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Inadimplência tende a cair mais

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A inadimplência deve continuar a cair, de acordo com avaliação do chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel. Segundo dados do BC divulgados hoje (26), a inadimplência – considerados os atrasos acima de 90 dias – do crédito de todo o sistema financeiro caiu 0,2 ponto percentual para as empresas (2,1%) e 0,3 ponto percentual para as famílias (5%).

A inadimplência do crédito livre para pessoas físicas também caiu 0,3 ponto percentual, para 7,2%, o menor patamar desde agosto de 2011 (7,1%). No caso das empresas, houve redução de 0,2 ponto percentual para 3,5%. A inadimplência do crédito com recursos direcionados ficou em estável para as empresas em 0,6% e caiu 0,3 ponto percentual para as famílias (1,8%).

Para Maciel, a educação financeira e a maior seletividade dos bancos, com melhor análise de perfil dos clientes e das garantias, contribuem para a queda da inadimplência. Maciel citou também o crescimento do emprego e da renda, o que garante condições para que os consumidores e empresas honrem compromissos.

Segundo Maciel, os atrasos de 15 a 90 dias indicam a tendência de continuidade da queda da inadimplência. “Esses atrasos também têm recuado. Isso é um indicativo de que a inadimplência deve permanecer com a evolução favorável”, disse.

De maio para junho, esses atrasos caíram 0,3 ponto percentual, para 6,5%, o menor patamar da série histórica do BC, iniciada em março de 2012.

Edição: José Romildo

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Notícia colhida no sítio http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-07-26/inadimplencia-tende-cair-mais

Leia também:

Atualização: Taxas de juros sobem e inadimplência cai de maio para junho, segundo BC

Inadimplência do consumidor encerra semestre com alta de 5,6%

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NOTA PARA A IMPRENSA – 26.7.2013

Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro

I – Operações de crédito do sistema financeiro

O estoque total das operações de crédito do sistema financeiro, que inclui recursos livres e direcionados, atingiu R$2.531 bilhões em junho, com expansões de 1,8% no mês e 16,4% em doze meses. Nas mesmas bases de comparação, o resultado refletiu aumentos de 2,9% e 26,6% nas carteiras com recursos direcionados e de 0,9% e 9,7% nas operações com recursos livres. O saldo dos empréstimos a pessoas físicas totalizou R$1.157 bilhões, avançando 1,4% e 16,4% e o referente a pessoas jurídicas, R$1.374 bilhões, após incrementos de 2,1% e 16,3%, nas mesmas bases comparativas. Em consequência, a relação crédito/ PIB passou a representar 55,2%, ante 54,7% em maio último e 50,9% em junho de 2012.

As concessões de crédito com recursos livres e direcionados alcançaram R$302 bilhões em junho, após redução mensal de 3,8%, resultante da queda de 8% nas contratações do crédito livre e da elevação de 22% no crédito direcionado. Os desembolsos a pessoas físicas recuaram 5,2% no mês, ao atingirem R$142 bilhões, com ênfase para retrações nas modalidades cheque especial, crédito pessoal e aquisição de veículos. No tocante a pessoas jurídicas, as novas contratações pelas empresas decresceram 2,5% no mês, ao somarem R$160 bilhões, assinalando-se reduções nos empréstimos de capital de giro com prazo acima de 365 dias e em conta garantida.

O saldo de crédito com recursos livres cresceu 0,9% no mês, ao totalizar R$1.446 bilhões (31,6% do PIB) em junho, equivalendo a 57,1% da carteira total do sistema financeiro. Esse resultado refletiu as expansões de 0,2% nos empréstimos a pessoas físicas, saldo de R$715 bilhões, e de 1,7% nos destinados a pessoas jurídicas, que somaram R$730 bilhões. No tocante às famílias, os aumentos mais relevantes foram verificados nos saldos de crédito consignado e cartão de crédito rotativo, enquanto no segmento corporativo, sobressaíram o desconto de duplicatas, os repasses externos e o capital de giro com teto rotativo.

O saldo de crédito direcionado totalizou R$1.086 bilhões em junho, após elevação de 2,9% no mês, refletindo aumentos de 3,3% nas operações a pessoas físicas e de 2,6% nas relativas a pessoas jurídicas. Nas carteiras de pessoas físicas, ocorreram expansões mensais respectivas de 4,9% e 3% nos saldos de crédito rural e imobiliário, enquanto no âmbito das pessoas jurídicas, destacaram-se o crédito rural e os financiamentos para investimento com recursos do BNDES, cujos saldos cresceram 18,2% e 1,9% respectivamente.

As concessões do BNDES destinadas ao setor produtivo somaram R$14,7 bilhões em junho. Apesar de registrarem recuo mensal de 13,6%, os desembolsos acumulados no primeiro semestre avançaram 72% em relação a igual período de 2012, ao atingirem R$80 bilhões, com destaque para os financiamentos destinados aos setores de coque, petróleo e combustível e de veículos, reboques e carrocerias, além de serviços relacionados a transportes e construção civil.

Os créditos providos pelos bancos públicos, com participação expressiva de recursos direcionados, mantiveram desempenho significativo, apresentando elevação mensal de 3,5%, alcançando R$1.273 bilhões em junho e ampliando sua representatividade para 50,3% do total de crédito do sistema financeiro. Os empréstimos concedidos pelas instituições privadas nacionais e estrangeiras registraram, na ordem, redução de 0,3% e aumento de 0,9%, somando R$865 bilhões e R$394 bilhões, com respectivas participações relativas de 34,2% e 15,5%.

Os empréstimos ao setor privado alcançaram saldo de R$2.398 bilhões em junho, registrando aumento de 1,6% no mês, com ênfase para o crescimento de 7,9% nos financiamentos ao setor rural, impulsionados pela demanda da agroindústria e por custeio e investimento agrícolas referentes à safra 2013/2014. Os créditos imobiliários, que contemplam operações a pessoas físicas e a pessoas jurídicas, prosseguem em ritmo acelerado, com expansões de 2,9% no mês e 33,8% nos últimos doze meses, alcançando saldo de R$346 bilhões, 7,5% do PIB. Os financiamentos do sistema financeiro nacional para o setor público atingiram saldo de R$134 bilhões, após elevação de 5,8% no mês, refletindo acréscimos de 8,3% nos créditos ao governo federal e de 3,3% nos relativos a estados e municípios.


I.1 – Taxas de juros e inadimplência

A taxa média geral de juros do crédito do sistema financeiro, incluindo as operações com recursos livres e direcionados, alcançou 18,5% em junho, com alta de 0,4 p.p. no mês e redução de 1,6 p.p. nos últimos doze meses. A variação mensal refletiu a elevação de 0,7 p.p. na taxa referente ao crédito livre e de 0,2 p.p. nas operações com recursos direcionados, ao passo que, na comparação anual, ocorreram reduções respectivas de 0,6 p.p. e de 1,5 p.p.

Nas operações destinadas a pessoas físicas, a taxa média atingiu 24,3%, após aumento de 0,3 p.p. no mês, determinado pelo aumento de 0,7 p.p. no custo médio do crédito livre, notadamente em crédito pessoal não consignado e crédito renegociado. Nas operações com recursos direcionados, a taxa permaneceu inalterada em 6,7% a.a.

Nos créditos às empresas, a taxa média de juros situou-se em 14%, após elevação mensal de 0,5 p.p. Nas operações com recursos livres, a taxa subiu 0,8 p.p., atingindo 19,3%, destacando-se elevações em capital de giro e financiamento a exportações. No segmento direcionado, o aumento de 0,4 p.p, para 7,4%, refletiu a alta nas taxas médias relativas aos financiamentos com recursos do BNDES.

O spread bancário geral das operações de crédito do sistema financeiro recuou 0,4 p.p., situando-se em 10,9 p.p em junho, menor patamar da série iniciada em março de 2011. A redução refletiu a elevação do custo de captação em percentual superior à elevação das taxas de aplicação e resultou do recuo de 0,5 p.p. no indicador relativo ao crédito livre, que alcançou 16,7 p.p., e da elevação de 0,1 p.p. no spread relativo aos créditos direcionados, situado em 2,6 p.p.

A inadimplência do sistema financeiro, referente aos atrasos superiores a noventa dias, declinou 0,2 p.p. no mês e 0,4 p.p. em doze meses, correspondendo a 3,4% do saldo total dos créditos com recursos livres e direcionados, posicionando-se em seu menor nível desde julho de 2011. No índice relativo a pessoas físicas, houve redução de 0,3 p.p., destacando-se quedas referentes às modalidades cartão de crédito rotativo e parcelado. Nos créditos a pessoas jurídicas, a taxa de inadimplência recuou 0,2 p.p., refletindo, principalmente, a redução referente aos empréstimos de capital de giro.

II – Evolução dos agregados monetários

O saldo médio diário da base monetária atingiu R$204,2 bilhões em junho, após recuo de 1,8% no mês e elevação de 6% em doze meses. O comportamento mensal do agregado resultou de declínio de 12,5% nas reservas bancárias e aumento de 0,9% no papel-moeda emitido.

Entre os fluxos mensais dos fatores condicionantes da emissão monetária, sobressaíram as operações com títulos públicos federais, que incluem a atuação do Banco Central no ajuste da liquidez do mercado monetário, ao registrarem expansão de R$29,2 bilhões. O impacto de títulos públicos decorreu de compras líquidas de R$51,8 bilhões no mercado secundário e de colocações líquidas de R$22,6 bilhões, no mercado primário. Em sentido inverso, as operações do Tesouro Nacional foram contracionistas em R$5,8 bilhões, os depósitos de instituições financeiras, que incluem os fluxos mensais de recolhimentos compulsórios, em R$5,4 bilhões, assim como as vendas líquidas de divisas no mercado interbancário, que atingiram R$3,7 bilhões.

Os meios de pagamento restritos (M1) registraram saldo médio diário de R$296,2 bilhões em junho, após crescimento de 1,9% no mês resultante dos aumentos de 2,9% nos depósitos à vista e de 0,9% no papel-moeda em poder do público. A expansão acumulada do M1 em doze meses alcançou 12,7%.

O saldo dos meios de pagamento no conceito M2, que corresponde ao M1 mais depósitos de poupança e títulos privados, cresceu 1,6% em junho, atingindo R$1,8 trilhão. Esse resultado refletiu, sobretudo, a elevação de 2,6% registrada no M1 e de 2% nos depósitos de poupança. O saldo dos títulos privados alcançou R$968,1 bilhões e o dos depósitos de poupança, R$538,4 bilhões, após captações líquidas respectivas de R$5,7 bilhões e de R$9,5 bilhões.

O conceito M3, que compreende o M2, as quotas de fundos de renda fixa e os títulos públicos que lastreiam as operações compromissadas entre o público e o setor financeiro, registrou expansão de 0,1%, atingindo R$3,7 trilhões. O saldo das quotas de fundos de renda fixa recuou 1%, para R$1,7 trilhão. O M4, conceito que compreende o M3 e os títulos públicos de detentores não financeiros, cresceu 0,7% no mês e 10,9% nos últimos doze meses, totalizando R$4,3 trilhões.

Notícia colhida no sítio http://www.bcb.gov.br/?ECOIMPOM

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