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Deputada Luciana ressalta preferência popular pelo Partido dos Trabalhadores

Pesquisa Vox Populiaponta que 28% do eleitorado brasileiro prefere o PT

Assessoria de Imprensa Luciana Rafagnin
A deputada estadual Luciana Rafagnin, líder da bancada petista na Assembleia Legislativa do Paraná, fez pronunciamento na sessão desta segunda-feira (4) para ressaltar a preferência popular pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Ela citou números de uma pesquisa feita recentemente pelo Instituto Vox Populi sobre a relação das pessoas com os partidos políticos, que apontou que 28% do eleitorado brasileiro tem preferência pelo PT e que os dois partidos seguintes, PMDB e PSDB, atingem apenas 6% e 5% respectivamente. O deputado Enio Verri, em seu aparte, destacou que do total de pessoas entrevistadas pelo Vox Populi, 50% não têm partido, 30% gostam do PT e as 20% restantes se dividem entre todas as outras legendas, e atribui essa preferênciaao reconhecimento de que a vida delas melhorou sob o governo petista.
Luciana conclui que “o PT está sendo bem visto e bem entendido pelo povo brasileiro”. “Valeu a pena toda aquela história de luta iniciada lá nos anos 80, no ABC Paulista, e as inúmeras dificuldades que passamos para apresentar nossa proposta de mudança”, disse Luciana. A líder do PT na ALEP resgatou, ainda, os mandatos parlamentares e no Executivo do Partido que foram gradativamente mostrando à sociedade o “modo petista de legislar e de governar”. “Estamos há nove anos e meio governando o País e colocando em prática bandeiras históricas de luta em defesa de um Brasil com mais igualdade social”, disse Luciana. Ela lembrou os 40 milhões de brasileiros que ascenderam das classes D e E para a C – a chamada classe média – e as oportunidades em educação geradas a partir da criação de 14 novas universidades federais, novas regras de financiamento educacional, a criação de 214 escolas técnicas e as mais de um milhão de bolsas do Prouni – Programa Universidade Para Todos –, que possibilitam que estudantes possam fazer a graduação em uma universidade particular, mediante incentivos do governo federal.
Críticas
A deputada Luciana explicou que há ainda reações entre os setores mais conservadores da sociedade brasileira ,que não concordam com o modo petista de governar. “O PT pisa no calo de algumas pessoas , de pequenos grupos, que eram acostumados  a ser beneficiados com a concentração derenda e de poder político”, disse.
A inovação do programa de habitação rural para os agricultores familiares e o retorno dos brasileiros que durante muitos anos foram morar em outros países, em busca de oportunidades, são alguns dos exemplos de que a política dos governos Lula e Dilma deu certo. “O nosso povo resgatou o orgulho de ser brasileiro, porque hoje temos um governo em que a prioridade é a pessoa, o ser humano, a inclusão social. Antes, s dizia que o bolo da economia tinha de crescer para depois dividir e ele nunca crescia. Está provado, nesses nove anos e meio de governo petista que é possível fazer com que o povo cresça junto com o país e que as pessoas possam realmente participar desse processo de desenvolvimento”, finalizou.
NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO http://www.pt-pr.org.br
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Marcos Coimbra

30.05.2012 08:23

A força da imagem do PT

Ao contrário do que se costuma pensar, o sistema partidário brasileiro tem um enraizamento social expressivo. Ao considerar nossas instituições políticas, pode-se até dizer que ele é muito significativo.

Em um país com democracia intermitente, baixo acesso à educação e onde a participação eleitoral é obrigatória, a proporção de cidadãos que se identificam com algum partido chega a ser surpreendente.

Se há, portanto, uma coisa que chama a atenção no Brasil não é a ausência, mas a presença de vínculos partidários no eleitorado. Conforme mostram as pesquisas, metade dos eleitores tem algum vínculo.

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Seria possível imaginar que essa taxa é consequência de termos um amplo e variado multipartidarismo, com 29 legendas registradas. Com um cardápio tão vasto, qualquer um poderia encontrar ao menos um partido com o qual concordar. Mas não é o que acontece. Pois, se o sistema partidário é disperso, as identificações são concentradas. Na verdade, fortemente concentradas.

O Vox Populi fez recentemente uma pesquisa de âmbito nacional sobre o tema. Deu o esperado: 48% dos entrevistados disseram simpatizar com algum partido. Mas 80% desses se restringiram a apenas três: PT (com 28% das respostas), PMDB (com 6%) e PSDB (com 5%). Olhado desse modo, o sistema é, portanto, bem menos heterogêneo, pois os restantes 26 partidos dividem os 20% que sobram. Temos a rigor apenas três partidos de expressão.

Entre os três, um padrão semelhante. Sozinho, o PT representa quase 60% das identidades partidárias, o que faz que todos os demais, incluindo os grandes, se apequenem perante ele. Em resumo, 50% dos eleitores brasileiros não têm partido, 30% são petistas e 20% simpatizam com algum outro – e a metade desses é peemedebista ou tucana. Do primeiro para o segundo, a relação é de quase cinco vezes.

A proeminência do PT é ainda mais acentuada quando se pede ao entrevistado que diga se “simpatiza”, “antipatiza” ou se não tem um ou outro sentimento em relação ao partido. Entre “muita” e “alguma simpatia”, temos 51%. Outros 37% se dizem indiferentes. Ficam 11%, que antipatizam “alguma” coisa ou “muito” com ele.

Essa simpatia está presente mesmo entre os que se identificam com os demais partidos. É simpática ao PT a metade dos que se sentem próximos do PMDB, um terço dos que gostam do PSDB e metade dos que simpatizam com os outros.

Se o partido é visto com bons olhos por proporções tão amplas, não espanta que seja avaliado positivamente pela maioria em diversos quesitos: 74% do total de entrevistados o consideram um partido “moderno” (ante 14% que o acham “ultrapassado”); 70% entendem que “tem compromisso com os pobres” (ante 14% que dizem que não); 66% afirmam que “busca atender ao interesse da maioria da população” (ante 15% que não acreditam nisso).

Até em uma dimensão particularmente complicada seu desempenho é positivo: 56% dos entrevistados acham que “cumpre o que promete” (enquanto 23% dizem que não). Níveis de confiança como esses não são comuns em nosso sistema político.

Ao comparar os resultados dessa pesquisa com outras, percebe-se que a imagem do PT apresenta uma leve tendência de melhora nos últimos anos. No mínimo, de estabilidade. Entre 2008 e 2012, por exemplo, a proporção dos que dizem que o partido tem atuação “positiva na política brasileira” foi de 57% a 66%.

A avaliação de sua contribuição para o crescimento do País também se mantém elevada: em 2008, 63% dos entrevistados estavam de acordo com a frase “O PT ajuda o Brasil a crescer”, proporção que foi a 72% neste ano.

O sucesso de Lula e o bom começo de Dilma Rousseff são uma parte importante da explicação para esses números. Mas não seria correto interpretá-los como fruto exclusivo da atuação de ambos.

Nas suas três décadas de existência, o PT desenvolveu algo que inexistia em nossa cultura política e se diferenciou dos demais partidos da atualidade: formou laços sólidos com uma ampla parcela do eleitorado. O petismo tornou-se um fenômeno de massa.

Há, é certo, quem não goste dele – os 11% que antipatizam, entre os quais os 5% que desgostam muito. Mas não mudam o quadro.

Ao se considerar tudo que aconteceu ao partido e ao se levar em conta o tratamento sistematicamente negativo que recebe da chamada “grande imprensa” – demonstrado em pesquisas acadêmicas realizadas por instituições respeitadas – é um saldo muito bom.

É com essa imagem e a forte aprovação de suas principais lideranças que o PT se prepara para enfrentar os difíceis dias em que o coro da indústria de comunicação usará o julgamento do mensalão para desgastá-lo.

Conseguirá?

Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi. Também é colunista do Correio Braziliense.

ARTIGO COLHIDO NO SÍTIO http://www.cartacapital.com.br/politica/a-forca-da-imagem-do-pt/?autor=39

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