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O impacto da redução da taxa Selic nos fundos de pensão

FUNCEF realiza workshop com jornalistas para debater desafios no novo cenário de juros menores

 
Caser: redução da Selic marca fim de situação de conforto

A FUNCEF reuniu, nesta terça-feira (4/9), jornalistas dos principais veículos de comunicação do país para debater como a redução da taxa básica de juros pode impactar nos planos de previdência complementar e nos investimentos dos fundos de pensão. O workshop foi conduzido pelo presidente da Fundação, Carlos Caser, pelo diretor de Investimentos, Maurício Marcellini e pelo secretário-geral, Geraldo Aparecido.

Para o presidente Caser, a redução da taxa Selic, em nível mais condizente a patamares internacionais, é um avanço para o país, pois reduz o chamado “custo Brasil” e ajuda as empresas a crescer, mas pontua que toda quebra de paradigma traz tanto oportunidades como riscos.

“Para os investidores institucionais, como é o caso dos fundos de pensão, a redução dos juros marca o fim de uma situação de relativo conforto e impõe a reavaliação das estratégias de alocação. A FUNCEF começou a fazer esse dever de casa, lá atrás, em 2003”, explicou Caser.

Entre as estratégias, a Fundação decidiu alongar o prazo das aplicações, diminuir o peso dos títulos públicos e aumentar o dos títulos privados, além de diversificar os investimentos para conquistar uma rentabilidade mais aderente à meta atuarial (5,5% a.a + INPC).

Revisão da meta atuarial

Para a previdência privada, a taxa Selic é uma das referências utilizadas para calcular a taxa de juros atuarial, que reflete o retorno real estimado dos investimentos (meta atuarial) ao ano e também é utilizada nos planos de benefício definido (BD), como taxa de desconto para trazer o valor dos pagamentos futuros a valor presente.

Diante da atual conjuntura de queda da taxa básica de juros no Brasil, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), estuda reduzir o teto da taxa de juros atuariais do segmento dos fundos de pensão, que hoje está em 6%.  Atualmente, a FUNCEF trabalha com uma projeção de retorno real de 5,5% ao ano.

“Os fundos de pensão que tiveram fôlego para reduzir suas metas já o fizeram. A FUNCEF reduziu a sua em 2008 (de 6% para 5,5% a.a). Graças às estratégias de diversificação dos investimentos da Fundação, temos agora tranquilidade para analisar a revisão da meta atuarial e, caso seja necessário, realizá-la de maneira gradativa,”, pontua Caser.

Para o diretor de Investimentos, Maurício Marcellini, a discussão sobre a redução da meta atuarial deve envolver a Patrocinadora e os participantes e deve considerar o nível de risco que se quer adotar nos investimentos. A meta atuarial se dá pela soma da taxa de juros atuarial e a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor).

A taxa de juros e os planos de benefícios

Para os fundos de pensão, reduzir a taxa de juros atuarial significa que a rentabilidade projetada pelas entidades para calcular seus ativos futuros seria menor. Segundo o secretário-geral da FUNCEF, Geraldo Aparecido, a alteração, no entanto, impacta de maneiras distintas os planos de benefícios, dependendo da sua modalidade.

 “Como os planos BD não podem ter o valor do benefício alterado, já que é preestabelecido em contrato, uma redução da taxa de juros atuarial aumentaria o passivo do plano (valor presente das obrigações futuras), diminuindo o resultado do plano de benefícios (pode causar déficit). Neste caso, seria necessário aumentar o valor das contribuições para financiar o plano de benefícios”, esclarece o secretário-geral da FUNCEF, Geraldo Aparecido.

Na FUNCEF, o REG/REPLAN é o único plano que se enquadra na modalidade BD. Os demais, o Novo Plano e o REB, são considerados mistos, ou seja, são Contribuição Definida (CD) na fase contributiva e BD na fase de recebimento do benefício.

De acordo com o secretário, no caso do Novo Plano e do REB, como o saldo de conta se ajusta automaticamente à taxa de juros atuarial não há valores futuros a serem trazidos ao presente. “Portanto, com uma redução da taxa de juros atuarial, o saldo de conta presente apenas garantirá um benefício de menor valor. Já na fase de pagamento de benefício o impacto é igual ao verificado nos planos BD”, frisa o secretário.

Comunicação Social da FUNCEF

Notícia colhida no sítio http://www.funcef.com.br

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CDN da Fenae reafirma defesa da incorporação do REB sem extinção do Fundo para Revisão de Benefícios na Funcef

Continuidade da luta pela incorporação foi aprovada no 28º Conecef. Movimento dos empregados repudia condicionar sua realização à extinção do Fundo para Revisão de Benefícios, conforme exigência dos órgãos controladores

O Conselho Deliberativo Nacional (CDN) da Fenae reafirmou nesta quinta-feira, dia 13 de setembro, a defesa da incorporação do REB sem extinção do Fundo para Revisão de Benefícios constante do regulamento do Novo Plano, condição colocada pelos órgãos controladores para autorizar a medida. O processo já se arrasta desde 2006.

A incorporação do REB foi um das questões relacionadas à Funcef debatida no último dia de reunião do CDN, que aconteceu em Brasília, dias 12 e 13 de setembro. O diretor eleito de Benefícios, José Carlos Alonso, fez um relato sobre a demora em fazer a incorporação e a luta travada pelo movimento de empregados da Caixa Econômica Federal. Segundo ele, essa questão precisa ser sanada com urgência e a Funcef tem realizado pressão juntos aos órgãos controladores.

A diretora de Administração e Finanças da Fenae, Fabiana Matheus, lembrou que no último Conecef foi aprovada a continuidade da luta pela incorporação e que o movimento dos empregados repudia condicionar sua realização à extinção do Fundo para Revisão de Benefícios.

O contencioso jurídico também foi debatido durante o CDN. Continua a dificuldade em fazer a patrocinadora assumir sua responsabilidade nas ações judiciais contra a Funcef. Dos pedidos de aporte feito no período de 2007 a 2011, que correspondem a quase R$ 48 milhões, a Caixa só aportou R$ 5 milhões.

Pedidos para pagamento do CTVA, auxílio-alimentação e horas extras permanecem sendo os principais objetos das ações na Justiça. O contencioso tem também impacto administrativo. Em 2011, a Funcef gastou em torno de R$ 16 milhões com despesas referentes à contratação de representantes, deslocamento de pessoal e honorários advocatícios, entre outros.

Campanha salarial
O CDN debateu também o andamento da campanha salarial 2012. O coordenador da CEE/Caixa e vice-presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, fez um relato sobre as negociações ocorridas durante o mês de agosto com a Fenaban e as discussões da pauta específica com a Caixa, mas que não houve avanços e os bancários decidiram em assembleias realizadas na quarta-feira (12) deflagrar greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira, dia 18 de setembro. Ele falou também sobre o dia de mobilização realizado em 3 de setembro com retardamento da abertura das agências. Jair destacou a importância dos empregados se mobilizarem em todo o país para fazer uma greve forte e unificada.

Os membros do CDN fizeram discussão ainda sobre temas da pauta específica da Caixa, como isonomia entre novos e antigos empregados, Saúde Caixa, Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon) e jornada de trabalho.

Fonte: Fenae Net
Notícia colhida no sítio http://www.fenae.org.br/portal/data/pages/3DFEE682392298D30139C546CB2E1086.htm
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CDN da Fenae debate proposta de revisão da norma que regulamenta a retirada de patrocínio dos fundos de pensão

Tema foi abordado pela presidente da Anapar, Cláudia Ricaldoni. Para ela, retirada do patrocinio é feita para que as patrocinadoras reduzam seus compromissos, desrespeitando os direitos dos participantes. Reunião prossegue nesta quinta

O primeiro dia de reunião do Conselho Deliberativo Nacional (CDN) da Fenae foi marcado pelo debate sobre a proposta de revisão da norma que regulamenta a retirada de patrocínio dos fundos de pensão, que está em tramitação no Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC). O tema foi abordado, na ocasião, pela presidente da Associação Nacional dos Participantes de Fundo de Pensão (Anapar), Claudia Ricaldoni, que enfatizou: “Estamos lutando para alterar a lógica dominante, ou seja, a retirada de patrocínio é feita para que as patrocinadoras reduzam seus compromissos, desrespeitem os direitos dos participantes”.

Durante sua explanação, Cláudia fez um histórico sobre a previdência complementar no Brasil. Segundo ela, as retiradas acontecem desde a década de 1980. A primeira norma a respeito é de 1988 – a Resolução CPC 06, que regulamentou a lei 6435/77. A retirada tem de ser autorizada pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). A lei 6435 foi revogada em 2001 pela Lei Complementar 109.

A Anapar participa do CNPC como representante dos participantes e assistidos. A entidade vem cobrando dos órgãos envolvidos a revisão da legislação em vigor. Segundo a presidenta da Anapar, é preciso editar uma nova norma, que proteja adequadamente os direitos dos participantes de fundos de pensão. Conforme ela, a forma como a Previc tem autorizado a retirada de patrocínio contraria os termos firmados nos contratos dos fundos de pensão.

Fonte: Fenae Net
Notícia colhida no sítio http://www.fenae.org.br/portal/data/pages/3DFEE682392298D30139C0384EEF45A8.htm
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