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Menor ritmo de expansão do PIB está de acordo com estratégia do governo

Brasília – A redução na velocidade do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre está em linha com a estratégia do governo de desaquecer a economia, avalia o professor da Universidade de Brasília (UnB) Newton Ferreira Marques.

No segundo trimestre, na comparação com o primeiro, o PIB (soma de todas as riquezas produzidas no país) cresceu 0,8%,  levando-se em consideração a série com ajuste sazonal (feito para que os números possam ser comparados) . No primeiro trimestre, houve expansão de 1,2% ante os três últimos meses de dezembro de 2010.

“Isso mostra uma desaceleração. Se a gente pudesse projetar em quatro trimestres, de forma linear, daria 3,2% no ano. Como é taxa sobre taxa, vai dar mais de 4%,5%. Então, está mais ou menos batendo [com as expectativas]”, disse o professor do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da UnB.

Ele lembrou que as projeções se tornam difíceis porque em cada trimestre as situações são peculiares. O último, por exemplo, tradicionalmente apresenta um certo aquecimento da economia, inclusive pelo aumento do consumo, como as compras de final de ano.

“Mas o que se esperava era um baixo crescimento mesmo. Está havendo uma desaceleração. Está em linha com o que o governo está se propondo. Tanto é que o Banco Central, com as informações que tem, mostrou que a economia não está superaquecida como estava há pouco tempo”. Esta semana, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu reduzir a taxa básica de juros (Selic) de 12,5% para 12% ao ano.

Os números do PIB foram divulgados hoje (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o segundo trimestre de 2010, o PIB cresceu 3,1% e, em 12 meses, 4,7%.

Por Daniel Lima – Repórter da Agência Brasil. Edição: Juliana Andrade // Matéria alterada para esclarecer informação

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Mantega diz que resultado do PIB é resposta às ações do governo

São Paulo – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que a desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2011 (0,8%), com relação ao primeiro trimestre do ano (1,2%), é uma resposta às ações do governo que, desde o ano passado, vem tomando medidas para conter a economia. “É natural que essa desaceleração contribua para o controle da inflação, significa um nível de atividade mais baixo”.

Segundo Mantega, a expansão do PIB no terceiro trimestre deverá ficar próximo ao patamar do segundo e, no quarto trimestre, deverá acelerar, o que é natural para o período – em que o trabalhador recebe o décimo terceiro salário e aumentam o consumo e os estoques. Ele estimou que o crescimento do PIB em 2011 deverá ser 4% pelo desempenho da economia brasileira e a influência do cenário mundial. A estimativa anterior era 4,5%.

Por Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil. Edição: Graça Adjuto e Juliana Andrade.

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PIB cresce 0,8% em relação ao primeiro trimestre e chega a R$ 1,02 trilhão

Em relação ao primeiro trimestre de 2011, o PIB (Produto Interno Bruto) a preços de mercado do segundo trimestre cresceu 0,8%, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. O destaque foi para serviços (crescimento de 0,8% no volume do valor adicionado), seguidos da indústria (0,2%). Agropecuária teve variação negativa (-0,1%).

Na comparação com o segundo trimestre de 2010, o PIB cresceu 3,1% e, dentre as atividades econômicas, destacou-se o aumento dos serviços (3,4%), seguidos pela indústria (1,7%). Agropecuária registrou variação nula (0,0%).

No acumulado nos quatro trimestres terminados no segundo trimestre de 2011 (12 meses), o crescimento foi de 4,7% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. No primeiro semestre o PIB apresentou uma expansão de 3,6%. O PIB em valores correntes alcançou R$ 1,02 trilhão no segundo trimestre.

Em relação ao 1º tri de 2011, serviços puxam o crescimento

Na comparação com o 1º trimestre de 2011, o crescimento de serviços foi de 0,8%. As maiores elevações no setor foram em serviços de informação (1,9%), intermediação financeira e seguros (1,6%) e comércio (1,1%). O índice de volume dos outros serviços cresceu 1,0%, seguido por administração, saúde e educação públicas (0,6%), transporte, armazenagem e correio (0,1%) e atividades imobiliárias e aluguel (0,1%).

Na Indústria (0,2%), a expansão de 2,2% apresentada pela indústria extrativa foi contrabalançada pelo comportamento da indústria de transformação, que registrou variação nula neste trimestre. Os índices de volume do Valor Adicionado da atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana e da construção civil, por sua vez, registraram crescimento de 1,5% e 0,5%, respectivamente.

Em relação aos componentes da demanda interna, a formação bruta de capital fixo (FBCF ou investimento planejado) registrou expansão de 1,7% no segundo trimestre de 2011. Após apresentar crescimento de 0,7% no primeiro trimestre, a despesa de consumo das famílias voltou a acelerar e cresceu 1,0%. Já a despesa de consumo da administração pública teve aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior.

Pelo lado do setor externo, tanto as Exportações de Bens e Serviços como as Importações de Bens e Serviços apresentaram expansão, de 2,3% e 6,1%, respectivamente, após registrarem queda no trimestre anterior.

Em relação ao mesmo trimestre de 2010, serviços também são destaque

O PIB cresceu 3,1% no segundo trimestre de 2011 em relação a igual período de 2010, sendo que o valor adicionado a preços básicos aumentou 2,7%, e os impostos sobre produtos líquidos de subsídios cresceram 6,0%.

O valor adicionado de serviços cresceu 3,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior. À exceção dos serviços de informação, que cresceram 5,5%, todas as demais atividades que o compõem apresentaram, neste 2º trimestre de 2011, taxas de crescimento mais baixas quando comparadas às do 1º trimestre. Além dos serviços de informação, destaque para a expansão registrada pelo comércio (4,9%), pela intermediação financeira e seguros (4,5%), e pelo transporte, armazenagem e correio (3,5%). Também foi registrado crescimento para outros serviços (3,4%), Administração, saúde e educação pública (2,5%) e Serviços imobiliários e aluguel (1,4%).

Na Indústria (1,7%), todas as atividades industriais apresentaram desaceleração do crescimento. As maiores expansões se deram na eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (3,4%) e na extrativa mineral (2,7%). A construção civil, por sua vez, após ter crescido 5,2% no trimestre anterior, teve expansão de 2,1% no 2º trimestre de 2011. Houve um aumento de 1,2% no volume do valor adicionado da Indústria de transformação, resultado influenciado, principalmente, pelo aumento da produção de instrumentos médico-hospitalares, produtos farmacêuticos e outros equipamentos de transportes. Entre as maiores quedas, destaque para aquelas observadas na produção de bebidas, têxteis e calçados e artigos de couro.

A agropecuária registrou variação nula, após ter se expandido em 3,1% no trimestre anterior. Apesar da agricultura ter contribuído de forma positiva para o desempenho do setor, as estimativas para a pecuária e a silvicultura e exploração florestal apontaram para um fraco comportamento dessas atividades no trimestre.

Pelo lado da demanda interna, o destaque em relação ao segundo trimestre de 2010 foi a formação bruta de capital fixo, que cresceu 5,9%, embora tenha desacelerado em relação ao trimestre anterior (8,8%). Dentre os fatores que contribuem para explicar esse desempenho, destaca-se o efeito positivo gerado pela expansão da importação de máquinas e equipamentos.

Nesse mesmo confronto, a despesa de consumo das famílias cresceu 5,5%, a trigésima primeira variação positiva consecutiva. Dentre os fatores que contribuíram para esse resultado, estão os aumentos da massa salarial real e do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas. A despesa de consumo da administração pública, por sua vez, cresceu 2,5% em relação ao primeiro trimestre de 2010.

Pelo lado da demanda externa, tanto as exportações (6,0%) quanto as importações de bens e serviços (14,6%) apresentaram crescimento. A valorização cambial ajuda a explicar o maior crescimento relativo das importações. Os produtos da pauta de importação que mais contribuíram para esse resultado foram máquinas e equipamentos; indústria automotiva; minerais não metálicos; produtos químicos; e têxteis e vestuário.

Em 12 meses PIB cresce 4,7%

O PIB a preços de mercado acumulado nos quatro trimestres terminados no segundo trimestre de 2011 cresceu 4,7% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores, resultado da elevação de 4,1% do valor adicionado a preços básicos e do aumento de 8,7% nos impostos sobre produtos. Dentre as atividades econômicas, a indústria cresceu 4,4%, a agropecuária, 2,6% e os serviços, 4,2%.

PIB cresce 3,6% no primeiro semestre

O PIB a preços de mercado no 1º semestre de 2011 apresentou crescimento de 3,6%, em relação a igual período de 2010. Nesta base de comparação, o volume do valor adicionado dos Serviços cresceu 3,7%, seguido pela Indústria (2,6%) e pela Agropecuária (1,4%).

No trimestre taxa de investimento alcança 17,8% do PIB

A taxa de investimento no segundo trimestre de 2011 foi de 17,8% do PIB, inferior à taxa referente a igual período do ano anterior (18,2%). A taxa de poupança alcançou 18,1% no segundo trimestre de 2011, ante 17,8% no mesmo trimestre de 2010.

No resultado do segundo trimestre de 2011, a necessidade de financiamento alcançou R$ 20,5 bilhões contra R$ 24,6 bilhões no mesmo período do ano anterior. A Renda Nacional Bruta atingiu R$ 1.004,2 bilhões contra R$ 886,9 bilhões em igual período do ano anterior; e, nessa mesma comparação, a Poupança Bruta atingiu R$ 185,4 bilhões, contra R$ 161,6 bilhões em 2010.

Comunicação Social
02 de setembro de 2011

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.ibge.gov.br

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