Nesta sexta-feira (8) comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Embora algumas pessoas possam confundir a data como algo festivo, a verdade é que o 08 de março serve mais como um momento em que é preciso refletir sobre o papel da mulher na sociedade, bem como de toda a sua luta por igualdade e equidade com os homens. Apesar de termos avançado em relação a importância das mulheres ao longo dos anos, a verdade é que ainda há muito a trilhar para chegar a um patamar justo.
A história da data remete, ainda que hajam algumas discordâncias históricas, ao incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, em 1911, que vitimou 146 trabalhadores, dos quais 125 eram mulheres, em sua maioria imigrantes com idade entre 13 e 23 anos, e 21 homens. A partir da 1975, a Organização das Nações Unidas (ONU) designou o 8 de março como o Dia Internacional da Mulher, tendo como objetivo lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, independente de divisões nacionais, étnicas, linguísticas, culturais, econômicas ou políticas
A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT/PR) valoriza a data e tem pleno reconhecimento de todo o esforço e suor das mulheres que lutaram não apenas nas questões sindicais, mas também na construção de um mundo melhor. A federação entende que é preciso ter consciência sobre a importância do feminismo e de como é preciso combater a misoginia, o feminicídio, o assédio e a desigualdade.
Para o presidente da Fetec, Deonísio Schmidt, é necessária a mobilização de todos para coibir toda e qualquer violência contra as mulheres. “É preciso acabar de vez com essa mentalidade arcaica de que mulheres devem ser submissas aos homens e que não são capazes de produzir grandes feitos. Para isso, é preciso que elas sejam valorizadas, reconheçam sua competência e combatam todo o mal decorrente de uma sociedade com ranços machistas. Nós saudamos todas as mulheres e esperamos que em breve elas possam ter a igualdade que tanto lutam para conquistar”, opina.
A secretária da mulher da Fetec, Cinara Tonatto reforça que a data tem um caráter não apenas de comemoração, mas de luta. “O 8 de março é uma data que marca a busca por uma condição social igualitária para todas as mulheres e homens. As marchas nas ruas, manifestações culturais nas comunidades, as falas nas tribunas, as lives e postagens nas mídias sociais são a forma como continuamos a caminhada daquelas que vieram antes de nós e lutaram por direitos básicos. Tivemos avanços, mas sabemos que estes tem de ser preservados e ainda há espaço para várias conquistas. As discriminações de gêneros, como o fato de que as mulheres ainda receberem menos do que os homens para desempenhar a mesma função são inaceitáveis. Sabemos que esta luta será contínua, e mesmo que existam que existam alguns retrocessos, temos a esperança de que deixaremos avanços para que as futuras mulheres sejam plenas, dignas, felizes e respeitadas. É como uma boa semente para as próximas gerações, e a reverência da força daquelas que nós antecederam”, encerra.
Texto: Flávio Augusto Laginski
Fonte: Fetec
