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Por 09:54 Cidadania, Destaque

Enfim, um 8 de março com perspectivas melhores

Não é fácil ser mulher no Brasil. Mesmo sendo a maioria da população brasileira, a sociedade patriarcal tende a desvaloriza-las. Nos últimos anos, particularmente durante a esquecível gestão daquele que jamais poderia ter ocupado o cargo que ocupou, a situação piorou. Recordes de feminicídio foram batidos neste período. Estupros e agressões, vindos principalmente daquela parcela masculina que se sentia representada pelo pior presidente da história, também aumentaram drasticamente.

Felizmente, não há mal que sempre dure. Elas finalmente podem enxergar uma luz no fim do túnel. As violências persistem, é verdade, mas agora a situação está se invertendo. Sub celebridades masculinas que gostam de humilhar mulheres estão sendo devidamente enviados para o lugar de onde nunca deveriam ter saído: a insignificância. Começamos a ver um governo que as valoriza e reconhece sua competência, ao alçá-las a cargos importantes, como as presidências da Caixa e do Banco do Brasil. A nossa primeira dama, Janja Lula da Silva, vem obtendo destaque nas ações do governo. É preciso avançar mais, mas ao menos agora elas têm motivos para celebrar o Dia Internacional das Mulheres, celebrado neste dia 8 de março.

A secretária da mulher da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR), Cinara Correa de Freitas Tonatto, avalia que o 8 de março sempre foi um dia de muita luta e que este dia jamais poderá ser ignorado. “O dia 8 de março sempre foi uma data para lembrar as lutas sociais e políticas, duramente conquistadas pelas mulheres. Ou seja, é uma data para celebrar a intensa luta feminina pelo respeito, pela liberdade social e pelo direito ao trabalho digno. Sabemos bem que esta luta é contínua e não tem data para acabar”, opina.

Cinara diz também que é preciso combater a violência contra a mulher é fundamental para que o país possa progredir. “As pautas são várias, mas uma das mais fortes é o combate à violência contra a mulher e o feminicídio que resulta em destruição de famílias e adoecimento da sociedade. Além de exigirmos as políticas públicas para combate a esses problemas, vamos nos unir e fortalecer nossas associações, sindicatos e fazer denúncias nos canais competentes como o 180. Saúde e força a todas as companheiras”, encerra.

Lula sanciona ações importantes para as mulheres

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sanciona hoje um pacote de ações que visa combater a violência, o feminicídio e que esteja em sintonia com os anseios delas. Entre as medidas, estão a promulgação da lei de igualdade salarial entre gêneros, produtos em condições especiais no Banco do Brasil, como linha de crédito com taxa menor para agricultoras familiares ou empreendedoras, programa Empreendedoras Tec para empresas e projetos tecnológicos liderados por mulheres, Dia Nacional Marielle Franco contra violência política, edital de R$ 4 milhões para projetos municipais com foco na prevenção à violência e à criminalidade contra as mulheres, entre outros.

Com estas medidas, espera-se que as mulheres possam voltar a ocupar lugares de destaque e, acima de tudo, que o respeito por elas volte e que cenas de violência, assédio e discriminação possam ficar no passado, porém sem esquecê-los para que não voltem a se repetir.

Mulheres na política

Mesmo sendo 51% da população, a participação das mulheres na política brasileira ainda é discreta. Entre os 513 deputados eleitos, apenas 91 (18%) são mulheres. A novidade é que este ano temos duas mulheres trans eleitas. Por outro lado, houve um aumento no número de parlamentares femininas eleitas. Eram 77 nas eleições de 2018, um crescimento de 18%.

No senado, dos 81 senadores, apenas 10 são mulheres. Em 2018, eram 12 senadoras.

Breve história do 8 de março

O Dia Internacional das Mulheres é celebrado anualmente no dia 8 de março. A história remonta ao incêndio na fábrica da Triangle Shirtwais, em Nova York, nos Estados Unidos, em 25 de março de 1911, que matou 146 trabalhadores, dos quais 125 eram mulheres e 21 eram homens. Contudo, o processo para a criação da data vem de antes, quando o Partido Socialista da América organizou o Dia das Mulheres, em 20 de fevereiro de 1909, na mesma cidade dos EUA, cujo objetivo era uma jornada de manifestação pela igualdade de direitos civis e em favor do voto feminino. Durante as conferências de mulheres da Internacional Socialista, em Copenhague (capital da Dinamarca), 1910, foi sugerido, por Clara Zetkin, que o Dia das Mulheres passasse a ser celebrado todos os anos.

A partir de 1975, o 8 de março foi instituído como Dia Internacional das Mulheres pela Organização das Nações Unidas (ONU). Mais de 100 países comemoram a data.

Viva as mulheres!

Foto: Rovena Rosa/Ag. Brasil

Fonte: Fetec

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