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Por 11:30 Sem categoria

O que é o transtorno do pânico ?

Uma vida agitada, cheia de stress todos os dias, afazeres mil, planos, metas, trabalho… tudo junto e com exigência de rapidez. O resultado disso é uma pessoa cada vez mais cansada, sobrecarregada, pensando em milhares de coisas ao mesmo tempo sem ter tempo para pensar em si próprio ou fazer alguma atividade prazerosa. Os bancários bem sabem disso.

É contra todos esses sintomas maléficos da vida moderna que o movimento sindical vem lutando. Porque mais do que obter prestígio profissional, o trabalhador precisa ter qualidade de vida para desfrutar, junto com a família e amigos, aquilo que seu esforço cotidiano pode lhe oferecer.

De acordo com a diretora de Saúde e Condições de Trabalho da FETEC/CUT-SP, Crislaine Bertazzi, o processo de trabalho nos bancos está levando ao adoecimento. “Cada vez mais trabalhadores estão sendo afastados de seus postos de trabalho em virtude de distúrbios mentais”, comenta a dirigente lembrando que “é tarefa do movimento sindical fazer intervenções quanto à prevenção no processo de trabalho”.

Uma das ações para aprofundar o tema ocorreu na última quarta-feira (31). Nesta data, a Assembléia Legislativa de São Paulo, em parceria com a FETEC/CUT-SP, a Contraf-CUT e outras entidades sindicais, sediou debate sobre a relação entre a saúde mental e a Síndrome do Pânico. Descubra um pouco mais dessa doença que tem atingido homens e mulheres na plenitude de suas vidas profissionais.

O que é o transtorno do pânico?

Transtorno do pânico é um problema sério de saúde. Este distúrbio é nitidamente diferente de outros tipos de ansiedade, caracterizando-se por crises súbitas, sem fatores desencadeantes aparentes e, freqüentemente, incapacitantes. Depois de ter uma crise de pânico – por exemplo, enquanto dirige, fazendo compras em uma loja lotada ou dentro de um elevador – a pessoa pode desenvolver medos irracionais (chamados fobias) destas situações e começar a evitá-las. Gradativamente o nível de ansiedade e o medo de uma nova crise podem atingir proporções tais, que a pessoa com o transtorno do pânico pode se tornar incapaz de dirigir ou mesmo pôr o pé fora de casa. Neste estágio, diz-se que a pessoa tem transtorno do pânico com agorafobia. Desta forma, o distúrbio do pânico pode ter um impacto tão grande na vida cotidiana de uma pessoa como outras doenças mais graves – a menos que ela receba tratamento eficaz e seja compreendida pelos demais.

Quais os sintomas físicos de uma crise de pânico?

Contração / tensão muscular

Palpitações (o coração dispara)

Tontura, atordoamento, náusea

Dificuldade de respirar (boca seca)

Calafrios ou ondas de calor, sudorese

Sensação de “estar sonhando” ou distorções de percepção da realidade

Terror – sensação de que algo inimaginavelmente horrível está prestes a

acontecer e de que se está impotente para evitar tal acontecimento

Confusão, pensamento rápido

Medo de perder o controle, fazer algo embaraçoso

Medo de morrer

Vertigens ou sensação de debilidade

Qual é a população atingida?

As pessoas que tem o T.P., em sua maioria, são pessoas jovens (faixa etária de 21 a 40 anos), que encontram-se na plenitude de suas vidas profissionais. Geralmente são pessoas que costumam assumir uma carga excessiva de responsabilidades e afazeres, são bastante exigentes consigo mesmos, não convivem bem com erros ou imprevistos, têm tendência a se preocuparem excessivamente com problemas cotidianos, alto nível de criatividade, perfeccionismo, excessiva necessidade de estar no controle e de aprovação, auto-expectativa excessiva, pensamento rígido, competente e confiável, repressão de alguns ou todos os sentimentos negativos (os mais comuns são, o orgulho e a irritação), tendência a ignorar as necessidades físicas do corpo, entre outras.

Essa forma de ser acaba por predispor estas pessoas a situações de stress acentuado, fato este que pode levar ao aumento intenso da atividade de determinadas regiões do cérebro desencadeando assim um desequilíbrio bioquímico e conseqüentemente o aparecimento do T.P.

Existe tratamento para este problema?

Existe uma variedade de tratamentos para o T.P. O mais importante neste aspecto é que se introduza um tratamento que vise restabelecer o equilíbrio bioquímico cerebral numa primeira etapa. Isto pode ser feito através de medicamentos seguros e que não produzam risco de dependência física dos pacientes. Numa segunda etapa prepara-se o paciente para que ele possa enfrentar seus limites e as adversidades vitais de uma maneira menos estressante. Em última análise, trata-se de estabelecer junto com o paciente uma nova forma de viver onde se priorize a busca de uma harmonia e equilíbrio pessoal. Uma abordagem psicoterápica específica deverá ser realizada com esse objetivo.

Por Michele Amorim.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.fetecsp.org.br.

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