. Lula deve elogiar os esforços do governo Chávez para superar as dificuldades decorrentes da crise energética e suas consequências.

De acordo com diplomatas, Lula não vai se esquivar de mencionar o impasse em torno da busca de uma solução para as compensações financeiras relativas à comercialização de energia gerada pela Hidrelétrica de Itaipu envolvendo Brasil e Paraguai. Mas deverá ressaltar que eventuais divergências não devem ameaçar a unidade da região.

Para o governo brasileiro, a questão dos brasiguaios também é considerada de relevância. Um programa de regularização dos brasileiros que moram no Paraguai começou em dezembro do ano passado. O projeto é coordenado pelos dois governos – Brasil e Paraguai.

Por Renata Giraldi – Repórter da Agência Brasil. Edição: Lílian Beraldo.

=======================================

Lula deve discutir temas polêmicos em encontros com Chávez e Lugo esta semana

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá uma agenda internacional intensa nesta semana. Ele tem encontros marcados com os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e do Paraguai, Fernando Lugo. Em pauta, temas polêmicos e que geram impasse. Com Chávez, Lula deve conversar sobre as tensões do venezuelano às voltas com as eleições parlamentares e as críticas internas e externas decorrentes da crise energética. A conversa vai ser dia 28, em Brasília.

Crítico do governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e de seus aliados, Chávez gera controvérsias constantes. De acordo com diplomatas, Lula deverá aconselhá-lo sobre a necessidade de suavizar o discurso, uma vez que daqui a cinco meses enfrentará eleições parlamentares e há possibilidade de a oposição obter boa parte das 167 cadeiras da Assembleia Nacional – atualmente dominada pelo governo.

O próprio Chávez sabe desta possibilidade, segundo analistas brasileiros. Tanto é que há duas semanas apelou para que sua legenda, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), intensifique seus esforços para obter maioria. Ao mesmo tempo, o governo venezuelano sofre com as pressões internas decorrentes da crise energética – acirrada no final do ano passado – e suas consequências: problemas de abastecimento de água e alimentos.

Em Brasília, Lula e Chávez deverão reafirmar a amizade que os une. Durante a visita deverão ser assinados acordos bilaterais incluindo as áreas de processamentos de grãos, de siderurgia, energia e infraestrutura.

No encontro com Lugo, no dia 30, em Ponta Porã (Mato Grosso do Sul), Lula vai tentar justificar a demora na concretização do plano de compensações financeiras relativas à comercialização de energia gerada pela Hidrelétrica de Itaipu Binacional. O principal ponto de controvérsia é a recomendação de elevar o repasse de cerca de US$ 110 milhões/ano para US$ 320 milhões/ano por parte dos brasileiros para os paraguaios.

Os termos do tratado estão à espera de discussão e votação no Congresso. Não há data para votação. Um dos objetivos é permitir que o Paraguai venda energia, no mercado brasileiro, sem a mediação da empresa estatal Eletrobras. Paralelamente, os dois presidentes vão conversar também sobre a mudança de tratamento dispensada aos brasiguaios – brasileiros que moram no Paraguai.

Projeções do Itamaraty indicam que existam entre 80 mil e 150 mil brasileiros morando no país vizinho. Os números para a Organização Internacional para Migração (IOM) são mais elevados, indicando de 150 mil a 250 mil, alguns ilegais e outros, proprietários de terras. O trabalho dos migrantes brasileiros se baseia na agricultura, no pequeno comércio e no setor informal. Muitos se queixam sobre a forma como são tratados pelas autoridades paraguaias.

Por Renata Giraldi – Repórter da Agência Brasil. Edição: Lílian Beraldo.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

Close