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Classe trabalhadora quer negociar com o governo federal

A Classe Trabalhadora irá pressionar o Congresso Nacional para que o Governo Federal ouça e atenda as reivindicações definidas na pauta unificada de luta por melhores condições de trabalho e renda. Este é o principal objetivo do Dia Nacional de Mobilização, que será realizado dia 6 de julho por trabalhadores, marcando o início das campanhas salariais das categorias que têm data-base no segundo semestre.

“O Governo não quer nos ouvir e muito menos atender as nossas pautas unificadas de luta por melhores condições de trabalho e renda. Isso não significa um rompimento, porque a CUT não está e nunca esteve no Governo. Nossa maneira de lutar é com a mobilização de trabalhadores na rua e não ficar correndo atrás de parlamentares nos seus gabinetes ou nos aeroportos”, destaca Vagner Freitas, secretário de Administração e Finanças da CUT Nacional, em entrevista concedida durante a 13ª Conferência Estadual dos Bancários, em Londrina.

Vagner salientou que as negociações em torno da política de valorização do salário mínimo e de recuperação das aposentadorias não estão caminhando e reforçou a necessidade da luta dos trabalhadores para sensibilizar as autoridades.

Fim do Fator Previdenciário

Vagner ressaltou que uma das bandeiras da CUT é acabar com o Fator Previdenciário, sistema de cálculo criado no Governo de Fernando Henrique Cardoso que tem gerado dificuldades e arrocho nas aposentadorias dos trabalhadores. O que significa ainda mais perda de renda para todos.

O dirigente da CUT Nacional aproveitou a presença do deputado federal André Vargas (PT-PR) na Conferência para mandar um recado ao presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que orientou os bancos a serem comedidos nas negociações com os bancários: “até por isso a Campanha Salarial deste ano será maior e com certeza ainda mais vitoriosa do que a do ano passado. O senhor Tombini não deve conhecer nada sobre a luta social dos trabalhadores. E nós vamos dar uma resposta à altura através da mobilização da classe trabalhadora”.

Reforma sindical

Segundo o dirigente sindical, ainda este ano a CUT irá realizar outras atividades. “Vamos realizar uma grande campanha para discutir a reforma sindical. Hoje esse sistema tem criado um grande número de sindicatos e dirigentes adeptos do “peleguismo”, a serviço dos patrões. E lutaremos também pela instituição da Convenção 158 OIT (Organização Internacional do Trabalho) no Brasil”, ressaltou Vagner Freitas.

A Convenção 158 veta a dispensa imotivada de trabalhadores.  Em síntese, a Convenção proíbe a demissão de um trabalhador, “a menos que exista para isso uma causa justificada, relacionada com sua capacidade ou seu comportamento, ou baseada nas necessidades de funcionamento da empresa, estabelecimento ou serviço” (Art. 4º). Mesmo assim, a relação de emprego não deverá ser finalizada antes que tenha sido dada ao trabalhador a possibilidade de se defender das acusações formuladas contra ele.

Investimento em educação

“A estratégia principal da CUT é cobrar do Governo mais investimentos para a educação. Precisamos investir no conhecimento e na formação do pensamento humano. Sem isso não haverá desenvolvimento econômico e social”, destacou o secretário de Administração e Finanças da CUT.

Caminhada em Londrina

A mobilização Nacional organizada pela CUT Regional Norte Central, no dia 6 de julho, será realizada em Londrina.  Manifestantes sairão em “Caminhada”, partindo da Concha Acústica, às 9 horas, em direção ao Calçadão para finalizar com um Ato Público na esquina com a Rua Prefeito Hugo Cabral (antigo Coreto).

Principais reivindicações do Dia Nacional de Mobilização

– Mais e melhores empregos e salários redução da jornada de trabalho sem redução dos salários

– Fim do fator previdenciário

– Combate à precarização do trabalho e à terceirização

– Reforma agrária e políticas agrícolas

– Pela aprovação do Plano Nacional de Educação, entre outros assuntos

Texto: Samuka Martins

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.vidabancaria.com.br

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