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Por 10:13 Sem categoria

Marchas de trabalhadores traz histórico de lutas

Era dezembro de 2004 quando a Marcha Nacional sobre Brasília pela Recuperação do Salário Mínimo e Correção da Tabela do Imposto de Renda tomou as ruas da capital federal por três dias.

 

Cerca de três mil trabalhadores fizeram uma grande caminhada, que terminou em frente ao Palácio do Planalto. Ao final do ato, os dirigente sindicais se reuniram com Lula, então presidente, que, por sua vez, anunciou a elevação do salário mínimo para R$ 300 e a correção em 10% da tabela do imposto de renda.

 

Em 2005, os trabalhadores voltaram a Brasília, na 2ª Marcha Nacional do Salário Mínimo. Aproximadamente 15 mil ficaram em vigília, enquanto os representantes das centrais se reuniam com os ministros do governo e exigiam mínimo de R$ 400.

 

Como resultado da mobilização, alterou-se o calendário político em torno do salário mínimo que passaria a ser discutido antes da peça orçamentária da União ser votada no Congresso Nacional.

 

Passou um ano e, mais uma vez, os trabalhadores retornaram a Brasília. Era a 3º Marcha Nacional do Salário Mínimo. A concentração começou no estádio Mané Garrinha e dali os 20 mil participantes foram até a Esplanada dos Ministérios, onde aconteceu um grande ato público.

 

As centrais pediam aumento de 20% e uma política de permanente valorização do salário mínimo, além da correção da tabela do imposto de renda. O reajuste alcançado foi de 8,57%, bem acima da taxa de inflação, com o valor passando para R$ 380 a partir de abril de 2007.

 

A 4ª Marcha da Classe Trabalhadora seguiu a tendência da anterior e aumentou a participação dos trabalhadores na pressão ao governo. Foram mais de 40 mil a Brasília defender as bandeiras da redução da jornada de trabalho, mais e melhores empregos e o fortalecimento da seguridade social e das políticas públicas. A pauta de reivindicações foi entregue ao Congresso Nacional e ao governo federal, durante audiência com o então presidente Lula.

 

Em 2008, na 5ª Marcha da Classe Trabalhadora, a Esplanada dos Ministérios foi tomada por 35 mil trabalhadores. A Marcha teve como lema “Desenvolvimento com Valorização do Trabalho”.

 

Trabalhadores do campo e da cidade, servidores públicos e da iniciativa privada, levantaram bandeiras, faixas e cartazes em defesa do emprego, da renda e de medidas para defender os trabalhadores dos impactos negativos da crise financeira internacional.

 

A sexta edição da marcha organizada pela CUT e demais centrais sindicais foi a maior de todas realizadas desde 2003, levando a Brasília mais de 50 mil trabalhadores.

 

Dentre as bandeiras de luta estavam: redução da jornada para 40 horas semanais sem redução de salário; ratificação das Convenções 151 e 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT); atualização dos índices de produtividade da terra; aprovação da PEC que destina para reforma agrária toda terra em que for flagrado trabalho escravo; aprovação da lei da política de valorização do salário mínimo; e contra a aprovação do PL sobre a regulamentação da terceirização e combate à precarização nas relações de trabalho.

 

Neste ano, quando completa 30 anos de luta, a CUT retoma as pautas aprovadas na Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, realizada no estádio do Pacaembu, em 2010. A agenda será entregue à presidenta Dilma Rousseff na quarta-feira, dia 6, quando a CUT voltará a Brasília com toda sua militância para pressionar pela mudança de cenário.

 

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