Na manhã desta segunda-feira, 18 de julho, o Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região se reuniu com o setor de Relações Sindicais do Santander, para discutir o horário estendido das agências bancárias. No dia 12 de julho, o banco espanhol informou unilateralmente, por meio de comunicado institucional, que suas agências de todo o Brasil passariam a atender das 09h00 às 17h00 a partir de hoje (18).
Na reunião, os representantes do Santander explicaram que o novo horário é uma alternativa para atrair clientes às agências e retomar o atendimento presencial. Segundo dados apresentados pelo banco, as agências estariam se esvaziando. Além disso, o banco argumenta que muitas das operacionalizações que ocorriam anteriormente foram automatizadas.
Diante das justificativas, o Sindicato questionou por que aumentar o horário de atendimento se as agências estão vazias. “Vocês dizem que querem trazer o cliente para as agências, mas mantêm um funcionário no autoatendimento direcionando os usuários para fora das unidades. Ou seja, é uma incoerência estender o horário e direcionar a clientela para outros canais”, pontua o dirigente sindical Bruno Wunderlich. “Além disso, os gerentes já precisam enfrentar o desafio do acúmulo de atividades, como, por exemplo, listagem de ligações, visitas externas, reuniões e inserção da produção no sistema. Como conseguirão fazer tudo isso se estarão o dia todo à disposição nas agências?”, questiona.
Os representantes do banco argumentaram que foram definidos vários indicadores e que toda sexta-feira será feita uma reavaliação dos impactos do horário estendido. Caso a extensão se mostre ineficiente, as agências voltarão a atender no horário habitual.
Assédio moral
Outro ponto tratado na reunião foi o assédio moral denunciado por bancários da Superintendência Regional Curitiba Metropolitana. “Mais uma vez, relatamos todo o desconforto que os bancários têm manifestado nas denúncias, bem como todas as medidas que o Sindicato já tomou para buscar a resolução do caso, que continua em aberto”, informa o dirigente sindical Denner Halama. O Santander garantiu que está acompanhando o caso e que, conforme acordado, irá resolver a situação. Uma reunião presencial ficou agendada para daqui 60 dias.
“Acreditamos no compromisso assumido pelo banco em solucionar de uma vez por todas este assunto! Nos próximos dois meses, aguardaremos os relatos de mudanças e o realinhamento das atitudes na gestão. Todos queremos um local de trabalho sadio, alinhado com o que prega o Código de Ética e Conduta do banco, respeitando as cláusulas da nossa Convenção Coletiva de Trabalho e do acordo específico que temos com o Santander, em que banco e funcionários se comprometem a cumprir”, concluiu Denner Halama.
Fonte: Seeb Curitiba
