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Por 13:52 Notícias

TSE dá prazo de cinco dias para Bolsonaro se manifestar sobre atos terroristas e post contra as eleições 

O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, deu prazo de cinco dias para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifeste sobre a tentativa de golpe de seus apoiadores, que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. No despacho, assinado no sábado (21), o ministro também cobra um posicionamento do ex-mandatário sobre uma postagem em rede social questionando, com teses infundadas, o resultado das eleições de 2022. 

O prazo para a manifestação começa a contar a partir da data de notificação. A decisão do TSE atende a um pedido da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que questiona a campanha de Bolsonaro por uso indevido dos meios de comunicação social e abuso de poder político.

investigação foi aberta na última quinta-feira (19), quando Gonçalves admitiu ação da coligação de Lula, apontando abuso do ex-presidente ao utilizar os palácios da Alvorada e Planalto para fazer eventos de sua campanha em 2022, no primeiro e segundo turnos. De acordo com o ministro, a legislação eleitoral foi de fato ferida por Bolsonaro. 

Bolsonaristas serão notificados

Ao acionar novamente a corte, a campanha de Lula também questionou uma postagem feita pelo ex-mandatário, em sua página no Facebook, que contesta o resultado das eleições do ano passado. A publicação incluía um vídeo em que um procurador bolsonarista do estado de Mato Grosso do Sul, identificado como doutor Felipe Gimenez, divulga teses infundadas e já desmentidas sobre o pleito. Entre elas, a de que Lula “não teria sido eleito”, mas sim “escolhido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e TSE”. E que o povo brasileiro “não tem poder” sobre o processo de apuração dos votos.

O post foi divulgado por Bolsonaro dois dias após os atos terroristas na capital federal e apagado após cerca de duas horas no ar. Na ocasião, conforme mostrou a RBA, o material foi replicado e usado por apoiadores do ex-presidente para convocar novos atos golpistas pelo país para o dia 11 de janeiro. Outros perfis bolsonaristas também usaram declarações de aliados do ex-presidente, como a de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), para incitar o terrorismo. 

De acordo com o TSE, além de Bolsonaro, também serão notificados Flávio e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ex-ministro da Defesa, o general Walter Braga Netto. A apuração eleitoral dos votos é pública e já foi detalhada pelo tribunal diversas vezes. Os boletins de urna também foram divulgados na internet e não houve uma única suspeita de fraude detectada. 

Foto: Marcello Casal Jr./Ag. Brasil

Fonte: RBA

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