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Dia Mundial em Memória das Vítimas de Doenças e Acidentes de Trabalho; dia de conscientização para prevenção à saúde

A Central Única dos Trabalhadores, em conjunto com as demais centrais – CGTB, CTB, Força Sindical, NCST e UGT, realizaram um grande ato de rua e político na Praça Ramos de Azevedo, em São Paulo, nesta segunda-feira – Dia Mundial em Memória das Vítimas de Doenças e Acidentes de Trabalho. Este ano, o dia 28 de abril, além de denunciar a precariedade e o abandono dos trabalhadores no que diz respeito à saúde e segurança foi marcado pela incorporação de uma bandeira histórica da CUT, a Redução da Jornada de Trabalho sem a Redução de Salário. Os sindicalistas coletaram apoio para o abaixo-assinado da campanha que além de representar a geração de novos empregos têm reflexo direto na saúde dos trabalhadores, pois reduz sua carga de trabalho e o tempo de exposição aos fatores de riscos.

Na avaliação do coordenador do Instituto Nacional de Saúde do Trabalhador (INST) da CUT, Siderlei de Oliveira, a campanha da redução da jornada dialoga diretamente com a saúde do trabalhador, principalmente quando se trata de trabalhos penosos como é o caso da construção civil, usina de açúcar (corte de cana), metalurgia e bancários. “O movimento sindical tem de mudar o seu foco – temos que ficar atentos à prevenção e não a recuperação. Hoje, a despesa da Previdência é altíssima em virtude desta política de recuperação. Nosso papel é discutir setor por setor a qualidade do serviço”, ressaltou.

Siderlei também alertou sobre a competitividade doentia instalada pelo mercado neoliberal, que visa somente seus lucros e sacrifica o trabalhador. “A precariedade nos serviços e a terceirização são grandes aliados deste cenário. A CUT é contra a terceirização, já existe um Grupo de Trabalho que está discutindo seu fim”, enfatizou.

De acordo com Lucilene Binsfeld (Tudi), presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs/CUT), o ato priorizou a conscientização da população. “Esse 28 de abril, além de lembrar as mortes e vítimas de acidentes no trabalho também buscou a conscientização da qualidade de serviço, o que é fundamental para saúde do trabalhador. Fizemos a coleta de assinaturas para campanha de redução da jornada muitas pessoas assinaram e levaram folhas em branco para seus locais de trabalho.”

Os números:

O Brasil perde, por ano, o equivalente a 4% do PIB por causa dos acidentes de trabalho. Segundo dados do Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho, publicado em janeiro de 2008, foram registrados em 2007, em todo o País, 503.890 acidentes de trabalho. Apesar de a incidência de acidentes ter caído em relação a 2006 e 2005, ainda é muito alta, devido às condições precárias de trabalho, do uso de máquinas obsoletas e processos inadequados.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que, no mundo, 6.000 trabalhadores morrem a cada dia devido a acidentes e doenças relacionadas com o trabalho, cifra que está aumentando. Além disso, a cada ano ocorrem 270 milhões de acidentes de trabalho não fatais (que resultam em um mínimo de três dias de falta ao trabalho) e 160 milhões de casos novos de doenças profissionais. A OIT estima que o custo total destes acidentes a doenças equivale a 4 por cento do PIB global, ou mais de vinte vezes o custo global destinado a investimentos para o desenvolvimento de países. Embora alguns setores industriais sejam por natureza mais perigosos do que outros, grupamentos de migrantes e outros trabalhadores marginalizados freqüentemente correm mais riscos de sofrer acidentes de trabalho e padecer de doenças profissionais porque sua pobreza costuma obrigá-los a trabalhar em condições que oferecem mais risco à saúde e à segurança destes trabalhadores.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cut.org.br.

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