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Por 11:19 Notícias

Rejeição aos candidatos e perfil de renda do eleitor podem definir eleição

A pesquisa DataFolha, divulgada nessa quinta-feira (28), que detalha, além da intenção de votos para as eleições presidenciais deste ano, a renda, a convicção em quem votar e a rejeição aos candidatos, são fatores importantes que podem definir o candidato que tomará posse no Palácio do Planalto em janeiro de 2023.

Enquanto Jair Bolsonaro (PL), tem a maior rejeição de todos os tempos para um presidente em exercício, chegando a 53% de eleitores, ou seja, a maioria, não votaria nele de jeito nenhum; a rejeição a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de 36% uma diferença de 17% entre os dois candidatos. Lula quando foi reeleito para o seu segundo mandato a partir de 2006, tinha rejeição de 33% – três pontos percentuais abaixo da pesquisa deste ano.

Além disso, Jair Bolsonaro tem a pior avaliação popular de um candidato à reeleição no Planalto desde 1997, com 45% de reprovação e apenas 28% de aprovação ao seu mandato. Quando disputou a reeleição, Lula tinha 52% de aprovação ao seu governo.

A convicção de 71% dos eleitores que dizem que não mudariam seus votos, também indica estabilidade nesta eleição. Apenas 28% dizem que mudariam de ideia nas urnas.

Bolsonaro e Lula têm 79% dos votos definidos por seus eleitores – lembrando que Lula alcançou 47% das intenções de votos e o presidente 29%, pelo Datafolha. Já os que admitem mudar de votos são 20% dos eleitores de Lula e 21% de Bolsonaro, o que evidencia que a maioria dos eleitores dos dois candidatos já se definiu. 

Lula sobre entre os ricos e Bolsonaro entre os pobres

Lula passa a apresentar maior aceitação entre o eleitorado de maior renda, o que pode ser decisivo para definir a eleição presidencial ainda no primeiro turno, que aponta 52% dos votos válidos para o ex-presidente petista no 1º turno.

Lula passou de 29% para 34% (aumento de 5%) nas intenções de voto entre eleitores mais ricos. Já Bolsonaro teve queda na sua vantagem entre os esses eleitores, ainda que também dentro das margens de erro. O candidato do PL lidera entre aqueles com renda de cinco a 10 salários mínimos, com 41% dos votos. Mas na pesquisa anterior, o chefe do Executivo marcava 44% ( queda de 3%) , entre esse grupo que é cerca de 8% da população.

Os dois candidatos viram diminuir, no entanto, a intenção de voto estimulada, quando os nomes dos candidatos são apresentados, entre aqueles que ganham mais de 10 salários mínimos – cerca de 3% do eleitorado brasileiro, segundo o Datafolha. 

Entre os pobres, Lula continua bem à frente com 54% da intenção de votos (antes tinha 56%). Bolsonaro conseguiu subir alguns pontos, entre os que ganham até dois salários mínimos, passando de 20% para 23%, contudo, próximo da margem de erro da pesquisa, de 2,7 pontos percentuais. Ressaltando que o Brasil tem 52% do seu eleitorado ganhando na faixa de dois salários mínimos (R$ 2.424).

Metodologia

Esse último levantamento foi realizado nesta semana, com 2.556 eleitores acima dos 16 anos em 183 cidades. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR – 09088/2022.

Fonte: CUT

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