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Por 20:06 HSBC

PLR paga pelo banco HSBC gera desconforto entre os trabalhadores bancários

Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região exige explicações sobre PLR e PPR

Diante das inúmeras reclamações de bancários e do quadro generalizado de insatisfação entre os trabalhadores do HSBC com o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e do Programa Próprio de Remuneração (PPR), o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região já procurou a direção do banco. Ficou agendada para a próxima terça-feira, 01 de março, uma reunião em Curitiba.

Para que os trabalhadores do HSBC compreendam a ação do Sindicato, o presidente da entidade e representante do Paraná no Comando Nacional, Otávio Dias, e o secretário-geral e coordenador nacional da Comissão de Empregados do HSBC, Carlos Alberto Kanak, escreveram um texto sobre o que vem acontecendo.

Leia o texto na íntegra:

Bancários,

A questão da PPR/PLR no HSBC deve ser analisada hoje sob diversos aspectos. Devemos refletir e discutir juntos a continuidade deste programa no banco. E quando digo “juntos”, me refiro aos trabalhadores bancários e bancárias, movimento sindical e patrão. Vejamos:

Pelo terceiro ano consecutivo, o HSBC, ao pagar a PPR/PLR, deixa o funcionalismo com uma sensação de ter sido enganado, insatisfeitos. O final do mês de fevereiro tem se tornado um tormento para os trabalhadores, cria-se uma expectativa positiva e, no final, os bancários ficam com um sentimento de derrota, como se todo seu esforço tivesse sido em vão mais uma vez. Basta ver no blog do CEO as diversas tentativas da direção do banco em mostrar aos seus “colaboradores” que o pagamento foi justo, que o banco segue a legislação, que cumpre a Convenção Coletiva de Trabalho assinada com a Fenaban.

O grande nó da questão da remuneração variável no HSBC sempre foi a compensação da PLR no PPR e a utilização de instrumentos que pessoalizam o pagamento, como é o caso da CDP. O banco apropriou-se da PLR – esta sim a verdadeira conquista dos trabalhadores– para criar a ilusão de que os bancários teriam um programa próprio de remuneração, melhor que a PLR. O resultado está jogando colegas de trabalho que trabalham na linha de frente (vendas) contra os de retaguarda, ou seja os da PSV contra os da PPR.

A direção, através dos seus gestores, sempre utilizou práticas abusivas para atingir as metas, expondo os bancários a constrangimento e levando-os ao adoecimento. Isto tem gerado um ataque contra aqueles que encontram alguma dificuldade mercadológica ou de saúde para atingir as metas. Os bancários adoecidos se afastam e quando voltam não servem mais e são descartados. A direção do HSBC precisa entender que as pessoas não são iguais, que o ser humano tem diferentes reações quando submetidos a pressão, não podem ser simplesmente jogados para escanteio. Até quando e como os bancários e bancárias no HSBC suportarão esta injustiça na distribuição dos resultados?

Já há algum tempo tomamos a decisão de nos retirarmos da Comissão do PPR (em 2009, ainda participamos como convidados). Sempre fizemos críticas com relação à distribuição injusta, da dificuldade de entendimento geral das tabelas, da complexidade do programa, da unilateralidade do contrato. Como participar de uma coisa tão abstrata, visto que o banco primeiro paga e depois divulga o balanço? Além disso, o HSBC nunca aceita rever ou renegociar, alegando que a matriz não aceitaria uma renegociação. Estamos questionando a direção do banco porque a PPR B e C estão sendo pagas no dia 25 de fevereiro e a PPR A será paga durante o mês de março. Será que mais uma vez o banco vai privilegiar o alto escalão da empresa em detrimento daqueles que estão efetivamente na linha de frente, que se dedicam e trazem os resultados?

Não vamos desistir, assim como fizemos no caso do não desconto dos 15% da PPR 2010 antecipados no ano passado. Conquistamos que o banco revisse, falamos que estava errado. Vamos continuar na luta até que o HSBC ceda, aceite negociar e possamos juntos encontrar uma forma melhor. É necessária a publicação do balanço do banco e a divulgação dos resultados no Brasil para que possamos através da análise técnica do Dieese ter mais elementos para reabrirmos negociação.

Otávio Dias
Carlos Alberto Kanak

Por: Renata Ortega.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.bancariosdecuritiba.org.br.

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