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Protestos nesta terça-feira, 31 de agosto, contra assédio moral, metas abusivas e insegurança

Terça-feira é Dia Nacional de Luta contra o assédio moral e as metas abusivas

O Comando Nacional dos Bancários marcou para 31 de agosto, véspera da segunda rodada de discussões, a realização de um Dia Nacional de Luta, com foco no combate ao assédio moral, às metas abusivas e à falta de segurança bancária. A realização da mobilização foi decidida após a primeira negociação entre o Comando e a Fenaban, no dia 24, que abriu a Campanha Nacional 2010 e definiu o calendário de discussões.

Para acessar a carta aberta disponibilizada pela Contraf-CUT para o Dia Nacional de Luta, entre no endereço eletrônico http://www.contrafcut.org.br/download/publicacoes/10820191759.pdf

“A participação dos bancários é fundamental para pressionar os bancos e nos levar a uma negociação vitoriosa. Os sindicatos de todo o país devem organizar atividades e mobilizar os bancários, pois somente juntos conseguiremos arrancar o combate ao assédio moral, o fim das metas abusivas, melhores condições de trabalho e de segurança para todos”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

Os bancários deram início às negociações sobre saúde do trabalhador na primeira reunião com a Fenaban, abordando o combate ao assédio moral. Outros pontos da pauta, como o fim das metas abusivas e a isonomia para trabalhadores afastados, serão tratados nas próximas reuniões, quarta e quinta-feira.

“Decidimos começar as negociações por esses temas que estão entre as principais preocupações dos bancários. A pesquisa nacional feita pela Contraf-CUT mostra que quase 80% dos bancários consideram o combate ao assédio moral e às metas abusivas como os principais problemas nos locais de trabalho. Os trabalhadores estão sofrendo com o modelo de gestão imposto pelos bancos e já é hora disso mudar”, afirma Carlos Cordeiro.

Fonte: Contraf-CUT.

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Para uma vida melhor, bancários exigem “menos metas e mais saúde”

As doenças físicas e psíquicas vêm crescendo de forma assustadora na categoria bancária.

Atualmente, a cada mês 1.200 bancários em média são afastados por auxílio-doença concedido pelo INSS, dos quais a metade por transtornos mentais e por LER/DORT. Os transtornos mentais vão desde uma pequena depressão até tentativa de suicídio. São doenças comprovadamente geradas ou agravadas pelo atual modelo organizacional dos bancos, onde imperam a pressão brutal por cumprimento de metas excessivas e o assédio moral.

Pesquisa realizada pela Contraf-CUT em 2006, coordenada pelo Sindicato de Pernambuco e pela psicóloga Regina Heloísa Maciel, revelou que 8% dos trabalhadores do sistema financeiro estavam sofrendo assédio moral naquele momento.

Outra pesquisa encomendada pela Contraf-CUT em maio de 2010 mostra que 80% dos bancários consideram o assédio moral e as metas abusivas os principais problemas que enfrentam hoje nos locais de trabalho.

Por essas razões a 12ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada no Rio de Janeiro entre 23 e 25 de julho, incluiu os dois temas como centrais na pauta de reivindicações da Campanha 2010 – e que já estão sendo abordados nas primeiras rodadas de negociação com a Fenaban.

Também foi devido à crescente gravidade dessas questões para os bancários que a Contraf-CUT lançou, a partir de uma proposta desenvolvida pelo Sindicato de São Paulo, a campanha nacional Menos Metas Mais Saúde. O lançamento foi feito em um seminário na sede da Confederação, em São Paulo, que contou com a participação da médica do trabalho Margarida Barreto e do dr. Em psicologia social Roberto Heloani – dois dos principais pesquisadores dos efeitos dos novos modos de produção sobre a saúde dos trabalhadores.

“Assédio moral, violência organizacional e metas abusivas” também é o tema da primeira publicação da coleção Cadernos Contraf-CUT, lançada no seminário, realizado no dia 18 de agosto.

“Está claro que o problema do assédio moral precisa ser atacado em sua raiz. Não é uma prática isolada, fruto do arbítrio de um ou outro gestor. É uma questão que está relacionada à organização do trabalho, à lógica como funciona a produção hoje dentro dos bancos, pela forma como as metas são estipulas abusivamente e cobradas. Isso precisa ser alterado para que haja uma redução drástica no quadro de adoecimentos”, afirma Plínio Pavão, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT.

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Assistência às vítimas e adicional de risco de 30% estão na pauta de segurança

A segurança bancária será um dos temas a serem debatidos na próxima rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, na quarta e quinta-feira, dias 1° e 2 de setembro. Na véspera da negociação, dia 31 de agosto, os trabalhadores realizarão Dia Nacional de Luta, indo às ruas para esclarecer os principais pontos da pauta de reivindicações de segurança bancária e saúde do trabalhador.

“A luta pela segurança bancária é a luta pela preservação da vida de bancários, vigilantes e clientes dos bancos”, afirma Ademir Wiederkehr secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária. “Queremos um sistema financeiro realmente responsável, que coloque a vida das pessoas em primeiro lugar, à frente do patrimônio das empresas”, defende.

Entre as principais reivindicações da pauta de segurança bancária, aprovadas durante a 12ª Conferência Nacional dos Bancários, estão assistência às vítimas de assalto e seqüestro, medidas de prevenção contra ataques a bancos e adicional de risco de vida.

Outras demandas são garantias de assistência às vítimas de sequestros e a todos os que estiveram no local de assaltos, bem como atendimento médico e psicológico, fechamento da unidade no dia da ocorrência, emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e acompanhamento de advogado do banco para identificação de suspeitos na polícia.

Também consta na minuta a proposta dos bancários do Rio de Janeiro, que reivindica estabilidade provisória para vítimas de assaltos, seqüestros e extorsões no prazo de 36 meses depois da ocorrência. Em caso de processo judicial com decisão favorável ao bancário, esse prazo começaria a contar após o trânsito em julgado.

Outra reivindicação é o pagamento do adicional de periculosidade ou risco de vida de 30% para os bancários que trabalham em agências, postos de serviço e tesouraria. A proposta foi lançada pelos vigilantes, uma categoria que ocupa o mesmo ambiente de trabalho dos bancários e que arrancou recentemente essa conquista, através de acordos coletivos em todo país e por meio de projetos de lei aprovados na Câmara dos Deputados e no Senado.

Demandas também importantes são a necessidade de proibição do transporte de dinheiro e chaves de cofres por parte dos bancários, assim como medidas de prevenção contra assaltos, como a porta de segurança com detectores de metais antes do autoatendimento, câmeras de filmagem com monitoramento em tempo real, vidros blindados nas fachadas, divisórias individualizadas na bateria de caixas e entre os caixas eletrônicos, instalação de vidros nos guichês de caixas e colocação de biombos entre a fila de espera e a bateria de caixas.

“As medidas preventivas visam proteger a vida de bancários, vigilantes e clientes e evitar assaltos e o golpe da saidinha de banco”, ressalta Ademir.

Mesa temática

Avanço importante conquistado na Campanha Nacional 2009, a retomada das negociações com os bancos na mesa temática de segurança bancária deram início aos debates. “Foi a primeira vez desde 1991, quando foi introduzida na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que houve quatro reuniões no mesmo ano: dias 6 e 22 de abril, 17 de junho e 20 de julho”, salienta Ademir.

Algumas das reivindicações da pauta sobre segurança já foram abordadas na mesa temática, o que pode acelerar os debates da Campanha Nacional 2010. Por exemplo, a Fenaban admitiu a possibilidade de avançar no atendimento das vítimas, o que poderá ser concretizado nas negociações para a nova convenção coletiva.

Fonte: Contraf-CUT.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.contrafcut.org.br.

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