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Por 09:03 Sem categoria

Trabalhadores bancários levam combate ao assédio moral à mesa de negociação, nesta quinta-feira, 30 de agosto

Primeiro bloco está marcado para esta quinta-feira; luta contra o assédio moral está em pauta

São Paulo – Apuração, orientação e punição. Estes são os três passos que serão discutidos pelo Comando Nacional dos Bancários e pela Fenaban (Federação dos Bancos) para criar critérios que combatam e reduzam a prática do assédio moral nas instituições financeiras.

O tema, juntamente com isonomia de direitos, prevenção e reabilitação, compõe os itens do tema Saúde e Condições de Trabalho que serão debatidos a partir desta quinta, 30 de agosto, quando o primeiro bloco de reivindicações abre a série de quatro negociações inicialmente programas para a Campanha Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro 2007. A Segurança Bancária também será assunto, bem como Igualdade de Oportunidades.

O assédio moral, seja individual ou institucional, deve ser banido da estrutura de gestão dos bancos. Esse mecanismo muito utilizado para pressionar os trabalhadores a alcançar metas abusivas precisa ter fim” destaca Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato.

O grupo de trabalho que trata do fim do assédio moral foi conquistado na campanha nacional do ano passado. A categoria bancária é a primeira a ter uma cláusula em convenção coletiva que prevê o combate a essa prática.

Recorrente – O descontentamento com esse tipo de situação é crescente entre os trabalhadores de várias categorias e já é visivelmente sentido nos tribunais, que só no ano passado julgaram 600 casos em todo o país. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), em 2004 eram 300 os casos. Em 2005, subiram para 337, o que representa uma alta de 78% em relação a 2006.

“Utilizar medidas práticas contra o assédio é uma das formas mais eficazes de prevenção ao adoecimento dos trabalhadores – como a síndrome do pânico e o estresse pós-traumático que assola a categoria – e conseqüentemente de evitar o afastamento dos bancários”, ressalta Marcolino. “O Comando Nacional dos Bancários quer discutir todas as formas de prevenção e de garantia de condições de trabalho – sejam psicológicos ou físicas – e ainda estabelecer regras de reabilitação para reintegrar ao trabalho os funcionários que retornam de licença médica”, completa.

Isonomia – Os trabalhadores também vão levar à mesa de negociação a reivindicação de isonomia de direitos. Atualmente, o bancário com problemas de saúde fica sem o tíquete-refeição após o 15º dia de afastamento; o valor da cesta-alimentação deixa de ser creditado após seis meses e o pagamento da PLR é suspenso depois de 12 meses longe do trabalho.

Neste primeiro bloco também serão apreciadas as reivindicações sobre segurança bancária, igualdade de oportunidades, além da inclusão de cláusulas novas à Convenção Coletiva de Trabalho como direito ao auxílio-educação para todos e à 13ª cesta-alimentação.

Será discutido um bloco de reivindicações por semana. O próximo grupo que trata da reivindicação de 10,3% de reajuste e demais cláusulas econômicas (PLR, remuneração variável e pisos) será analisado a partir do dia 5 de setembro. Os demais encontros acontecem nos dias 13 e 20 de setembro. A idéia é esgotar as discussões de cada bloco até que o outro seja iniciado. Esta nova estratégia foi proposta pelos dirigentes sindicais, com o objetivo de fortalecer o processo de negociação.

Por Elisângela Cordeiro.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.spbancarios.com.br.

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