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Por 13:09 Notícias

Dallagnol surta com a possibilidade de ficar cara a cara com Tacla Duran em Comissão da Câmara

Investigado pela Polícia Federal no inquérito sobre denúncias de uma organização criminosa que agia para extorquir alvos da Lava Jato em negociações sobre delação premiada, o deputado federal Deltan Dallagnol, que comandou a força-tarefa, surtou com a possibilidade de ficar cara a cara com o advogado Rodrigo Tacla Duran.

O requerimento do deputado Jorge Solla (PT-BA) convidando o advogado a depor na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara foi apresentado nesta quarta-feira (12) em meio a uma tentativa de Dallagnol de barrar a votação.

Na justificativa, Solla diz que “o advogado Rodrigo Tacla Duran acusou o ex-juiz e atual Senador Sergio Moro de tumultuar o processo onde teria apresentado provas da extorsão da qual foi vítima”.

“Só no dia 27 de março de 2023, Tacla Duran foi ouvido pela primeira vez na Vara de Curitiba pelo juiz Eduardo Appio, atual responsável pelos processos originados na Operação Lava Jato, e reiterou os supostos achaques que sofreu e mencionou o casal Moro e o ex-procurador e atual deputado federal, Deltan Dallagnol, todos com prerrogativa de foro, razão pela qual o caso foi remetido ao Supremo Tribunal Federal”, diz o texto.

Em declaração esbaforida na comissão, Dallagnol negou até mesmo que Tacla Duran foi advogado da Odebrecht, o que consta nos inquéritos da própria Lava Jato e motivo pelo qual ele teria sido investigado.

“Ele não foi advogado da Odebrecht, ele foi lavador de dinheiro profissional da Odebrecht”, iniciou o ex-senador, que diz que o acordo de delação premiada não foi feito porque Duran “mentiu no acordo”.

Em tom de desespero, o ex-chefe da Lava Jato implorou aos colegas para que não votassem pela convocação do advogado, que ficaria cara a cara com ele para rebater as acusações.

“Eu me oponho à essa convocação, esse convite ao professor (SIC) Tacla Duran, porque a regra especial do regimento interno, que afasta a regra geral sobre as comissões, prevê as atribuições dessa comissão, que nada se relacionam ao depoimento do senhor Tacla Duran”, disse Dallagnol, que contou com a solidariedade do deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), que se elegeu na esteira do lavajatismo.

Fonte: Revista Fórum

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