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Para mulheres, eleição de Dilma é marco político no país

São Paulo – A eleição de Dilma Rousseff (PT), primeira mulher presidente da República, é um marco político comemorado por lideranças de movimentos de mulheres. As ativistas ouvidas pela Rede Brasil Atual lembram, porém, que o fato não significa políticas de promoção da igualdade de direitos entre gêneros, fato que depende do empenho da presidente eleita em buscar ações nesse sentido.

“A vitória de Dilma mostra ao mundo que é possível as mulheres estarem em todos os espaços”, comemora Rosane Silva, secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT. Ela emociona-se ao falar sobre o resultado eleitoral, já que a participação feminina na política ainda enfrenta grandes dificuldades.

Sonia Coelho da Organização Feminista Sempre Viva e militante da Marcha Mundial das Mulheres acredita que a vitória de Dilma é repleta de simbolismo. “A eleição dela é muito importante num país em que as mulheres sempre foram minoria nos principais cargos de decisão”, afirma.

Com Dilma, a feminista espera um novo impulso para o desenvolvimento de políticas públicas para mulheres. “A gente espera que esse resultado se transforme em políticas para reverter a desigualdade que as mulheres vivem”, assinala Sonia.

“O fato de Dilma estar lá, faz com que as mulheres reconheçam que a política e os espaços de decisão são espaços para elas. As mulheres têm direito e capacidade para estarem nesses espaços de decisão tão importantes”, defende Sonia.

A feminista Yuri Puello Orozco lembra que a eleição de mulheres é um fenômeno que está acontecendo em toda a América Latina. “É um avanço e um fenômeno que está se dando na América Latina. Dilma não é a única”, cita. Ela refere-se também a Cristina Kirchner, presidente da Argentina, e Michelle Bachelet, ex-mandatária do Chile.

A eleição da primeira mulher presidente do Brasil também reflete outro avanço, considerando-se que se trata da sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva. “Nós estamos vivendo no Brasil um período muito interessante. Depois de eleger o primeiro operário, que vem das classes populares, vem uma mulher eleita por mais de 51% da população”, acredita Célia Regina Costa, secretária da Mulher da Confederação Nacional de Seguridade Social da CUT.

Amadurecimento

Para as militantes do movimento de mulheres ouvidas pela Rede Brasil Atual, a eleição de Dilma significa um amadurecimento da população e o surgimento de um novo paradigma. “As mulheres ainda são vistas e veem a casa como espaço prioritário. O espaço público, por outro lado, sempre foi visto como prioritariamente do homem”, descreve Sonia da ONG Sempre Viva.

Rosane, da CUT, pleiteia que é preciso construir novas relações sociais e partidárias em que as mulheres sejam respeitadas numa dimensão total. “Nós mulheres precisamos ser respeitadas não somente como boas mães, boas educadoras, boas enfermeiras, mas sendo respeitadas como boas políticas”, argumenta.

“Podemos estar em todos os espaços de poder e até agora fizemos isso com muita qualidade, honestidade e transparência”, reflete a secretária nacional da CUT.

Por: Redação da Rede Brasil Atual. Publicado em 31/10/2010, 20:05. Última atualização em 01/11/2010, 10:09

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Dilma agradece eleitores em seu site

Primeira manifestação da presidenta eleita foi feita por meio a página oficial de campanha

São Paulo – Primeira mulher eleita presidente do Brasil, Dilma Rousseff (PT) inovou na maneira de agradecer seus eleitores. A primeira manifestação da presidente eleita, após confirmada sua vitória, veio por intermédio do site oficial da campanha (http://www.dilma13.com.br/). A inscrição “Obrigada Brasil” veio acompanhada de uma assinatura digital e a inscrição “1ª mulher presidente do Brasil”.

Ainda para a noite deste domingo (31), Dilma deve fazer um pronunciamento ou conceder entrevista coletiva em um hotel em Brasília (DF), onde aguardou a apuração de votos. A definição da disputa presidencial foi anunciada às 20h14, pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski.

Às 21h30, ao vivo, no programa Fantástico, da TV Globo, Dilma repetiu o teor da publicação. “Estou muito feliz, agradeço aos brasileiros e brasileiras por esse momento e prometo honrar a confiança que depositaram em mim”, disse.

Por: Cláudia Motta, especial para a Rede Brasil Atual. Publicado em 31/10/2010, 21:25. Última atualização em 01/11/2010, 10:13

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Dilma reafirma combate à miséria e se emociona ao falar de Lula

No primeiro pronunciamento depois de eleita, candidata governista celebra vitória de primeira mulher a ocupar o cargo

São Paulo – Em seu primeiro pronunciamento como presidente eleita, Dilma Roussef (PT) reafirmou seu compromisso de erradicar a miséria, lembrou a importância dos recursos do pré-sal e se emocionou ao agradecer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela reforçou compromisso com a valorização da educação e da saúde e com a realização de uma reforma política “que faça avançar nossa jovem democracia”.

A ex-ministra-chefe da Casa Civil fez seu discurso ao lado do vice-presidente eleito Michel Temer (PMDB) e dos principais coordenadores da campanha – o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, e os deputados federais Antonio Palocci e José Eduardo Cardozo. Na maior parte dos 25 minutos em que falou a jornalistas e militantes, ela leu o discurso, mas falou de improviso sobre a figura de Lula.

Dilma declarou que o resultado das eleições é “demonstração do avanço democrático de nosso país”, porque, pela primeira vez, o Brasil será governado por uma mulher. “Assumo compromisso de honrar as mulheres brasileiras para que este fato hoje inédito se torne natural e possa se repetir nas instituições civis, empresas e todos os setores da sociedade. Gostaria que os pais e mães das meninas pudessem olhar hoje nos olhos delas e dizer sim, a mulher pode”, comemorou.

A presidente eleita reforçou compromisso que considera fundamental com “a erradicação da miséria e criação de oportunidades para todos os brasileiros”. Ela havia prometido, durante a campanha, lutar nesse sentido. “Ressalto que essa é uma meta que não será realizada apenas com a vontade do governo”, alertou.

Ela fez um chamado a toda a sociedade, incluindo a imprensa, governadores e prefeitos, para combater aspectos mais dramáticos da pobreza extrema. “Não podemos descansar enquanto houver brasileiros com fome, crianças pobres abandonadas a sua própria sorte, drogas e cracolândia”, defendeu.

Ao falar do petróleo da camada pré-sal, Dilma prometeu usar as riquezas do país sempre com pensamento de longo prazo. “Não vamos deixar para as futuras gerações apenas dívidas e desesperança. A criação do fundo social do pré-sal, parte importante do modelo defendido por nós, de partilha, é uma poupança de longo prazo para beneficiar a geração atual e as próximas. Não alienaremos nossas riquezas para deixar a nosso povo apenas migalhas”, defendeu, reformando compromisso de valorizar a educação, a saúde e a segurança pública.

Ela fez questão de agradecer à imprensa pela cobertura do processo eleitoral, lembrando seu passado de luta pela democracia. “Não nego que por vezes algumas das coisas difundidas me deixaram triste, mas quem, como eu, lutou pelo direito de expressão arriscando a vida, quem, como eu, dedicou toda a juventude à luta pelo direito de expressão… nós somos profundamente amantes da liberdade”, afirmou. “Disse e repito que prefiro o barulho da imprensa livre ao silêncio das ditaduras.”
Bater à porta

A presidente eleita se emocionou ao agradecer ao presidente Lula, principal arquiteto de sua candidatura. “Ter a honra de seu apoio, o privilégio de sua convivência e ter aprendido com sua imensa sabedoria é algo que se guarda para a vida toda”, disse Dilma, que foi interrompida por gritos de “Olê, olá, Lula, Lula”, da plateia.

“Conviver durante todos esses anos com Lula me deu a exata dimensão do governante justo e do líder apaixonado por seu país e sua gente. A alegria que sinto hoje pela minha vitória se mistura com a emoção de sua despedida. Sei que um líder como Lula nunca estará longe de seu povo e de cada um de nós. Baterei muito à sua porta e tenho certeza e confiança que a encontrarei sempre aberta”, disse Dilma.

A tarefa de suceder ao presidente de maior popularidade da história foi classificado por Dilma como “difícil e desafiadora”, mas afirmou acreditar que é capaz de honrar esse legado e avançar a obra. “Aprendi com ele (Lula) que quando se governa pensando no interesse público e nos mais necessitados, imensa força brota do povo que leva o país para frente e nos leva a vencer os maiores desafios”, afirmou.

Segundo Dilma, passada a eleição, agora é a hora da união pelo país. “Junto comigo, foram eleitos novos governadores, senadores, deputados. Convido a todos, independentemente de cor partidária, para uma ação determinada, efetiva e enérgica em prol do futuro de nosso país, sempre com a convicção de que a nação brasileira será exatamente da grandeza daquilo que nós todos juntos fizermos por ela”, finalizou.

Por: Nicolau Soares, especial para a Rede Brasil Atual. Publicado em 31/10/2010, 23:20. Última atualização em 01/11/2010, 10:11

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Governo tem de ter a cara e a semelhança da Dilma, diz Lula

São Paulo – No primeiro pronunciamento após a vitória de Dilma Rousseff nas eleições de 31 de novembro, o presidente Lula garantiu que até o fim de seu mandato trabalhará por uma transição tranquila e que o próximo governo herdará o o país em condições muito melhores do que recebeu em 2003.

“Primeiro, o governo da Dilma tem que ser a cara e a semelhança da Dilma. É ela e somente ela que pode dizer quem ela quer e quem não quer. Somente a Dilma e os partidos aliados é que vão construir a coalizão”, disse Lula, ao responder aos jornalistas sobre a expectativa de sua influência na equipe do novo ministério.

Lula comparou o país de hoje a um carro, para ilustras em que condições Dilma Rousseff receberá a tarefa de administrar o país. “O carro não está na garagem, está com pneus calibrados, motor regulado e andando a 120 km/h. A Dilma pode acelerar até os 160, só tomando cuidado de dirigir com responsabilidade para não errar na curva.”

Lula destacou ainda que Dilma sabe que não existe mágica em economia e o comportamento democrático do povo brasileiro, que na sua avaliação participou ativamente dos dois turnos das recentes eleições.

Aproveitou ainda para fazer um chamado à oposição, para que atue de forma responsável durante a gestão da nova presidente. “Queria pedir a oposição que, a partir do dia 1º de janeiro, que eles olhassem um pouco mais para o Brasil. Tem que saber diferenciar o que é o interesse nacional e o que é briga política partidária””

E lembrou que divergências políticas foram as responsáveis pelo fim da CPMF no Congresso. “Essas pessoas tiraram 40 bilhões de anuais da saúde”, disse..
Pós-mandato

Lula também disse que irá dar uma lição de como se comporta um ex-presidente, após entregar o cargo, dia 1º de janeiro. “Eu sempre disse: “rei morto, rei posto”. Ex-presidente não indica e não veta. Poderá dar algum conselho se for pedido, mas só para ajudar. Para atrapalhar, nunca.”

Novamente questionado sobre sua participação no novo governo, se pretende recomendar a permanência de alguns ministros atuais, Lula respondeu dando um exemplo tirado do futebol. “Nem o Mano Menezes, quando foi para a Seleção, pediu para o novo técnico do Corinthians manter o time dele. A continuidade é da política, e não nas pessoas.”

O presidente também lembrou do futebol para explicar a Dilma como se comportará a partir de 2011. “Monta o seu time, que eu estarei na arquibancada, de camisa unifromizada, sem corneta, batendo palma e nunca vaiando.”

A presidente eleita seguirá em viagem com Lula, para a reunião do G-20, em Seul, na Coreia do Sul, na próxima semana.

Por: Ricardo Negrão, Rede Brasil Atual. Publicado em 03/11/2010, 11:15. Última atualização às 11:44

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