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Condições de trabalho no banco Itaú Unibanco geram protestos

Programa próprio do Itaú Unibanco é tema de debate

DIRIGENTES SINDICAIS QUEREM TRANSPARÊNCIA NAS REGRAS DO AGIR

Nesta quinta-feira, 24 de março, dirigentes sindicais do Itaú Unibanco se reuniram para discutir sobre as reclamações dos bancários contra a falta de transparência nos cálculos do programa próprio denominado Agir (Ação Gerencial Itaú para Resultados).

O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região quer que o banco Itaú esclareça as regras do Agir, que foi apresentado aos trabalhadores como remuneração variável e tornou-se somente uma política de cobrança de metas inatingíveis. “Queremos discutir e melhorar o Agir, que atualmente é um programa próprio imposto pelo banco em que os bancários não podem confiar na regra, porque ela é modificada cada vez que a meta é atingida”, salienta José Altair Monteiro Sampaio, diretor da FETEC-CUT-PR.

O dirigente esclarece que os bancários devem considerar valores pagos pelo Agir durante o ano de 2010 somente o que for maior que o valor pago a todos os bancários a título de Participação nos Lucros (PLR), ou seja, o que foi recebido a mais que 2,2 salários. “Não faz sentido os bancários correrem para cumprir metas inalcançáveis impostas no Agir se, no final das contas, não recebem nada a mais do que estabelece o acordo de PLR”, denuncia Márcio Kieller, representante do Paraná na Comissão de Empregados (COE) do Itaú Unibanco.

Demissões – Os dirigentes sindicais abordaram, ainda, outra consequência do Agir, a demissão pelo não cumprimento da meta. “O Itaú está demitindo por baixa produtividade, principalmente gerentes oriundos do Unibanco, com a justificativa deles estarem prejudicando o desempenho de seus grupos”, informa Ana Fideli, dirigente do Sindicato. “E os caixas que não cumprem o Agir são ameaçados com transferência”, relata.

Os dirigentes do Sindicato vão fazer uma pesquisa com os bancários do Itaú Unibanco, tanto da área operacional quando de negócios, para apurar como funciona o Agir nessas áreas e quais os principais problemas desses trabalhadores com o programa próprio. A questão será encaminhada para o debate nacional.

A negociação da remuneração variável é parte da minuta de reivindicações dos bancários na campanha salarial. A Lei nº 10.101, que regulamenta o pagamento de PLR, permite que as instituições compensem valores pagos pelos programas próprios da Participação nos Lucros.

Por: Paula Padilha.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.bancariosdecuritiba.org.br

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ECONOMIA PORCA

Itaú ignora higiene e reduz número de faxineiros


Apesar do lucro recorde de R$ 13,3 bilhões em 2010, o Itaú Unibanco insiste em tomar medidas mesquinhas de economia para lucrar ainda mais. A mais recente foi o lançamento do programa “Agência Limpa” que, ao contrário do que sugere o nome, vai transformá-la em chiqueiros.

O programa consiste em manter um faxineiro responsável pela limpeza de pelo menos duas agências. Hoje, há no mínimo um em cada unidade. No caso de alguma emergência, este funcionário poderá ser chamado de volta ao local em que já havia realizado a limpeza diária, retornando, em seguida, à unidade em que se encontrava. A mudança imporá a estes empregados terceirizados um ritmo alucinante de trabalho. Mesmo assim serão incapazes de manter as agências em condições adequadas de higinene devido à grande movimentação de pessoas, situação que se agravará nos dias de chuva.

Pouco caso

O diretor da Secretaria de Bancos Privados do Sindicato, Carlos Maurício, condenou a mudança lembrando que a sobrecarga de trabalho fatalmente levará os terceirizados ao adoecimento. Para ele a redução do número de faxineiros é mais uma prova do pouco caso do Itaú Unibanco com estes funcionários e para com  bancários e clientes, já que será impossível manter as agências  limpas.

Disse esperar que o problema não acabe sobrando para os bancários, em caso de muita sujeira no piso do salão de atendimento, como lama, em dias de chuva, entre outras várias possibilidades. “A orientação do banco é que a área atingida seja isolada e convocado o funcionário da limpeza. Esperamos que não seja cometido assédio moral, com a tentativa de obrigar os bancários a realizar a limpeza, uma função que não é a sua”, afirmou. Para Maurício, o banco deveria se preocupar com o bem estar de bancários e clientes, investindo, não só, na limpeza e conservação das agências, como em novas contratações para melhorar a qualidade do atendimento.

Inscrições para auxílio-educação vão até 26 de abril

Vão até o dia 26 de abril as inscrições para o programa de auxílio-educação do Itaú Unibanco em 2011. São 4 mil bolsas, 3,5 mil para os funcionários do banco e 500 para os trabalhadores das demais empresas da holding. A bolsa tem valor de até 70% do valor da mensalidade, limitado ao máximo de R$ 320, e será paga em 11 parcelas a contar de fevereiro. Exige-se dos candidatos: pelo menos 1 de empresa; matrícula em curso de nível superior (primeira graduação);  não estar recebendo outra bolsa de estudo.

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Fim do pagamento linear de prêmio por desempenho gera revolta na UPS

Um clima de grande insatisfação e revolta tomou conta dos funcionários da Unidade de Processamento de Serviços do Itaú Unibanco (UPS – São Cristóvão, antigo CPSA) devido à implantação, este ano, do Programa de Auto Desempenho (PRAD), que consegue ser pior ainda que o Agir, ao qual substituiu. A mudança acabou com o pagamento de um valor igual para todos os funcionários da unidade, independentemente do cargo, a título de prêmio por produtividade.

Agora, para receber a verba (este ano, pouco mais de R$ 500), os operadores de serviço foram avaliados pelos chefes. A avaliação foi feita a partir de critérios subjetivos e excluiu do pagamento pelo menos 70% dos funcionários da UPS, criando um clima de extremo descontentamento e desarmonia no trabalho, colaborando para desmotivar e reduzir a produção da equipe. O novo método é discriminatório e uma espécie de punição aos funcionários que ajudaram o Itaú Unibanco a obter, em 2010, um lucro de R$ 13,3 bilhões, o maior já obtido por uma instituição financeira em toda a América Latina. Mais discriminatória ainda foi a decisão de pagar apenas aos chefes um prêmio por desempenho de R$ 3 mil este ano.

Banco se contradiz

As mudanças revelam a total contradição entre o discurso do Itaú Unibanco que postula “a integração das equipes” e a sua prática. A economia do PRAD, não compensa a desarmonia que ele gera. “O PRAD é um dos piores programas já feitos pelo Itaú Unibanco. É nocivo para a maioria dos funcionários e para o próprio banco”, afirmou o diretor da Federação do RJ/ES, Belmar Marchetti.

O diretor do Sindicato, Dorival Teles, entrou em contato com o setor de Relações Sindicais do banco, e cobrou explicações sobre o PRAD. “Condenamos esta discriminação. Como se pode realizar avaliações individuais dos funcionários, em tarefas que são feitas coletivamente? O banco se esconde por trás da propaganda milionária que tenta passar a imagem de que é um ótimo lugar para trabalhar”, afirma o dirigente.

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