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Levantamento mostra mudança do perfil de endividamento das famílias em 2012

Número de famílias endividadas cai, mas tamanho da dívida aumenta

Capital paulista teve o maior volume de dívidas com R$ 3,6 bilhões

Do R7

O número de famílias endividadas caiu de 62% em 2011 para 59% em 2012, de acordo com a radiografia do Endividamento das Famílias Brasileiras, divulgada nesta segunda-feira (15) pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).

No entanto, em função do aumento do volume de empréstimos concedidos em 2012, o tamanho da dívida cresceu. O valor total da dívida das famílias passou de R$ 15,9 bilhões em 2011 para R$ 16,2 bilhões em 2012.

Como resultado, o valor médio real da dívida mensal das famílias (nível nacional) também obteve um aumento de 7,6% em 2012, e passou de R$ 1.812 para R$ 1.950.Os índices de calote das famílias e o de comprometimento de renda média mensal familiar se mantiveram praticamente estáveis entre 2011 e 2012.

No indicador “contas em atraso das famílias”, a oscilação foi de 23% em 2011 para 22% em 2012. E a taxa de renda comprometida com o pagamento de dívidas se manteve  em torno de 30%, porcentual considerado adequado.

São Paulo

A capital paulista, com a maior população nacional, detém também o maior volume de dívidas. Em 2012, na média mensal, o total de dívidas das famílias alcançou R$ 3,6 bilhões, um aumento de 15% em relação a 2011.

O crescimento foi expressivo em relação ao aumento de 2% registrado no período 2010/2011.

Apesar do expressivo volume (R$ 3,6 bilhões), Palmas, capital do Tocantins, foi a cidade que obteve a maior variação nacional, com um crescimento de 43% do total das dívidas das famílias, alcançando um total de dívidas de R$ 59 milhões.

Aliás, a soma dos totais das dívidas médias das cinco capitais com menor volume de dívidas (Porto Velho, Macapá, Rio Branco, Palmas e Boa Vista) foi de apenas R$ 333,5 milhões/mês, ou seja, 9% do valor registrado na capital paulista.

Ranking nacional (2012)

Número porcentual de famílias endividadas

5 Maiores

Curitiba – 88%
Florianópolis – 82%
Maceió – 77%
Palmas – 75%
Cuiabá – 75%

5 Menores

Salvador – 40%
Goiânia – 43%
Campo Grande – 46%
São Paulo – 50%
Manaus – 50%

Número absoluto de famílias endividadas

5 Maiores

São Paulo – 1.814.420
Rio de Janeiro – 1.253.914
Distrito Federal – 582.601
Curitiba – 518.603
Belo Horizonte – 477.465

5 Menores

Boa Vista – 38.250
Palmas – 40.958
Rio Branco – 59.696
Macapá – 66.146
Vitória – 69.331

Parcela mensal comprometida com a dívida

5 Maiores

Teresina – 40%
João Pessoa – 37%
Maceió – 37%
Aracaju – 37%
Natal – 36%

5 Menores

Porto Velho – 24%
Rio Branco – 26%
Belém – 27%
Belo Horizonte – 28%
Florianópolis – 28%

Valor médio de dívida por família (em reais)

5 Maiores

Florianópolis – R$ 2.505
Porto Alegre – R$ 2.504
Vitória – R$ 2.499
Belo Horizonte – R$ 2.476
Recife – R$ 2.174

5 Menores

Boa Vista – R$ 1.005
Porto Velho – R$ 1.051
Rio Branco – R$ 1.082
Macapá – R$ 1.276
Manaus – R$ 1.339

Famílias com dívidas em atraso (em %)

5 Maiores

Aracaju – 45%
Porto Alegre – 32%
Macapá – 30%
Salvador – 27%
São Luís – 27%

5 Menores

Palmas – 11%
Belém – 15%
Goiânia – 15%
Fortaleza – 15%
Distrito Federal – 16%

Notícia colhida no sítio http://noticias.r7.com/economia/noticias/numero-de-familias-endividadas-cai-mas-tamanho-da-divida-aumenta-20130715.html
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NOTA PARA A IMPRENSA – 25.6.2013

Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro
I – Operações de crédito do sistema financeiro

A expansão do crédito do sistema financeiro, em maio, foi mais acentuada que no mês anterior, mostrando desempenho condizente com a evolução gradual da atividade econômica. Tal movimento foi sustentado principalmente pelas contratações com recursos direcionados, favorecidas pelo dinamismo dos créditos imobiliário, rural e dos financiamentos do BNDES destinados à infraestrutura. O mercado de crédito segue apresentando condições favoráveis, determinadas por reduções das taxas de juros e dos spreads bancários e contenção da inadimplência.Nesse contexto, o saldo total de empréstimos e financiamentos, com recursos livres e direcionados, alcançou R$2.487 bilhões em maio, após elevações de 1,5% no mês e 16,1% em doze meses, passando a representar 54,7% do PIB, ante 54,3% em abril e 50,3% em maio de 2012. Os créditos a pessoas físicas somaram R$1.142 bilhões, crescendo 1,6% no mês e 16,4% em doze meses e os destinados a pessoas jurídicas, R$1.345 bilhões, expandindo-se 1,4% e 15,8% nos mesmos períodos.

As concessões de crédito efetuadas com recursos livres e direcionados, referentes aos valores desembolsados no mês, alcançaram R$314 bilhões em maio, com acréscimo de 5,4% no mês. Esse resultado refletiu, basicamente, o incremento de 9,3% nas contratações de pessoas jurídicas, que totalizaram R$164 bilhões, salientando-se as elevações registradas nas modalidades de capital de giro com prazo superior a 365 dias, adiantamentos sobre contratos de câmbio (ACC) e financiamentos para investimento com recursos do BNDES. No segmento de pessoas físicas, estimuladas pelo aumento das operações com cartão de crédito, as concessões cresceram 1,3% no mês, para R$150 bilhões.

O saldo das operações com recursos livres alcançou R$1.432 bilhões em maio (31,5% do PIB), com incrementos de 1,2% no mês e 10,4% em doze meses, correspondendo a 57,6% da carteira total do sistema financeiro, ante 60,5% em igual período de 2012. O resultado mensal traduziu as elevações respectivas de 1,3% e 1% nas carteiras de pessoas jurídicas, saldo de R$718 bilhões, e nas operações com pessoas físicas, que totalizaram R$714 bilhões. No segmento corporativo, destacaram-se os aumentos relativos às modalidades capital de giro e ACC e, nas carteiras de pessoas físicas, os acréscimos referentes a crédito pessoal e cartão de crédito à vista.

O crédito direcionado atingiu saldo de R$1.055 bilhões em maio (23,2% do PIB), ao crescer 2% no mês e 24,7% em doze meses. Os empréstimos a pessoas físicas elevaram-se 2,7% no mês, com saldo de R$428 bilhões, mantendo-se os destaques para os financiamentos imobiliário e rural, ambos com incrementos de 2,9%. Os créditos destinados a empresas somaram R$627 bilhões, após aumento de 1,6% no mês, decorrente, principalmente, dos crescimentos respectivos de 2,5%, 2% e 1,8% verificados nas modalidades crédito imobiliário, financiamentos para capital de giro e para investimentos com recursos do BNDES. No âmbito das pessoas jurídicas, as concessões do BNDES – que não consideram os desembolsos do BNDESPAR – avançaram 7% no mês, com volume de R$17,1 bilhões, acumulando R$65 bilhões de janeiro a maio, valor 71,1% superior ao registrado em igual período de 2012, com relevância para os financiamentos voltados para infraestrutura.

Os estoques das operações de crédito das instituições financeiras públicas, privadas nacionais e estrangeiras totalizaram, na ordem, R$1.229 bilhões, R$867 bilhões e R$391 bilhões em maio, com expansões mensais respectivas de 2,2%, 0,8% e 1,1%. Em decorrência, as participações relativas alcançaram, na ordem, 49,4%, 34,9% e 15,7% do total da carteira de empréstimos do sistema financeiro, comparativamente a 44,7%, 38,2% e 17,1% observadas em igual período do ano anterior.

Os empréstimos ao setor privado avançaram 1,6% no mês, situando-se em R$2.360 bilhões em maio. Em termos setoriais, as operações destinadas ao segmento outros serviços, beneficiadas principalmente pelo crédito ao setor de transporte aéreo, aumentaram 2,5% no mês, ao totalizar R$410 bilhões. Os créditos para a indústria, impulsionados pelos ramos de energia, celulose e papel e agroindústria, somaram R$476 bilhões, elevando-se 1,4% no mês. Os financiamentos imobiliários, envolvendo operações com pessoas físicas e jurídicas, mantiveram o forte ritmo dos meses anteriores, expandindo-se 2,9% no mês e 33,8% em doze meses, ao atingir saldo de R$336 bilhões, equivalente a 7,4% do PIB, ante 5,9% em maio de 2012. O crédito rural, favorecido pela demanda de custeio e investimento agrícolas, cresceu 1,2% no mês, para R$177 bilhões.

I.1 – Taxas de juros e inadimplência

A taxa média geral de juros das operações de crédito do sistema financeiro, incluindo as operações com recursos livres e direcionados, recuou 0,4 p.p. no mês e 3 p.p. nos últimos doze meses, situando-se em 18,1% em maio, menor patamar observado no ano. No âmbito dos recursos livres, o custo do crédito atingiu 25,8%, após reduções de 0,5 p.p. no mês e 2,7 p.p. nos períodos mencionados. Nas contratações com recursos direcionados, a taxa média alcançou 6,9%, com declínios de 0,1 p.p. no mês e 2,2 p.p. em relação a maio do ano anterior.

No segmento de pessoas físicas, a taxa média totalizou 24% em maio, registrando retrações de 0,3 p.p. no mês e 3,6 p.p. em doze meses. A variação mensal refletiu, principalmente, o comportamento das taxas vinculadas às modalidades com recursos livres, que diminuíram 0,2 p.p., a partir das reduções respectivas de 0,5 p.p., 0,2 p.p. e 0,1 p.p. em cheque especial, aquisição de veículos e crédito pessoal. A taxa média de juros das operações com recursos direcionados para as famílias registrou estabilidade no mês, situando-se em 6,7%.

Nas operações com pessoas jurídicas, a taxa média de juros, após manter o nível estável desde janeiro, recuou 0,5 p.p. em maio, para 13,5%, acumulando declínio de 2,7 p.p. em doze meses. Nas contratações com recursos livres, o custo do crédito para empresas declinou 0,7 p.p. no mês, ao atingir 18,5%, salientando-se as retrações nas modalidades capital de giro, desconto de duplicatas e conta garantida. Da mesma forma, a taxa relativa ao crédito direcionado diminuiu 0,2 p.p., para 7%, com ênfase para a queda de 0,3 p.p. na taxa referente aos financiamentos para investimento do BNDES.

O spread bancário das operações de crédito do sistema financeiro, com recursos livres e direcionados, acompanhou a trajetória das taxas ativas, recuando 0,4 p.p. no mês e 2,4 p.p. em doze meses, posicionando-se em 11,3 p.p. em maio, menor patamar da série iniciada em março de 2011. A variação mensal refletiu as quedas respectivas de 0,7 p.p. e 0,2 p.p. nos spreads relativos aos segmentos livre e direcionados, situados em 17,2 p.p. e 2,5 p.p., nessa ordem.

A inadimplência do sistema financeiro, que corresponde à participação das operações com atraso superior a noventa dias, manteve, pelo quarto mês consecutivo, a taxa estável em 3,6% do total de crédito, menor patamar desde janeiro de 2012, registrando diminuição de 0,3 p.p. em doze meses. Tanto nas operações com pessoas físicas quanto com pessoas jurídicas as taxas de inadimplência se mantiveram estáveis, ocorrendo, no entanto, nos últimos doze meses, recuo de 0,7 p.p. e elevação de 0,1 p.p., respectivamente.

II – Evolução dos agregados monetários

A média dos saldos diários da base monetária situou-se em R$207,9 bilhões em maio, após crescimentos de 0,9% no mês e 9,4% em doze meses. A variação mensal do agregado refletiu elevações de 2,4% nas reservas bancárias e de 0,5% no papel-moeda emitido.

Entre os fluxos mensais dos fatores condicionantes da emissão monetária, destacaram-se as operações do Tesouro Nacional, ao registrarem contração de R$17,3 bilhões, em contraste às operações com títulos públicos federais, que incluem a atuação do Banco Central no ajuste da liquidez do mercado monetário, com expansão de R$11,9 bilhões. O impacto de títulos públicos resultou de resgates líquidos de R$33,5 bilhões no mercado primário e vendas líquidas de R$21,6 bilhões, no mercado secundário.

O saldo médio diário dos meios de pagamento restritos (M1) alcançou R$290,6 bilhões em maio, assinalando aumentos de 0,1% no mês e 12,2% em doze meses. Nessas bases comparativas, o papel-moeda em poder do público cresceu, na ordem, 0,8% e 13,1%, enquanto os depósitos à vista recuaram 0,4%, mas expandiram-se 11,5%, respectivamente.

O saldo dos meios de pagamento no conceito M2, que corresponde ao saldo do M1 mais depósitos de poupança e títulos privados, avançou 1,4% em maio, para R$1,8 trilhão. Essa variação refletiu, sobretudo, os crescimentos de 1,2% no saldo dos títulos privados, que totalizou R$956,4 bilhões, e de 1,4% nos depósitos de poupança, saldo de R$526,6 bilhões, com captações líquidas respectivas, no período, de R$875 milhões e de R$5,6 bilhões.

O conceito M3, que compreende o M2, as quotas de fundos de renda fixa e os títulos públicos que lastreiam as operações compromissadas entre o público e o setor financeiro, expandiu-se 1,2% no mês, ao atingir R$3,7 trilhões em maio. O saldo das quotas de fundos de renda fixa cresceu 0,4% no período, somando R$1,7 trilhão, após captações líquidas de R$19,6 bilhões. O M4, conceito que compreende o M3 e os títulos públicos de detentores não financeiros, apresentou acréscimos de 0,4% no mês e 11% nos últimos doze meses, totalizando R$4,2 trilhões.

Estatísticas complementares às divulgadas nas Notas para Imprensa estão disponíveis no sistema de séries temporais do Banco Central do Brasil, no endereço http://www.bcb.gov.br/?sgs.

Notícia colhida no sítio http://www.bcb.gov.br/?ECOIMPOM
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