fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 20:15 Sem categoria

Taxa de desemprego volta a diminuir, após cinco meses, segundo medição feita pelo DIEESE

Em junho, a taxa de desemprego nas regiões que compõem o Sistema PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) foi de 14,8%, contra 15,3% em maio. Esta foi a primeira retração (queda de 3,3%) na taxa, ocorrida neste ano. A pesquisa é realizada em cinco regiões metropolitanas (São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre) e no Distrito Federal através do convênio entre DIEESE e Fundação Seade, com o apoio do Ministério do Trabalho e Emprego e parceria com instituições e governos regionais. Em junho de 2008, a taxa de desemprego era ligeiramente menor que a atual e correspondia a 14,6%.

As seis regiões pesquisadas contavam, em junho, com 2.984 mil desempregados, 112 mil a menos que em maio. O total de ocupados aumentou em 75 mil pessoas, enquanto a população economicamente ativa teve pequena redução, com a saída de 38 mil pessoas do mercado de trabalho. Assim, o total de pessoas na PEA correspondeu a 20.154 mil, dos quais 17.171 mil estavam ocupados. Em relação a junho de 2008, o número de desempregados teve aumento de 89 mil pessoas, enquanto o de ocupados cresceu em 193 mil.

O nível de ocupação apresentou pequena variação positiva (0,4%), comportamento que se repete pelo terceiro mês consecutivo. A geração de postos no período foi liderada pelo Comércio, que abriu 80 mil vagas no mês, seguido pelo setor Serviços, com 22 mil. A Indústria desativou 25 mil empregos e a Construção Civil, 9 mil. Na comparação anual, a Indústria (-210 mil) e o Comércio (-34 mil) tiveram desempenho negativo, enquanto os Serviços (+310 mil) e Construção Civil (+ 143 mil) apresentaram saldo positivo.

Em junho foram abertos 101 mil postos para assalariados com carteira assinada no setor privado, enquanto houve eliminação de 41 mil vagas de assalariados sem vínculo formal. No setor público houve relativa estabilidade (- 4 mil empregos). O trabalho autônomo teve incremento de 70 mil ocupações. Em 12 meses houve diminuição no total de assalariados sem carteira (-129 mil) – o que representa um recuo de 6,9% – e de trabalhadores no serviço público (- 40 mil). O emprego formal, com carteira assinada, cresceu 5,7%.

Em maio, os rendimentos médios reais de ocupados e de assalariados caíram 1,2%, passando a valer, respectivamente, R$ 1.199 e R$ 1.276. Entre maio de 2008 e maio último os dois indicadores apresentaram queda. No caso do rendimento médio real dos ocupados a retração foi de 1,0% e o dos assalariados teve decréscimo de 2,2%.

Comportamento das regiões

Em junho, a taxa de desemprego total reduziu-se em praticamente todas as sete regiões – inclusive Fortaleza, que tem dados disponíveis apenas para este ano. Em Belo Horizonte, a taxa se manteve em 11,0%, mesmo patamar de maio e em Fortaleza houve relativa estabilidade, com taxa ficando em 12,4%, contra 12,5%, de maio. Em Recife, a taxa teve queda de 4,9%, situando-se em 19,4%. Redução bastante semelhante ocorreu em Porto Alegre (-4,8%) com a taxa ficando em 12,0%. Em São Paulo, a taxa de desemprego correspondeu a 14,2%, com redução de 4,1% em relação a maio. O Distrito Federal registrou redução de 3,5% na taxa de desemprego, que ficou em 16,4%. Em Salvador a taxa de desemprego reduziu-se em 1,4%, correspondendo a 21,3%. Em 12 meses, a taxa de desemprego teve redução apenas no Distrito Federal (-3,0%) e em Recife (-5,8%). O crescimento da taxa, em comparação com junho de 2008, foi de 0,8%, em Porto Alegre; 2,2%, em São Paulo; 3,4%, em Salvador e 11,1%, em Belo Horizonte.

O nível de ocupação manteve-se estável, em junho, na RMBH. Foi registrado crescimento de 0,3%, em São Paulo; 0,5%, em Porto Alegre; 0,6%, em Salvador; 0,7%, no Distrito Federal; e 1,3%, em Recife. Em Fortaleza, pela primeira vez desde o início da pesquisa o nível de ocupação cresceu, com variação de 1,7%. Em 12 meses, houve crescimento de 5,2%, em Recife; 3,7%, no Distrito Federal; 1,8%, em Porto Alegre e 1,5%, em Belo Horizonte. Em São Paulo o nível ocupacional quase não variou (0,2%) e em Salvador permaneceu estável.

O rendimento médio real dos ocupados, em maio, comparado com abril, diminuiu 2,1% em São Paulo, passando a valer R$ 1.230; 1,7%, em Porto Alegre, equivalendo a R$ 1.188 e 1,0% no Distrito Federal, correspondendo a R$ 1.826. No Recife houve relativa estabilidade (-0,2%), com seu valor médio ficando em R$ 724. Também em Salvador (-0,1%) o rendimento médio ficou relativamente estável e correspondeu a R$ 993. Belo Horizonte apresentou pequeno crescimento de 0,7%, e seu valor médio foi de R$ 1.194. Em Fortaleza, o valor médio do rendimento foi de R$ 766, mantendo-se no mesmo patamar do mês anterior. Em relação a maio de 2008, foram apuradas reduções em São Paulo (-4,3%) e Recife (-2,4%) e crescimento nas demais localidades: 6,2%, no Distrito Federal; 5,3%, em Belo Horizonte; 2,3%, em Salvador e 1,6%, em Porto Alegre.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.dieese.org.br.

===========================================================

Estabilidade de preços estimula vendas em supermercados e setor revê meta de crescimento

São Paulo – O setor de supermercados aposta em crescimento de 4,5% nas vendas em 2009, o que é quase o dobro de suas expectativas no começo do ano: 2,5%. A revisão da meta foi motivada pelo bom desempenho dos supermercados no primeiro semestre, com alta de 5,27% no faturamento sobre o mesmo período do ano passado.

Em junho, houve aumento de 4,83% na comparação com junho do ano passado e queda de 5,59% em relação a maio deste ano. Esse recuo, no entanto, não reflete uma tendência ruim, disse o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumo Honda, e se deve ao fato de junho ter tido menos dias de comercialização.

Ontem (29), em entrevista à TV Brasil, Honda afirmou que o impacto da crise financeira internacional não foi tão forte no setor e que o cenário da economia brasileira leva a projetar para os supermercados um bom resultado neste semestre.

“No ano passado chegamos a ter picos de alta de preços em razão das pressões sobre as commodities [produtos negociados em bolsas de valores com cotação internacional], mas, neste ano, os preços ficaram estáveis, estamos com o real valorizado, o mercado está reagindo bem e não vemos nada no horizonte que vá mudar esse quadro”, disse o empresário.

Ele observou ainda que houve ganho em volume de vendas, permitindo a recuperação das margens de lucro. O Índice Nacional de Volume, encomendado à empresa Nielsen pela Abras, aumentou em 2,1% no primeiro semestre ante um aumento tímido em igual período de 2008 sobre 2007 (0,1%).

Entre os 35 produtos mais consumidos que tiveram aumento na procura destacam-se o leite longa vida (12,43%), seguido do queijo muçarela (6,62%); queijo prato (6%). Na lista dos que tiveram queda de preço estão a batata (8,56%); a carne dianteiro (-3,49% e a farinha de trigo (-2,89%).

Por Marli Moreira – Repórter da Agência Brasil. Edição: Nádia Franco.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

Close