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Dilma afirma que MST não será tratado como caso de polícia, mas futuro governo não aceitará ilegalidade

Brasília – A presidente eleita, Dilma Rousseff, disse hoje (3) que não tratará a questão do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) como “caso de polícia”, mas garantiu que não compactuará com invasões de prédio nem de áreas produtivas ou com qualquer ilegalidade.

Ela reiterou, ainda, que reprova ações violentas como a praticada no sul do Pará, em 1996. “No meu governo, não vai haver outro Eldorado dos Carajás”, declarou, durante entrevista coletiva à imprensa, no Palácio do Planalto.

“O que precisamos é transformar o pequeno agricultor em proprietário, e que ele tenha melhorias dentro do campo e na educação”, argumentou Dilma ao defender a reforma agrária. Para que as ações na área tenham êxito, acrescentou a futura presidente da República, “o proprietário tem de ter renda e tem de perceber que melhorou de vida”.

Por Pedro Peduzzi e Roberta Lopes – Repórteres da Agência Brasil. Edição: Juliana Andrade.

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Novo governo deve investir mais em desenvolvimento urbano, defende coordenador do AfroReggae

Rio de Janeiro – Ampliar os investimentos em ações de desenvolvimento urbano deve ser uma das prioridades do novo governo para os próximos quatro anos, segundo avaliação do coordenador de Parcerias Institucionais da organização não governamental (ONG) AfroReggae, Reginaldo Lima. Para ele, ao lado de áreas como saúde e educação, o tema é fundamental para garantir melhoria da qualidade de vida das populações pobres.

“É claro que precisamos de um povo saudável e com acesso à educação. Mas o desenvolvimento urbano também é muito importante porque levanta a autoestima da população, transforma a vida do cidadão, aumenta a geração de emprego e renda e permite que o povo sonhe”, afirmou.

De acordo com Lima, o governo também deve reforçar o crescimento econômico das classes D e E, ampliando sua inserção na sociedade, tanto por iniciativas diretas da esfera pública como por meio do estímulo a ações da própria sociedade civil organizada.

Ele citou o trabalho do AfroReggae, como projeto bem sucedido de combate à exclusão com apoio do governo federal. O grupo atende jovens de cinco comunidades populares do Rio de Janeiro, com iniciativas que utilizam a arte, a cultura afro-brasileira e a educação como instrumentos de transformação social.

Segundo ele, as ações de diversas naturezas que estimulem o desenvolvimento humano são fundamentais não apenas para promover as camadas mais pobres à sociedade de consumo, mas também para enfrentar problemas como a entrada de jovens no mundo do tráfico de drogas e suas consequências.

Para o coordenador do AfroReggae, a expectativa para os próximos quatro anos é que os ganhos sociais verificados no governo do presidente Lula sejam mantidos e aprofundados. “É preciso seguir em frente com as transformações sociais implementadas nos últimos oito anos, com desenvolvimento de todos os setores da sociedade, como a indústria, o comércio e consequentemente do crescimento do emprego em todas as regiões”, disse.

Por Thais Leitão – Repórter da Agência Brasil. Edição: Aécio Amado.

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Ampliar diálogo com sociedade civil é um dos desafios de Dilma Rousseff, diz coordenador do Observatório de Favelas

Rio de Janeiro – A presidente eleita Dilma Rousseff deve ampliar e melhorar o diálogo com as iniciativas da sociedade civil para aprofundar as conquistas sociais do governo Lula e cumprir promessas de campanha, como erradicar a miséria, melhorando a vida de 21,5 milhões de pessoas que ainda estão na pobreza absoluta, e reduzir as desigualdades entre as classes sociais. A avaliação é do geógrafo Mário Pires, coordenador executivo da organização não governamental (ONG) carioca Observatório de Favelas.

De acordo com ele, o Estado não pode arcar com toda a responsabilidade de promover o bem comum. Segundo Pires, há diversas iniciativas locais nos espaços populares que podem e devem ser abraçados pelo governo e transformados em políticas públicas. Dessa forma, acredita, os esforços de quem atua nas comunidades pobres podem ser replicados com maior eficácia.

“O Estado não pode dar conta de todas as questões. Por isso, é preciso pensar nos espaços populares dialogando mais com os cidadãos que moram nesses locais e com as entidades que neles atuam, já que muitas vezes elas possuem práticas e metodologias que podem ser assimiladas com sucesso pelo Estado”, afirmou.

O coordenador da ONG citou o exemplo do projeto Conexões de Saberes, desenvolvido em 2005 pelo Observatório de Favelas e englobado posteriormente pelo Ministério da Educação. Por meio da iniciativa, jovens universitários de origem pobre recebem uma bolsa para se manterem no ensino superior e, em troca, desenvolvem projetos sociais com o conteúdo aprendido na região onde vivem. O projeto foi implementado em universidades federais, como a de Pernambuco (Ufpe), do Pará (Ufpa), do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Fluminense (UFF).

Segundo Pires, a eleição de Dilma Rousseff é vista com expectativa pelo setor, mas defende maiores esforços para reduzir as desigualdades sociais. “Estamos enxergando a eleição da Dilma com muita expectativa, principalmente porque houve uma clara inversão de prioridades nos últimos anos no governo federal, com impacto importante sobre a redução da pobreza no país. Mas, embora a pobreza tenha diminuído, ainda se produz desigualdade no país”, disse.

Por Thais Leitão – Repórter da Agência Brasil. Edição: Aécio Amado.

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