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Movimentos de moradia comemoram Hereda no comando da CAIXA

São Paulo – Movimentos que lutam pela ampliação da oferta de moradia a populações pobres veem como positiva a mudança no comando da Caixa Econômica Federal (CEF). Nesta quinta-feira (24), a Rede Brasil Atual obteve a confirmação de que Maria Fernanda Ramos Coelho deixaria a presidência da instituição para dar lugar a Jorge Hereda, vice-presidente de Governo do banco.

Benedito Roberto Barbosa, da Central de Movimentos Populares (CMP) de São Paulo, lembra que o novo presidente sempre manteve um bom diálogo com os ativistas. “O Jorge (Hereda) sempre teve contato conosco, é até mais próximo da gente (do que Maria Fernanda)”, afirma.

Hereda é visto como um conhecedor das “raízes” do problema habitacional do Brasil, segundo Sidnei Antônio Pita, da União Nacional por Moradia Popular (UNMP). “Todos do movimento conhecem o Jorge Hereda, ele tem um outro perfil, um perfil mais próximo da gente”, reforça.

Para Pita, a chegada do novo presidente pode ajudar a resolver dificuldades sentidas pelo movimento. “A Maria Fernanda tinha o seu perfil, até veio visitar uns movimentos nossos, mas a gente precisa que o presidente (da Caixa) acelere (a liberação dos) recursos e diminua a burocracia”, reivindica.

Em alguns estados, como Bahia, Maranhão e São Paulo, os ativistas afirmam esbarrar em dificuldades da burocracia, atribuídos a funcionários que atrasam o processo. “A questão técnica atrapalha todo o processo que vem acontecendo desde 2009”, criticou, em alusão ao programa Minha Casa, Minha Vida, criado naquele ano.

Por Guilherme Amorim, Rede Brasil Atua. Publicado em 24/03/2011, 12:55. Última atualização às 13:51

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Bancários mostram preocupação com rumos da Caixa após troca de comando

São Paulo – A troca de comando da Caixa Econômica Federal (CEF) é vista com reservas por parte do movimento sindical bancário. A falta de informações sobre os objetivos do governo federal ao trocar o comando do banco público, tirando Maria Fernanda Ramos Coelho e colocando o vice-presidente de Governo da instituição, Jorge Hereda, levanta dúvidas sobre o que eles consideram ser riscos de uma aproximação com o mercado.

A informação, obtida pela Rede Brasil Atual, é de que Maria Fernanda encerraria o ciclo de quase cinco anos no cargo. Os motivos da mudança não foram divulgadas. Nos últimos dias, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, vinha sinalizando mudanças no banco, incluindo algumas diretorias e a presidência. Parte dos motivos relacionam-se à própria mudança no governo federal. A indefinição, aliada ao corte no Orçamento Geral da União anunciado em fevereiro, reduziram praticamente a zero a aprovação de empreendimentos do “Minha Casa, Minha Vida”.

“Vemos essa troca com preocupação, porque não fica claro para onde os bancos públicos vão. Se irá permanecer o caminho de fortalecer as políticas públicas para acabar com a desigualdade no páis ou se vai se aproximar dos bancos privados”, pondera Cordeiro. A Caixa é peça-chave do programa “Minha Casa, Minha Vida”, além de administrar recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), como o Seguro Desemprego por exemplo, e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

“Na crise de 2008, tanto a Caixa Econômica Federal quanto o Banco do Brasil tiveram um papel fundamental”, lembra Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Ele refere-se ao esforço de ampliação de crédito promovido pelas instituições por influência do governo federal, enquanto os bancos privados adotavam medidas de contenção de empréstimos.

Cordeiro lembra que Maria Fernanda foi mantida e teve papel destacado na expansão do crédito, enquanto a presidência do Banco do Brasil foi trocada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A saída de Antonio Francisco de Lima Neto para dar lugar a Aldemir Bendine, além de trocas em seis vice-presidências, garantiu a adesão da instituição a política anticíclica aplicada pela equipe econômica à época. A Caixa dobrou o volume de financiamentos imobiliários em 2009, e aumentou sua participação no mercado geral.

Na mudança definida a partir do pedido de demissão de Maria Fernanda, ocorreu sem qualquer consulta às entidades sindicais, segundo Cordeiro. Mas devem ser solicitadas audiências com membros do governo federal para discutir a questão. Ele teme ainda retrocessos na relação com a direção do banco do ponto de vista de negociações trabalhistas.

“Apesar de ainda haver problemas, no último período foi reestabelecido o diálogo, o que foi importante para a retomada de contratações e para garantir aumentos de salário e de participação nos lucros e resultados”, avalia. Para Cordeiro, o espaço para negociação permitiu, na prática, que a pressão exercida por paralisações em 2009 e 2010.

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Juvandia Moreira, vai além. “O sindicato espera que o novo presidente da Caixa valorize os empregados e resolva demandas que temos, como o cumprimento da jornada de seis horas sem redução de salário”, ressalta Juvandia.

Por Anselmo Massad, Rede Brasil Atual. Publicado em 24/03/2011, 12:45. Última atualização às 15:07

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Maria Fernanda deixa presidência da Caixa; Hereda assume

São Paulo – Maria Fernanda Ramos Coelho não é mais a presidenta da Caixa Econômica Federal (CEF). Ela será substituída por Jorge Hereda, que ocupava a vice-presidência de Governo da instituição. Ela foi convidada a ocupar uma diretoria do Banco Interamericano de Desenvolvimento Econômico (BID). Outras quatro vice-presidências também devem ter novos ocupantes.

Jorge Fontes Hereda é natural de Salvador. Formou-se em Arquitetura pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e fez mestrado em Arquitetura e Urbanismo na Universidade de São Paulo (USP). Foi secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano de Diadema-SP e secretário-executivo do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Também assumiu as secretarias de Desenvolvimento Sustentado do Município de Ribeirão Pires, na região do ABC, e a de Serviços e Obras da capital paulista. No governo federal, foi secretário de Habitação do Ministério das Cidades, entre 2003 a 2005.

A informação sobre a indicação de Maria Fernanda ao BID foi confirmada na tarde desta quinta-feira (24) pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Ela apresentou a carta de demissão na véspera ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, e deve transferir-se para Washington, nos Estados Unidos, sede da instituição.

O BID é uma das mais importantes fontes de financiamento a longo prazo para países da América Latina e do Caribe, em projetos voltados ao desenvolvimento econômico. O Brasil é um dos 48 países que figuram entre os acionistas do organismo.

Vice-presidências

Mantega informou, por meio de nota, o nome dos novos vice-presidentes da Caixa. Para a vaga ocupada por Hereda, assume José Urbano Duarte, funcionário de carreira da instituição. Na vice-presidência de Atendimento e Distribuição, sai Carlos Augusto Borges e entra José Henrique Marques da Cruz, também funcionário de carreira.

Para o cargo ligado a Controle e Risco, Raphael Rezende Neto substitui Marcos Roberto Vasconcellos. O próprio Vasconcellos transfere-se para a vice-presidência de Gestão de Ativos de Terceiros, no lugar de Bolívar Moura Neto.

Geddel Vieira Lima, ex- Ministro da Integração Nacional e candidato derrotado pelo PMDB na eleição ao governo da Bahia, assume a vice-presidência de Pessoa Jurídica no lugar de Carlos de Brito. Por fim, a parte de Tecnologia de Informação terá o funcionário de carreira Joaquim Lima de Oliveira na vaga de Clarice Coppetti.

Por Fábio Michel e Ricardo Negrão, da Rede Brasil Atual. Publicado em 24/03/2011, 10:15. Última atualização às 18:3

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